WhatsApp é a maior ferramenta de comunicação

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Considerada a maior parcela da população brasileira, a classe C acaba de ser ouvida pelo Instituto Data Popular que apresentou dados exclusivos com relação ao consumo de mídia e a maneira como essa população se informa. Lançado em outubro, o levantamento Data Check-up Brasil – Classe C detectou que o Whatsapp é a rede social utilizada por mais pessoas, com adesão de 84% do grupo, seguido do Facebook (72%) e do Instagram (52%).

A pesquisa, que ouviu 1.020 pessoas com renda entre R$ 1.646,95 e R$ 4.144,67, ainda revela que o serviço de mensagens é a principal ferramenta de 70% dos entrevistados, enquanto o Facebook atingiu a marca de 10% e o Instagram, 9% dos respondentes.

O estudo ainda demonstra que a posse de algum aparelho celular já está disseminada entre a classe C (93%), sendo o smartphone utilizado por mais da metade (69%), e o celular comum com uma baixa adesão (24%). Já no que diz respeito ao plano de contratação de serviços, o pré-pago é predominante (62%).

Sobre o uso da internet pelo celular, o levantamento detectou ainda que 71% dos entrevistados possuem pacote de dados contratado para poder acessar a rede sem necessidade do Wi-Fi, enquanto apenas 26% dependem da rede sem fio.

A classe C também foi questionada sobre o hábito de assistir TV, onde 61% do grupo afirma possuir a prática em sua rotina. Quando questionados sobre seus programas preferidos, a Rede Globo segue em destaque, sendo o Jornal Nacional (8%) e as novelas (7%) os maiores detentores de audiência.  O Jornal da Record figura no ranking em terceiro lugar na preferência entre os programas de televisão (3%).

A pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 18 de setembro, em 33 cidades brasileiras (escolhidas a partir de critérios populacionais), sendo 19 delas capitais. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

O objetivo do Data Popular é que a pesquisa, com foco específico na classe C, seja realizada mensalmente, abordando assuntos sobre opinião pública/comportamento e mercado/consumo. Nesta primeira edição, o Data Check-up Brasil – Classe C traz um panorama do cenário econômico brasileiro, corrupção e Operação Lava Jato, consumo de mídia/redes sociais e relação com instituições financeiras.

“Queremos dar voz àquela que é a maior classe social brasileira. Entender seu comportamento, hábitos de consumo e opiniões. Apesar de tamanha representatividade, essas pessoas ainda são pouco ouvidas e isso é fundamental para entendermos o contexto social e econômico atual”, afirma Marcio Falcão Lopes, Gerente de Pesquisa e Inteligência de Mercado do Instituto.

Para a leitora do jornal O Iguassú, Silvia Uberna, as três páginas são usadas por ela, cada uma com sua finalidade “O Facebook uso para saber das notícias, o Whatsapp para falar com a família e o Instagram para ofertar meus produtos”, diz.

Outra leitora do O Iguassú Paula Partyka também faz uso das três redes, “(uso) os três com finalidades diferentes. O facebook para atualizar a página do local onde trabalho, que é uma ferramenta que toda empresa tem, ou deveria ter. O whatsapp é mais voltado para conversas pessoais, mas também é onde faço contatos profissionais. Já o Instagram, no momento, é mais um passa tempo, utilizado mais no período da noite, depois do trabalho”, afirma.

Acesso a internet

Em 2019, o acesso à internet passou a estar disponível a 51% da população mundial. Foi o primeiro ano em que a conectividade ultrapassou a casa dos 50%. Contudo, o índice mostra que, a despeito da Rede Mundial de Computadores ter ganhado importância nas mais diversas esferas sociais nos últimos 20 anos, quase metade da população ainda não dispõe desse recurso. A informação é apresentada e discutida no relatório “Estado da Banda Larga 2019”, da Comissão de Banda Larga, grupo que reúne representantes de empresas e das Nações Unidas.

Quando considerados os domicílios, o índice aumenta, chegando a 57,8%. Em 2005, 19% das casas conseguiam navegar na web. Contudo, quando considerada a banda larga fixa, o percentual cai para 14%. Já o ritmo de crescimento de conectividade em lares desacelerou, tendo saído de 53% para 54,8% entre 2017 e 2018. Em países mais pobres, a taxa de crescimento caiu de 19% em 2017 para 17,5% em 2018.

A análise sobre a presença de lares atendidos por serviços de fixas de banda larga é considerada importante por pesquisadores uma vez que as conexões móveis em geral possuem limitações para a fruição plena de serviços, como franquias que restringem o consumo, por exemplo, de vídeos em quantidade razoável.

Banda larga é o termo empregado para a conectividade com uma velocidade de pelo menos 256 kbps e que assegure um conjunto mínimo de atividades online, como visitação de sites e aplicações de comunicação. O índice de 51% ainda está distante da meta de chegar a 75% de penetração até 2025.

Desigualdades

O relatório aponta que para além de metade da população estar fora da internet, entre os conectados há desigualdades importantes. “As distâncias existentes na adoção de conectividade são conduzidas por brechas de diferentes tipos: geografias (áreas urbanas x rurais), renda (ricos x pobres), idade e gênero, entre outros”, destaca o relatório.

Enquanto a conexão de baixa qualidade foi apontada por 43% em países mais pobres, o problema foi mencionado 25% de entrevistados em nações mais ricas. Outro exemplo mais claro é no preço dos pacotes entre diferentes regiões do globo. Enquanto o preço de uma franquia de 1 giga em países do Sul da Ásia consome 1,2% da renda mensal média, na África Subsaariana o serviço custa o equivalente a 6,8% da receita média mensal.

