Visando alimentação saudável, governo quer mudar itens da cesta básica

227 views
3 mins leitura

A erradicação da fome no Brasil será acompanhada por incentivos a uma alimentação saudável do ponto de vista nutricional, em um cenário produtivo que respeite o meio ambiente. Com esse objetivo, o governo federal promete anunciar em breve uma atualização dos itens que compõem a cesta básica.

Nesse sentido, autoridades do governo federal ouvidas no Senado nesta segunda-feira (19) defenderam uma reforma tributária que assegure o acesso da população aos itens que farão parte da futura cesta básica. Essas declarações foram feitas durante uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, cujo propósito era discutir a questão da fome no Brasil.

“Gostaria de destacar que encerramos o ano de 2022 com mais de 125 milhões de brasileiros enfrentando algum grau de insegurança alimentar e nutricional. Portanto, temos um grande desafio pela frente, que é retomar uma série de políticas públicas que já se mostraram bem-sucedidas e contribuíram para que o Brasil saísse do mapa da fome da ONU em 2014”, afirmou Gisele Bortoline, coordenadora geral de Promoção de Alimentação Saudável do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

De acordo com a coordenadora, o desafio é ainda maior porque envolve a necessidade de restaurar um orçamento que foi interrompido. Esse “novo contexto” requer também uma “integração de esforços” entre os diferentes níveis governamentais e organizações da sociedade civil, visando a implementação de um “novo ciclo de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional”.

Uma das medidas previstas para garantir a qualidade dos alimentos na mesa dos brasileiros é a atualização dos itens da cesta básica. “Estamos coordenando uma nova modalidade de cesta básica em nosso país”, anunciou Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“Como vocês sabem, a cesta básica brasileira, que ainda é referência para o salário-mínimo nacional, é baseada no modelo de 1938. Nosso modelo de cesta básica remonta à época do Getúlio Vargas. Por isso, a Conab está estudando, com a colaboração de nutricionistas e acadêmicos, qual é o modelo de cesta básica necessário para nutrir nossa população não apenas em quantidade, mas também em qualidade suficiente”, acrescentou Pretto.

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Publicação anterior

Sisu 2023: inscrição começa nesta segunda; saiba como funciona

Próxima publicação

Caixa suspende cobrança de Pix para pessoa jurídica