Os professores de cinco Universidades Estaduais do Paraná decidiram, na semana passada, entrar em greve a partir de hoje, segunda-feira, (15). Com isso, seis das sete Universidades Estaduais confirmaram a paralização. A Universidade Estadual de Londrina (UEL) já está em greve desde 8 de maio e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) decide se adere ao movimento na quarta-feira (17).
Os professores pedem uma reposição salarial de 42%, referente à data-base acumulada nos últimos sete anos. O governo do Estado sinalizou com um aumento de 5,79%, a ser pago a partir de agosto. A proposta não agradou os dirigentes sindicais das Universidades que pedem que o governo abra uma mesa de negociações com a categoria.
Em nota, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), disse que tem “discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias. A proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários. Nesse sentido, a Secretaria entende que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo”.
Adesão
Em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (11), os professores da UEL, em greve desde o dia 8, aprovaram, com quatro abstenções e nenhum voto contrário, a continuidade, ampliação e fortalecimento do movimento grevista. Os professores reclamam que, em reunião na Casa Civil com o Fórum das Entidades Sindicais (FES), nesta quarta-feira (10), foram recebidos pelo diretor geral Luciano Borges, ao invés do secretário João Carlos Ortega, e nada foi decidido.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) decidiu aderir à greve em assembleia realizada também nesta quinta-feira (11). A decisão dos professores foi unânime. “Os professores da UEPG votaram de forma unânime pela greve, ninguém votou contrário. Estão todos convencidos que está na hora de dar um basta na defasagem salarial de 42%. Desde 2016 o governo não dá um centavo para os trabalhadores e essa é a hora da gente se mobilizar e tentar abrir um canal de diálogo com o governo”, ressalta o professor Manoel Moabis.
A assembleia de Ponta Grossa elegeu um Comando da Greve Docente na UEPG, que vai encaminhar atividades de paralisação, a partir da segunda-feira. A UEPG foi a quarta das sete Universidades em que os professores aprovaram greve no Paraná: a UEL está em greve desde o dia 8 e Unioeste, Unespar e UENP decidiram em assembleias realizadas ao longo da semana.
(HOJE PR)