Aumento de casos preocupa órgãos de saúde dos municípios

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União da Vitória e Porto União nos últimos dias tiveram um aumento de casos e de óbitos do Covid-19. Esse aumento preocupa as secretarias de saúde do município. O início da vacinação dos profissionais da linha de frente e idosos não significa que o vírus está sob controle, pelo contrário, essa falsa sensação pode ser um dos motivos do aumento dos casos.

A médica infectologista da secretaria de saúde de Porto União, Suzanne Pereira, alertou a população das cidades para continuar com os cuidados contra o Covid-19. “A curva de contágio continua subindo e os óbitos mais que dobraram do início de dezembro para cá. A população não tem seguido as medidas de prevenção. E temos de lembrar que a vacina não é para todos de uma só vez. Em Porto União até o dia 02/12/2020 tínhamos 6 óbitos em 10/02/2021 estes números foram para 15 chegando a ter dois óbitos na mesma semana”, explica.

Segundo ela informou em um vídeo nas redes sociais nesta terça-feira, 16, de 100 casos suspeitos em um dia, 54 deram positivos em porto União. Segundo dados repassados pela Dra. Suzzane na semana passada toda foram registrados 60 casos positivos.

“Nós estamos fazendo todos os esforços para monitorar essas pessoas, mas nós pedimos a população que faça ainda a prevenção. Por favor, não façam aglomerações, façam distanciamento social, usem máscara, lavem as mãos. Porque nós estamos correndo um risco de haverem mais mortes. Esperamos que a vacina chegue para todos nós, porém a vacina chega de pouco em pouco. E nós vamos vacinando aquilo que a lei manda. Além disso, a vacina ela é feita de vírus atenuado. Então, precisa de tempo para que o organismo fabrique os anticorpos. Então, se você se vacinar hoje, você tem que esperar pelo menos três semanas que o seu organismo então fabrique os anticorpos contra o coronavírus”, completa.

União da Vitória no boletim divulgado na manhã desta quarta-feira, 17, mostra 18 novos, 13 Recuperados e 22 óbitos. Totalizando 76 casos ativos e 121 suspeitos. Até o momento já foram contaminados pelo Covid no município, 1889 pessoas. Em Porto União o último boletim divulgado mostra 49 casos novos e 4 pacientes recuperados e 16 óbitos. Foram confirmados até o momento 1.017 casos, desses 143 estão ativos e 24 suspeitos.

Vacinas

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina quer vacinar contra a Covid-19, em 2021, um total de 2.898.763 pessoas, considerando apenas os grupos prioritários. A informação está disponível na segunda edição do Plano para Operacionalização da Campanha de Vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina divulgado na terça, 16.

De acordo com o Plano, a vacinação, como já ocorre atualmente, seguirá de forma gradual e escalonada nos grupos prioritários, de acordo com o recebimento de novas doses vindas do Ministério da Saúde (MS). Em longo prazo, a expectativa é ampliar a estratégia de vacinação para toda a população acima de 18 anos.

O superintendente de vigilância em saúde, Eduardo Macário, esclarece que a vontade do estado é de imunizar toda a população adulta. “Assim que houver uma maior oferta de doses no país, queremos ampliar a estratégia de vacinação. No entanto, enquanto isso não acontece, nossa prioridade é imunizar os grupos com maior risco de infecção e aqueles com mais chances de evoluir para as formas graves da doença e, até mesmo, de morrer”, conclui.

O Paraná vacinou 257.305 pessoas contra a Covid-19, conforme dados divulgados na segunda-feira, 15. As informações mais recentes ainda não foram ainda atualizadas no sistema. Ao todo, o Estado recebeu 538.900 doses do Governo Federal até o momento.

Mas a preocupação agora é a falta de vacinas nos estados para dar continuidade a vacinação iniciada em janeiro, já que muitas devem tomar a segunda dose nos próximos dias. A Confederação Nacional de Municípios (CNM), emitiu uma nota preocupada com os repasses das vacinas pelo governo federal aos estados. “A CNM vem a público, em nome dos gestores locais que assistem e vivem desesperadamente a angústia e o sofrimento da população que corre aos postos de saúde na busca de vacinas contra a Covid-19, manifestar sua indignação com a condução da crise sanitária pelo Ministério da Saúde e solicitar a troca de comando da pasta. A entidade tem acolhido relatos de prefeitas e prefeitos de várias partes de país, indicando a suspensão da vacinação dos grupos prioritários a partir desta semana, em consequência da interrupção da reposição das doses e da falta de previsão de novas remessas pelo Ministério. Foram várias as tentativas de diálogo com a atual gestão do Ministério, entre pedidos de agenda e de informação. A pasta tem reiteradamente ignorado os prefeitos do Brasil, com uma total inexistência de diálogo. Seu comando não acreditou na vacinação como saída para a crise e não realizou o planejamento necessário para a aquisição de vacinas. Todas as iniciativas adotadas até aqui foram realizadas apenas como reação à pressão política e social, sem qualquer cronograma de distribuição para Estados e Municípios. Com uma postura passiva, a atual gestão não atende à expectativa da Federação brasileira, a qual deveria ter liderado, frustrando assim a população do País”, diz uma parte da nota publicada no site da entidade, assinada pelo seu presidente, Glademir Aroldi.

