Ações marcam o Dia Internacional da Mulher

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Domingo, 08, é comemorado o dia Internacional da Mulher. Para lembrar a data várias ações acontecem na região. As principais ações são em defesa dos direitos das mulheres e ações contra a violência. 

Em Bituruna a Secretaria de Desenvolvimento Social e Comunitário realiza a 2ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres. O evento será dia 20 de março, no Centro de Convivência do Idoso, a partir das 13h. O tema deste ano é “Garantias e Avanços de Direitos das Mulheres: Democracia, Respeito, Diversidade e Autonomia”, e todos os biturunenses podem participar gratuitamente. O Centro do Idoso fica na Avenida Bento Munhoz da Rocha Neto, s/n, bairro São Vicente (ao lado do Hospital São Vicente de Paula).

Em Porto União a Polícia Civil de Santa Catarina realizou nesta quinta-feira, 05, a Operação “Marias”. A ação foi realizada em todo o Estado de Santa Catarina. A ação teve como objetivo o cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão de autores de crimes cometidos com o emprego de violência doméstica e familiar contra a mulher. Também foram fiscalizadas as medidas protetivas de urgência concedidas às vítimas de violência doméstica.

A operação é idealizada pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC), tem o apoio do Ministério da Justiça e ocorre em vários Estados do Brasil. Os policiais civis da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) e Divisão de Investigação Criminal de Porto União (DIC) fiscalizaram medidas protetivas de urgência concedidas às vítimas de violência doméstica.

Já a Polícia Militar de Santa Catarina tem um programa institucional direcionado à prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, estando pautado na filosofia de polícia de proximidade e buscando conferir maior efetividade e celeridade às ações de proteção à mulher. O programa se sustenta em ações de proteção, no policiamento direcionado da Patrulha Maria da Penha e na disseminação de solução tecnológica.

A campanha “Meta a Colher” foi lançada nesta sexta-feira pela PM através da Rede Catarina. O Comandante da 1 ª Companhia do 3º Batalhão de Polícia Militar em Porto União (1ªCia/3ºBPM), Capitão Paulo Ricardo Galle, explicou sobre a Rede Catarina.

“A partir de sexta-feira a PM estará junto a Rede Catarina lançando a campanha “meta a colher”, que destina a demonstrar ações e atitudes que possam configurar algum tipo de violência doméstica e incutir na mente das pessoas a necessidade de que dentro de seu ciclo de convivência, que ao observar esse tipo de ação, devem denunciar no 190 e informar o que está acontecendo. Publicaremos diariamente nas redes sociais dicas de como interver agir e denunciar a violência doméstica para que através da prevenção evitar tragédias”, afirmou.

União da Vitória vai receber espetáculo de música Rosa Armorial com a participação de Antônio Madureira em homenagem ao Dia da Mulher. O evento será às 19h no Auditório da Unespar no domingo, 08. A entrada é franca.

“O Movimento Armorial resgata a cultura nacional de raiz, utilizando o folclore e seus elementos puros como a rítmica, a dança ritualista, as melodias que descrevem a natureza, como o canto de pássaros e o rugir de uma onça, montando espetáculos populares refinados e ricos”, explica o site do grupo. Além da apresentação musical, haverá homenagem para algumas mulheres e sorteio de diversos prêmios.

Paraná

No Paraná iniciou a campanha “Nenhuma mulher a menos – na luta contra o feminicídio” pela Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho em alusão ao Dia Internacional da Mulher. O lançamento ocorreu em Curitiba, em evento do Departamento de Garantia dos Direitos da Mulher. “A campanha conscientiza a sociedade sobre a importância de denunciar por meio dos telefones 180 (Central de Atendimento a Mulher) e 181 (Disque Denúncia) sobre qualquer tipo de agressão, seja física, psicológica, moral, sexual e patrimonial contra a mulher”, disse o secretário Ney Leprevost.

