União da Vitória terá Projeto Crianças no Teatro, parceria entre Audi e o governo do estado

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O Projeto Crianças no Teatro, com incentivo da Audi do Brasil, começou a ganhar corpo nesta quinta-feira (5) com a assinatura de um termo de parceria entre o Governo do Estado e a Audi Brasil. Participaram do ato o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o diretor-presidente da Audi Brasil, Daniel Rojas, a superintendente-geral da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, e o secretário da Fazenda, Renê Garcia Junior.

O projeto propõe a descentralização e o acesso a bens culturais por meio de apresentações e ações de mediação teatral a crianças de vários lugares do Estado, em conformidade com as premissas do Plano Estadual de Cultura.

Com o intuito de estimular o bom hábito de ir ao teatro e promover formas de acesso, inclusão social e formação de plateia, a iniciativa irá impactar um total aproximado de 102,5 mil crianças da rede pública de ensino com idades entre 6 e 12 anos de 96 municípios.

As companhias teatrais paranaenses vão se apresentar para esses meninos e meninas em 16 municípios distribuídos nas oito macrorregiões histórico-culturais do Estado.

O governador contou que a ideia do projeto surgiu ao constatar que muitos municípios têm teatros subaproveitados. Ao mesmo tempo, milhares de crianças de origem humilde nunca tiveram acesso a um espetáculo. “Eu tenho uma memória afetiva do teatro. Eu fui a alguns espetáculos levado pela escola pública onde estudei. E lembro até hoje. Por isso, pedi um projeto para darmos vida aos teatros e colocar o máximo de crianças de escolas públicas para participar desses eventos”, afirmou.

A Audi entra no processo com o apoio financeiro. “Queremos que os meninos e meninas tenham uma experiência incrível nos próximos meses. Estamos muito comprometidos para continuar com esse projeto, que é uma iniciativa que orgulha a todos nós”, afirmou Daniel Rojas.

As peças terão como tema os clássicos da literatura infantil e serão apresentadas por companhias paranaenses a serem selecionadas por processo de edital, que ainda será aberto. O projeto também propõe a realização de mediações culturais executadas antes ou depois de cada apresentação, com o objetivo de despertar e sensibilizar o público para outros sentidos da obra artística, possibilitando que ele se relacione e se familiarize com a arte teatral através de atividades práticas e pedagógicas.

“O apoio da iniciativa privada foi fundamental e o Estado vai entrar com uma parte do investimento para fazer o transporte das crianças até o teatro. Proporcionar o contato com o teatro para essas crianças é importante também para as companhias, que passaram tanto tempo sem produção e sem encontrar o público”, disse a superintendente-geral da Cultura, Luciana Casagrande Pereira. “É um projeto em que todas da área da cultura e da educação saem ganhando”.

FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

Além de atividades com os alunos, o projeto visa orientar educadores e pedagogos, reproduzindo através de uma cartilha digital atividades teatrais que podem ser desenvolvidas nas escolas. Assim, os profissionais que estão na linha de frente, diretamente em contato com os alunos, podem continuar a desenvolver atividades teatrais e fomentar tal prática em suas respectivas escolas.

 

CRONOGRAMA

O projeto Crianças no Teatro será realizado entre maio a setembro de 2022, tendo sua circulação pelos municípios do Paraná nos meses de agosto e setembro.  A gestão do projeto será do PalcoParaná, Serviço Social Autônomo (SSA) sem fins lucrativos, vinculado à SECC.

Os 16 municípios com apresentações serão: Curitiba, São José dos Pinhais, Campina Grande do Sul, Paranaguá, Antonina, Pato Branco, Francisco Beltrão, Guarapuava, União da Vitória, Maringá, Campo Mourão, Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Londrina, Cornélio Procópio, Cascavel e Foz do Iguaçu.

