O prazo para o fechamento da mineradora Sama, responsável pela exploração do amianto crisotila, deve ser decidido pela Assembleia Legislativa de Goiás, e não pelo Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu o senador Vanderlan Cardoso (PP-GO) em Plenário nesta quarta-feira (24). Para o parlamentar, o encerramento das atividades da empresa interferirá diretamente na economia de Minaçu, município goiano no qual está localizada.
O senador lembrou que, em Minas Gerais, foi a Assembleia Legislativa que estabeleceu o cronograma de encerramento das atividades das empresas que exploravam o amianto. Assim, o prazo dado pelos deputados estaduais mineiros foi adequado para que todos os envolvidos na questão tivessem seus interesses atendidos.
— É a principal empresa de Minaçu. Estava lá desde 1964. O faturamento anual ultrapassa os milhões. Ela gerou de impostos, nos últimos três anos, R$ 290 milhões. Só de royalties que paga ao estado, aos municípios, além do ICMS que recolhe. Ela emprega, só em Minaçu, 420 famílias dentro da empresa, e mais outros 2,4 mil das empresas que prestam serviços — defendeu.
Apesar de ter sido proibido no Brasil em 2017, pelo STF, o amianto (uma fibra mineral natural extraída de rochas) ainda é utilizado em diversos países como matéria-prima.
Source: Senado