Ele destaca que a campanha do Governo do Estado contra o feminicídio reforça que não são apenas hematomas que identificam situações de violência. “Há outros sinais de agressão que podem ser um pedido silencioso de ajuda. Por isso os materiais contêm esclarecimentos sobre as formas de agressão e violação dos direitos humanos”, explicou Mara Sperandio, chefe do Departamento da Mulher da secretaria.

Na Assembleia Legislativa do Paraná a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) realizará uma reunião extraordinária na segunda-feira, 09, com o propósito de homenagear as mulheres, em função do Dia Internacional da Mulher. Por isso, segundo o deputado Delegado Francischini (PSL), presidente do colegiado, projetos relacionados ao tema terão destaque nesta reunião.

Um deles é o PL 30/2020, da deputada Maria Victoria (PP). A proposição instituí a quinzena de combate ao feminicídio, entre os dias 25 de novembro e 9 de dezembro. “Entre 2017 e 2018, os registros de feminicídio cresceram 48% no Paraná. É registrado um caso de violência contra a mulher a cada 24 minutos no nosso Estado. No Brasil, uma mulher é agredida ou violentada a cada um minuto e meio. E o nosso país é o quinto que mais registra mortes violentas no mundo, isso sem contar a subnotificação”, alerta a parlamentar. “Por tudo isso, o combate à violência contra a mulher é uma das minhas principais bandeiras, desde que eu cheguei na Assembleia, em 2015”, afirmou ao falar, recentemente, na tribuna do Plenário.

Na ocasião, Maria Victoria chamou a atenção para os números alarmantes da violência contra a mulher, e para casos concretos de feminicídio, como o da advogada Tatiane Spitzner (em julho de 2018) e o da bailarina Maria Glória Poltronieri Borges, no dia 26 de janeiro, em Mandaguari. “Chega de violência, chega de impunidade!”, assinalou. A relatoria da proposição é da deputada Cristina Silvestri (CDN).

Será ainda discutido o PL 71/2020, da deputada Cantora Mara Lima (PSC), que pretende instituir o Dia da Policial Feminina. A proposta será relatada pela deputada Maria Victoria. A data deverá ser comemorada anualmente no dia 19 de abril. Em 1977, neste dia, foi criado o primeiro pelotão de Polícia Militar Feminina, com a inclusão e matrículas de 42 recrutas, selecionadas para o 1º Curso de Formação de Sargentos PM Femininas, do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP). Desde então, o Paraná passou a ser o segundo estado do país que permitiu o ingresso da mulher na Polícia Militar, depois de São Paulo. Hoje elas compõem quadros operacionais, no setor da saúde, em batalhões de área, unidades especializadas e serviço administrativo.

Está também na pauta o PL 314/2019, do deputado Ricardo Arruda (PSL) que obriga bares, restaurantes e casas noturnas a adotarem medidas de auxílio às mulheres que se sintam em situação de risco. Entre as ações protetivas que devem ser implementadas estão a oferta de acompanhamento até o carro ou outro meio de transporte e o comunicado à polícia. A essa proposta foi anexado o projeto de lei 322/2019, do deputado Anibelli Neto (MDB), que trata de tema semelhante. O relator é o deputado Delegado Jacovós (PL).

Discriminações e violências morais, físicas, econômicas e sexuais são vivenciadas ainda hoje, cotidianamente, pelas mulheres. O tema ganha destaque na Assembleia Legislativa do Paraná com a celebração do 8 de março, o Dia Internacional da Mulher. A data é símbolo de reivindicações e conquistas dos direitos femininos, sobretudo no âmbito trabalhista, no enfrentamento aos desafios e na superação de barreiras de gênero.

Para debater o papel das mulheres no desenvolvimento das cidades será realizada a audiência pública “Mulheres e Cidades Inclusivas”, no Plenarinho da Assembleia.

Governo Federal lança programa Salve Uma Mulher

Caixa Econômica Federal (CEF) aderiu ao programa Salve Uma Mulher, iniciativa do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) que visa mobilizar a sociedade para o enfrentamento à violência contra as mulheres.