O PALCOPARANÁ

É um serviço social autônomo, ou seja, pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de interesse público e foi criado pela Lei Estadual 18.381/2014. Com sede e foro na Capital do Estado do Paraná, com a missão institucional de promover o desenvolvimento da cultura do Estado do Paraná, tem como fim fomentar as atividades dirigidas à produção de espetáculos e concertos e à prestação de serviços relacionados às expressões artísticas e culturais.

O Palcoparaná tem por objetivo promover o desenvolvimento e aperfeiçoamento das expressões artísticas e culturais. Para alcançar este objetivo, promoverá diversas ações, dentre as quais a produção de espetáculos e concertos, de forma a colaborar na tarefa de desenvolvimento cultural da comunidade paranaense.

O Palcoparaná pretende contribuir para a eficiente aplicação dos recursos públicos na área de desenvolvimento cultural, promovendo, para tanto, o suprimento e aperfeiçoamento dos recursos humanos técnicos artísticos necessários para a realização de espetáculos, concertos e projetos culturais.

Como uma entidade de interesse público, tem como preceito incentivar a participação da comunidade nas produções artísticas, dando condições ao desenvolvimento da capacidade criativa de seus membros. Além do contrato de gestão com o Estado do Paraná, o Palcoparaná poderá celebrar convênios, ajustes, termos de parcerias, termos de cooperação técnico-científica, além de contratos de prestação de serviços com quaisquer pessoas físicas ou jurídicas, sempre que considerar ser essa a solução mais vantajosa para a execução de suas finalidades, observando os princípios da legalidade, publicidade, impessoalidade, moralidade, economicidade e eficiência.

HISTÓRIA DO TEATRO

O teatro teve sua origem no século VI a.C., na Grécia, surgindo das festas dionisíacas realizadas em homenagem ao deus Dionísio, deus do vinho, do teatro e da fertilidade. Essas festas, que eram rituais sagrados, procissões e recitais que duravam dias seguidos, aconteciam uma vez por ano na primavera, períodos em que se fazia a colheita do vinho naquela região.

O teatro grego que hoje conhecemos surgiu, segundo historiadores, de um acontecimento inusitado. Quando um participante desse ritual sagrado resolve vestir uma máscara humana, ornada com cachos de uvas, sobe em seu tablado em praça pública e diz: “Eu sou Dionísio!”. Todos ficam espantados com a coragem desde ser humano colocar-se no lugar de um deus, ou melhor, fingir ser um deus, coisa que até então não havia acontecido, pois um deus era para ser louvado, era um ser intocável. Este homem chamava-se Téspis, considerado o primeiro ator da história do teatro ocidental.

Ele arriscou transformar o sagrado em profano, a verdade em faz-de-conta, o ritual em teatro, pela primeira vez, diante de outros, mostrou que poderíamos representar o outro. Este acontecimento é o marco inicial da ação dramática.

Paralelos a este acontecimento sociocultural, vão surgindo os prédios teatrais gregos, que eram construções ao ar livre, formadas em encostas para facilitar o escalonamento das arquibancadas. O prédio teatral grego era formado, basicamente, da seguinte estrutura: arquibancada, orquestra, thumelê, proscênio e palco.

A arquibancada era feita de pedras e sua utilização pelos cidadãos gregos era democrática, dali todos podiam assistir com a mesma qualidade de visão as tragédia, comédias e sátiras. A orquestra era o espaço central circular onde o coro, formado por dançarinos, se apresentava. O thumelê era uma pedra fincada no centro da orquestra destinada as oferendas para o deus Dionísio. O proscênio destinava-se ao corifeu, líder do coro, era o espaço entra o palco e a orquestra, e o palco, construído inicialmente de madeira e mais tarde em pedra, era o espaço destinado à exposição dos cenários e para troca de figurinos e máscaras. Podemos encontrar diferentes vestígios desta cultura artística em nosso teatro contemporâneo, bastando um estudo aprofundado por diferentes olhares estéticos. (https://www.infoescola.com)

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