Hoje, 12, ocorrerá um novo Dia D de prevenção à dengue, uma ação conjunta para a conscientização da população contra a proliferação da doença. A ação é parte de uma iniciativa do SESC nos municípios que aderiram à campanha, com apoio de instituições estaduais, como a Defesa Civil, a Secretaria de Estado de Saúde, a Casa Civil e o Corpo de Bombeiros, além de instituições privadas que auxiliarão na distribuição de material e divulgação da ação. União da Vitória é um dos municípios que irá fazer parte dessa ação que acontece em todo o estado. Mas a Prefeitura não passou informações de como será o Dia D da Dengue.
O município não tem nenhum caso de dengue, segundo o último boletim divulgado esta semana, mas é município considerado infestados de mosquito, que transmite a doença. Assim como Porto União.
A proposta é uma integração entre poder público e sociedade civil organizada em prol da luta contra a proliferação da doença. O objetivo é convidar as pessoas a realizarem ações de eliminação de criadouros em suas residências, evitando que ocorra a propagação do mosquito por meio da ação individual das pessoas, mostrando que a participação popular é essencial para garantir a manutenção da segurança das pessoas.
Segundo o boletim semanal da dengue, o Paraná já registra 24.155 casos suspeitos, com 1.718 confirmações. Até o momento, 334 municípios registraram notificações. Destes, 175 confirmaram a doença. Não há registro de óbitos neste período.
Para fomentar essa ação preventiva, o SESC criou a campanha “Aqui o Mosquito não Entra”, no começo de fevereiro, com um espaço exclusivo em seu aplicativo para permitir que as pessoas cadastrem as suas ações, tirando foto do possível criadouro antes e depois da ação. Segundo a entidade, pode ser um prato de vaso de flores que foi esgotado e preenchido com areia, ou um pneu que foi esgotado e colocado em um local que não vai acumular água.
A partir desse controle, a iniciativa vai premiar os agentes que mais eliminarem focos. É possível criar também uma competição entre equipes, em que diferentes escolas se organizam, por exemplo, para competir com outras.
A região que é foco nesse momento é a Regional de Saúde de Paranavaí, onde as equipes da Secretaria de Estado de Saúde estão preparando ações mais intensivas com os municípios que têm maior quantidade de casos registrados no período.
A Defesa Civil Estadual e o Corpo de Bombeiros estão auxiliando na divulgação e também na distribuição de materiais aos municípios, para que possam desenvolver as ações em seus municípios.
Em Santa Catarina
Prevenção à dengue: inscrições para a semana de mobilização para recolhimento de pneus de 2022 seguem até março
Os municípios catarinenses que tiverem interesse em aderir à semana de mobilização para recolhimento de pneus de 2022 podem se inscrever até o dia 18 de março, neste link: https://forms.gle/2fZe7yh8FvC75Ba29. Lembrando que é necessário também preencher o Termo de Responsabilidade (https://www.dive.sc.gov.br/phocadownload/Arquivos/termo2022.pdf) e anexar no formulário para participar da ação.
No período de 02 de janeiro a 05 de março de 2022, foram identificados 15.159 focos do mosquito Aedes aegypti em 190 municípios. Comparando ao mesmo período de 2021, quando foram identificados 19.246 focos em 185 municípios, observa-se uma diminuição de 21,2% no número de focos detectados. Em relação à situação entomológica, até a SE nº 09/2022, são 119 municípios considerados infestados, o que representa um incremento 10,2% em relação ao mesmo período de 2021, que registrou 108 municípios nessa condição. Em comparação ao boletim anterior houve a inclusão do município de São Bento do Sul como infestado.
“O projeto é muito importante na prevenção das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Sabemos que os pneus são potenciais criadouros para o mosquito e dar o destino correto a esse material ajuda também na preservação do meio ambiente”, destaca Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC).
A semana de mobilização para recolhimento de pneus é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES/SC), com o Instituto do Meio Ambiente (IMA), através do Programa Penso, Logo Destino, e a Reciclanip, entidade gestora do sistema de Logística Reversa de Pneus Inservíveis em todo o Brasil.
A mobilização, que chega à quinta edição, faz parte das estratégias de vigilância para o controle dos possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. “Desenvolvemos a ação nos anos de 2017, 2018, 2020 e 2021. A cada edição conseguimos um engajamento maior e nossa meta para esse ano é superar as edições passadas”, afirma Cícero Luís Brasil, coordenador estadual do Programa Penso, Logo Destino, e técnico do Instituto do Meio Ambiente (IMA/SC).
O estado registrou um óbito por dengue, paciente masculino de 40 anos, residente no município de Criciúma, com histórico de deslocamentos para municípios com transmissão de dengue no estado de São Paulo, caracterizando o caso como importado. A data de início dos sintomas foi em dezembro de 2021, porém o óbito ocorreu em janeiro de 2022.
DENGUE
O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40° C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes. Na presença de sinais e sintomas, o paciente deve procurar o serviço de saúde.
O que é dengue?
A dengue é a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. É uma doença febril que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos últimos anos. O vírus dengue (DENV) é um arbovírus transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4).
O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença. É importante evitar água parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Quais são os sintomas da dengue?
Os principais sintomas da dengue são:
Febre alta > 38°C.
Dor no corpo e articulações
Dor atrás dos olhos.
Mal estar.
Falta de apetite.
Dor de cabeça.
Manchas vermelhas no corpo.
No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), apresentar quadro leve, sinais de alarme e de gravidade. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (>38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.
Os sinais de alarme são assim chamados por sinalizarem o extravasamento de plasma e/ou hemorragias que podem levar o paciente a choque grave e óbito.
A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
Fique atento aos sinais e sintomas da dengue!
Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Quais são os sinais de alarme?
Os sinais de alarme são caracterizados principalmente por:
- dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua;
- vômitos persistentes;
- acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico);
- hipotensão postural e/ou lipotímia;
- letargia e/ou irritabilidade;
- hepatomegalia maior do que 2cm abaixo do rebordo costal;
- sangramento de mucosa; e
- aumento progressivo do hematócrito.