Redes

Contudo, conforme o relatório a infraestrutura avançou e hoje está presente em localidades abrangendo 96% da população mundial. O tráfego internacional de dados é realizado por 400 cabos submarinos, abarcando 1,2 milhão de quilômetros, e por 775 satélites com atuação em serviços de comunicação na órbita da Terra.

No ecossistema móvel, 2018 foi o ano em que a tecnologia 4G se tornou hegemônica, ultrapassando a 2G, sendo responsável por 44% das conexões móveis. Citando dados da consultoria GSMA, o documento ressalta que o 5G, o novo paradigma tecnológico dos serviços móveis, tornou-se “uma realidade”.

No ano passado, o novo padrão foi lançado nos Estados Unidos e na Coreia do Sul. Em 2019, a previsão é que ele passe a ser ofertado em 16 novos países. A expectativa da GSMA é que em 2025 haja 1,4 bilhão de conexões, cerca de 15% da base total.

Encruzilhada

Para os autores, a Internet se encontra em uma “encruzilhada”. “Há um reconhecimento crescente de que os desafios e riscos demandam políticas e regulações específicas, assim como novas abordagens de negócio e iniciativas industriais voltadas a mitigar efeitos não intencionados e resultados negativos da adoção da internet”.

O documento ressalta que as pessoas não podem apenas ser divididas entre usuários e não-usuários, mas deve ser entendida a diversidade de formas de conectividade e experiências online. O reconhecimento dessas especificidades passa pela consideração de públicos mais vulneráveis em sua presença na web. Mulheres estão sujeitas a perseguição, assédio e discurso de ódio na web. Já crianças são vítimas de abusos, exploração e bullying.

Diante à variedade de formas de acesso, os autores defendem o que chamam de “conectividade universal relevante”. Essa noção envolve uma banda larga “disponível, acessível, relevante, barata, segura, confiável e que empodere os usuários levando a impactos positivos”. Essa percepção leva em consideração também não somente o custo, mas diferentes motivadores para se conectar e ter experiências de qualidade no ambiente online.

Modalidades de uso

Considerando a variedade de experiências, o relatório traz dados sobre diferentes modalidades de atividades na web (ver gráfico). A troca de mensagens por apps como Whatsapp e FB Messenger é o mais popular, seguida por redes sociais, ligações online e ler notícias. As ações variam conforme a renda, com a prática de obter informação e comprar produtos sendo mais comum em países mais ricos.

Notícias falsas

Câmara dos Deputados lançou uma ferramenta para checagem de notícias falsas. O projeto, batizado de Comprove, vai receber demandas de cidadãos e parlamentares, apurar e apresentar uma versão sobre fatos relacionados à Casa e seus integrantes. O recurso foi apresentado no seminário Fake News, Redes Sociais e Democracia, realizado em parceria com os institutos E se fosse você? e Palavra Aberta.

Por meio de um número de WhatsApp, cidadãos poderão encaminhar dúvidas ou conteúdos para verificar a veracidade das informações. A equipe que abastece a ferramenta ficará encarregada de conferir a autenticidade e responder a demanda, classificando o material como fato, falso ou impreciso.

Serviços:

Os paranaenses têm mais um canal para acessar a Ouvidora Geral da Saúde do Estado, a partir desta semana: o WhatsApp. O uso de aplicativo esteve em teste desde abril, em Curitiba, só para a área de medicamentos. Agora está disponível para todas as demandas, qualquer assunto, e em todo o Paraná. O número é (41) 3330-4414

“A inovação permeia todo o Governo do Estado nesta gestão e na área da saúde inovar é uma busca diária para melhorar e desenvolver os nossos serviços”, diz o secretário Beto Preto. “A novidade que temos é o uso do WhatsApp como canal para registro na Ouvidoria Geral de Saúde. Como tenho a experiência na função de ouvidor, estou certo de que a pessoa com o celular, com o WhatsApp em funcionamento, tem a saúde do Paraná nas mãos também”, afirma ele.

Além do aplicativo, os registros podem ser realizados pessoalmente na Secretaria de Estado da Saúde, via carta, telefone ou, ainda, por meio do formulário disponível no site da Secretaria. Independente do canal de registro, todos os atendimentos da Ouvidoria passam pelo mesmo fluxo, o tratamento da informação é a mesma. A equipe da Ouvidoria registra a manifestação, categoriza, faz a triagem do assunto e, quando necessário, encaminha para a área específica.

O ouvidor Geral da Saúde no Paraná, Yohhan Garcia de Souza, acredita que o setor é uma possibilidade de aproximar o cidadão da gestão da saúde. “Nós entendemos a ouvidoria como uma ponte que liga o cidadão à gestão. Ou seja, o objetivo maior da ouvidoria é a participação do cidadão na gerência dos serviços do SUS no Estado”, diz ele. “Por isso, a manifestação volta para o cidadão como forma de política pública, ou beneficio claro e direto para a população.”

“Além do reconhecimento de um serviço bem- feito, essa gratidão por meio do certificado ajuda muito quem o recebe”, frisa o secretário Beto Preto. Primeiro Ouvidor do Sistema Único da Saúde (SUS), Beto Preto tem a convicção de que a ouvidoria é uma ferramenta fundamental e importante para uma boa gestão em saúde. “Entendo que esse é um canal direto entre a população usuária de qualquer serviço de saúde e o governo executivo. É por meio da ouvidoria que temos a visão das necessidades e complexidades de pacientes.”

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