O Município de União da Vitória já registrou 181 focos de Aedes Aegypti desde o mês de janeiro até o dia 31 de outubro de 2021. Em 2020 o município registrou 323 no total. Os dados são da Vigilância Ambiental que faz o monitoramento do mosquito através de várias frentes do trabalho.
Uma das formas de monitoramento é o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypt (LIRAa), que é realizado a cada dois meses e mede a infestação do mosquito que é responsável pela transmissão de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. O último LIRAa realizado em outubro mostra que o município tem baixo risco de infestação do Aedes Aegypt com menos e 0,9% no Índice de Infestação Predial.
Os dados também mostram que é a região central que mais concentra focos do mosquito, sendo o Centro, São Bernardo, Ponte Nova e Navegantes os bairros com mais focos no município.
Além do LIRAa, as equipes da Vigilância também atuam em outras frentes para evitar a infestação do mosquito. Os agentes visitam pontos estratégicos quinzenalmente orientando e fiscalizando as condições de cada local e fazem a aplicação de inseticidas em pontos de maior potencial para o desenvolvimento das larvas, como ferro velhos e borracharias.
A diretora da Vigilância, Márcia Regina Fernandes Tomaszewski, explicou que as equipes também fazem a instalação de armadilhas em mais de 70 pontos da cidade para verificar em quais bairros ocorre maior concentração dos focos, para que o trabalho preventivo seja direcionado e assim os focos do mosquito sejam controlados.
Marcia também ressaltou que o baixo risco de infestação é resultado das ações conjuntas desenvolvida pela Vigilância Ambiental e pela população que ajuda no cuidado para prevenir os focos do mosquito. “O verão é o período mais propício para a proliferação do mosquito, então pedimos que as pessoas continuem com os cuidados, eliminando a água armazenada nos possíveis criadouros para continuarmos com esse índice”, afirmou.
PARANÁ
O boletim semanal da dengue publicado nesta terça-feira (9) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registra 361 casos confirmados. São 24 a mais que o documento anterior. Os dados são do 12º Informe Epidemiológico da dengue do novo período sazonal da doença, que iniciou em 1º de agosto e segue até julho de 2022.
Até o momento, 68 municípios registraram casos da doença, sendo que 55 deles confirmaram casos autóctones, ou seja, a dengue foi contraída na cidade de residência.
Há, ainda, 1.669 casos em investigação e 251 municípios tiveram notificações de dengue, que passaram de 7.356 para 7.948. O Estado não registrou nenhum óbito neste período.
“Reforçamos que o trabalho de combate à dengue deve ser realizado rotineiramente em parceria com a população paranaense. A principal forma de prevenção da doença é a eliminação dos criadouros do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, eliminando recipientes que acumulem água nos quintais e nos ambientes internos dos domicílios”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O Aedes aegypti
O mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya é o Aedes aegypti. Ele se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do toráx. Nas patas, apresenta listras brancas.
As fêmeas do mosquito necessitam do sangue humano para a maturação dos ovos. Dessa forma, é nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças (tanto da transmissão do vírus aos seres humanos, como a infecção do mosquito ao picar uma pessoa doente no período de viremia).
A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água. A fêmea escolhe mais de um local para realizar cada postura, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente. Nesses locais os ovos podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas. Delas, surge o adulto num ciclo de, aproximadamente, 7 dias. “Por isso, é tão importante que cada um observe o seu ambiente ao menos uma vez por semana, para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti”, reforça o gerente.
O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.
Prevenção
- Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
- Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
- Mantenha lixeiras tampadas;
- Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
- Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.
- Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
- Mantenha ralos fechados e desentupidos;
- Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;
- Retire a água acumulada em lajes;
- Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;
- Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;
- Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.