Violência contra a mulher pauta conversa de Juiz Mattioli no Colégio São José

466 views
4 mins leitura

Nesta segunda-feira (21/03), o juiz da Vara da Família, Carlos Mattioli, esteve no Colégio São José em Porto União, no período da manhã. A convite da escola, o magistrado palestrou sobre assuntos relacionados ao cenário estudantil e social, citando exemplos do trabalho de combate aos diversos tipos de violências, dentro do ambiente escolar e familiar. Também sobre os direitos e deveres das crianças e adolescentes.

O trabalho do magistrado, na Comarca de União da Vitória, tem focado a defesa dos direitos das mulheres, crianças e adolescentes sobretudo no quesito de dar voz para as vítimas. Sempre respeitando aqueles que sofrem ou sofreram algum tipo de violência. Além disso oferecendo o acolhimento e atenção psicossocial, por meio do Centro de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) e dando encaminhamentos.

“Nós temos uma preocupação com as pessoas, não ficamos apenas nas questões relativas aos processos em si”, explicou Mattioli. O juiz tem essa responsabilidade, mas, no caso da Vara da Família e CEJUSC, o atendimento tem ampliado o diálogo, fomentado o auxílio psicológico e essa postura do magistrado de ‘sair do gabinete para atender de forma mais personalizada, individualizada’. E sempre sigilosa.

Carlos Mattioli citou, na amplitude do seu trabalho, os quase 40 projetos do CEJUSC para personalizar os atendimentos e possuir elementos de acolhimento nas ações realizadas pelo magistrado e equipe. Ao longo da palestra, mencionou os meios de buscar ajuda em casos de violências sofridas. Física, psicológica e principalmente sexual, esta centraliza a maioria das ocorrências na região.

Para além dos direitos, esboçou os deveres e responsabilidades por crimes (atos infracionais), quando da idade ser maior que 12 e menor que 18 anos. Inclusive passível de ser preso, apesar de estar enquadrado num termo diferente: ‘apreendido’. “Tem processo, vai responder”, explicou Mattioli sobre adolescentes serem responsabilizados por seus atos.

Falando sobre violência contra a mulher, o juiz considera uma pandemia. Para Mattioli, o fato de ter casos em todos os setores sociais, independente de classe ou nacionalidade, ou seja, algo de abrangência mundial, inclusive em países desenvolvidos, é questão pandêmica tal como o vírus que se alastrou recentemente. Muitas ações violentas vêm de dentro da própria família. Disso a necessidade de ações visando coibir essas práticas e atender às vítimas.

Mudando a conduta e trazendo nossas posturas antiviolência, reprovando e contraponto atitudes de desprezo, machismo ou qualquer ato que afronte a liberdade da mulher. Mattioli reforça que, infelizmente, se isso não for feito reproduz as práticas e potencializa a violência. Sua palestra fez parte do projeto exclusivo da Polícia Militar de Porto União, denominado Atitudes Moldam  Emoções (AME).

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Publicação anterior

Governo do Estado investe mais de 3 milhões de reais em União da Vitória

Próxima publicação

Missa de 1 ano de falecimento do Padre Silvano será nesta quinta-feira