O projeto promoverá a sensibilização e capacitação de empregados do banco e demais voluntários, para que atuem como multiplicadores de informações que ajudam no combate à violência doméstica.

Também serão realizadas ações voltadas para educação financeira e orientações nas unidades da Casa da Mulher Brasileira. No mês de março, as oficinas serão realizadas em Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Fortaleza (CE), Maceió (AL), São Luís (MA) e São Paulo (SP).

A ministra Damares Alves enalteceu o auxílio e empenho da Caixa em participar das políticas públicas de combate ao feminicídio e a violência contra as mulheres. “Todas as cidades do Brasil têm uma delegacia e elas podem se transformar em delegacias da mulher também. Com ajuda da Caixa, vamos treinar com qualidade servidores e construir em cada delegacia um espaço especial para que a mulher seja atendida de uma forma diferenciada”, destacou a ministra.

O acordo de cooperação técnica foi assinado pela ministra Damares Alves, pela secretária nacional de Políticas para as Mulheres, Cristiane Britto, e pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Dia de compras

A Câmara de Dirigentes de Lojistas (CDL) de Porto União e União da Vitória fará um Sábado + especial para o Dia Internacional da Mulher. O CDL terá atendimento em horário estendido aos lojistas para aproveitarem as vendas nesta data tão importante para elas.

Com isso as lojas das cidades ficarão abertas até às 16 horas deste sábado, véspera do Dia da Mulher para oferecer mais tempo para as compras.

O QUE É REDE CATARINA DE PROTEÇÃO À MULHER?

A Rede Catarina de Proteção à Mulher foi idealizada a partir de práticas existentes por todo território nacional e em Santa Catarina, a citar na cidade de Chapecó, porém, a presente Rede transcendeu os programas e projetos experimentados de Patrulha Maria da Penha. A Rede Catarina de Proteção à Mulher é mais que uma patrulha; é mais que uma ronda de fiscalização de medidas protetivas.

É, de fato, a necessária atenção às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, dando-lhes voz e dignidade a partir do conceito de que é possível fazer mais e melhor, de forma mais simples e efetiva.

– É proteção da mulher

– É igualdade de gênero

– É fortalecimento de vínculos (cidadã – Polícia Militar)

– É atendimento qualificado (emergencial e assistencial) mais célere e efetivo

– É protagonismo policial militar

– É respeito à dignidade da mulher

– É a efetividade das medidas protetivas

– É controle das informações

– É inovação (solução tecnológica)

METODOLOGIA DA PMSC

A metodologia da Rede Catarina de Proteção à Mulher surge a partir de boas práticas vivenciadas em Santa Catarina, a citar na cidade de Chapecó com o Guardião Maria da Penha, e do estudo de experiências de outros estados da federação. Todavia, a metodologia ora adotada inova e rompe com os programas até então desenvolvidos dessa natureza.

Conferindo um atendimento mais célere e efetivo a partir do desenvolvimento de um aplicativo próprio para o programa, da integração com o SADE e da comunicação no momento do fato das situações de risco ao juiz de plantão, a Rede Catarina de Proteção à Mulher é mais que a fiscalização de medidas protetivas, despontando-se como vanguarda dentre os programas direcionados à prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher.

A adoção da metodologia diminui as possibilidades de erros e potencializa a capacidade de alcançar os resultados positivos. Diferencia-se e certifica-se, então, o programa, com logotipo e denominação própria.

SINAIS

Mulheres vítimas de agressão costumam informar acidentes com frequência; apresentar lesões incompatíveis com os relatos dos acidentes; ter hematomas, queimaduras, contusões e fraturas; sofrer humilhações diante de familiares e amigos; ter a liberdade restringida (ser proibida de trabalhar, estudar ou sair de casa); relatar dores de diversas naturezas; isolamento e mudanças frequentes de emprego ou endereço; baixa autoestima, insônia, medo e sentimento de culpa e depressão, além de transtornos alimentares.

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