Em contrapartida o governo federal anunciou ter garantido mais 54 milhões de doses da vacina CoronaVac contra a covid-19. A pasta acrescentou ter assinado novo contrato com o Instituto Butantan, que desenvolve o imunizante em parceria com o laboratório Sinovac.

A previsão, considerando os 46 milhões de doses já contratadas, é distribuir aos estados 100 milhões da vacina até setembro. Segundo o ministério, além da CoronaVac, o Brasil receberá mais 42,5 milhões de doses de vacinas fornecidas pelo Consórcio Covax Facility até dezembro. Também foram contratadas mais 222,4 milhões de doses de vacina contra covid-19 em produção pela Fundação Oswaldo Cruz, e parte desses imunizantes já começou a ser entregue mês passado.

A previsão do Ministério da Saúde é assinar, nos próximos dias, contratos de compra com a União Química. Entre os meses de março e maio, o laboratório deve entregar dez milhões de doses da vacina Sputnik V.  O ministério também espera contratar da Precisa Medicamentos mais 30 milhões de doses da Covaxin, também entre março a maio. (veja a programa no box).

Nova cepa

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná foi comunicada pela Fiocruz do Rio de Janeiro, no final da tarde de terça-feira, 16, da confirmação de cinco pessoas contaminadas com a variante brasileira do coronavírus (P1). Os casos são importados de Manaus, sendo que quatro pessoas passaram por atendimento em Curitiba e uma em Campo Largo.

Assim que a Secretaria da Saúde recebeu a comunicação, via Laboratório Central do Estado (Lacen), a informação foi imediatamente repassada para as secretarias municipais de saúde e instituições de saúde que participaram do atendimento para o desencadeamento de medidas preventivas, como rastreamento de possíveis novos infectados e acompanhamento da situação. Ainda na noite de terça-feira, o histórico dos casos foi apurado em conjunto pela Secretaria da Saúde, Lacen e secretarias municipais.

Já a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina por meio da sua Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), confirmou mais um caso de COVID-19 pela variante P.1 do Vírus SARS-CoV-2, circulante em Manaus/Amazonas. O caso importado de Manaus foi confirmado em um homem, de 71 anos. O paciente ficou internado no Hospital Bethesda, em Joinville, e já teve alta.

O caso foi diagnosticado pelo Lacen/SC e sequenciado pelo laboratório de referência para Santa Catarina, Fiocruz do Rio de Janeiro em 16 de fevereiro.

Santa Catarina já tem outros três casos importados confirmados: um homem, de 55 anos, residente em Joinville; um homem, de 69 anos; e uma mulher, de 64 anos; ambos residentes no Amazonas. Todos já tiveram alta hospitalar.

Confira o cronograma de entregas de vacinas: 

Consórcio Covax Facility

Entregas de 42,5 milhões de doses:

Março: 2,65 milhões de doses da AstraZeneca

Até Junho: 7,95 milhões de doses da AstraZeneca 

Fundação Butantan – Corodonavac/Sinovac

Entregas de 100 milhões de doses:

Janeiro: 8,7 milhões – entregues

Fevereiro: 9,3 milhões

Março: 18,1 milhões

Abril: 15,93 milhões

Maio: 6,03 milhões

Junho: 6,03 milhões

Julho: 13,55 milhões

Agosto:13,55 milhões

Setembro: 8,8 milhões

Fundação Oswaldo Cruz – Oxford/Astrazeneca

Entregas de 222,4 milhões de doses:

Janeiro: 2 milhões – entregues

Fevereiro: 4 milhões

Março: 20,7 milhões

Abril: 27,3 milhões

Maio: 28,6 milhões

Junho: 28,6 milhões

Julho: 1,2 milhões 

União Química – Sputnik V/Instituto Gamaleya

Entrega de 10 milhões de doses (importadas da Rússia) – Previsão de assinatura de contrato esta semana. 

Março: 800 mil entregues 15 dias após a assinatura do contrato

Abril: 2 milhões entregues 45 dias após a assinatura do contrato

Maio: 7,6 milhões entregues 60 dias após a assinatura do contrato

Precisa Medicamentos – Covaxin/Bharat Biotech

Entrega de 20 milhões de doses importadas da Índia – Previsão de assinatura de contrato esta semana.

Março: 8 milhões – 4 milhões mais 4 milhões de doses entregues entre 20 e 30 dias após a assinatura do contrato

Abril: 8 milhões – 4 milhões mais 4 milhões de doses entregues entre 45 e 60 dias após a assinatura do contrato

Maio: 4 milhões entregues 70 dias após a assinatura do contrato

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