União da Vitória registra um caso de Dengue

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O boletim semanal da dengue, publicado nesta terça-feira, 10, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), registra 43.751 confirmações. São 6.703 casos a mais, um aumento de cerca de 18% em relação aos números do informe anterior. Os dados são do 37º Informe Epidemiológico, do novo período sazonal da doença, que iniciou no dia 1º de agosto e deve seguir até julho de 2022.

Ele traz 124.078 casos notificados, 14.504 a mais, aumento de 13%. Dos 373 municípios que registraram notificações de dengue, 315 confirmaram a doença. Em 274 são casos autóctones, ou seja, a dengue foi contraída no município de residência dos pacientes.

A Saúde informa a morte de mais três pessoas. Trata-se de uma mulher de 95 anos, que residia em Cascavel (Oeste), e dois homens, um de 20 anos morador de Maringá (Noroeste) e um de 85 anos de Londrina (Norte). Os óbitos ocorreram entre os dias 26 de março e 14 de abril de 2022. Desde o início do período, o Paraná soma 12 mortes pela doença.

O Estado já confirmou a condição epidêmica de dengue por conta dos casos prováveis e confirmados, que estavam acima do esperado para o período. Diante deste cenário e do aumento dos casos, os técnicos em todos os níveis do governo intensificaram as ações de Vigilância Ambiental.

“Nossas equipes estão atuando em todas as regiões do Estado para que os casos de dengue não subam ainda mais. Reforço o pedido para que a população fique atenta a todo e qualquer foco ou onde o mosquito possa se proliferar. A dengue mata e por isso precisamos da ajuda de todos”, alertou o secretário de Estado da Saúde, César Neves.

Os municípios que pertencem a 6ª Regional de Saúde já registraram 10 casos, sendo União da Vitória com 5 notificações, sendo 1 caso confirmado; 3 casos descartados e 1 caso investigado. Segundo o boletim este caso no município foi importado. Para os municípios do estado do Paraná, consideram-se casos importados aqueles em que o Local Provável de Infecção é diferente do município de residência do paciente

Já em General Carneiro foi o município que mais teve notificações e casos confirmados, um total de 7. Foram descartados 5 casos e 36 casos inconclusos. Paula Freitas teve uma notificação e esse caso confirmado. Bituruna foram 7 notificações sendo 1 caso confirmado e 6 descartados. E por último o município de São Mateus do Sul com 2 notificações e os dois descartados.

AÇÕES

Para chamar a atenção da população para a remoção dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, a Sesa, em parceria com outras instituições e municípios, realiza oficinas com enfoque na integração entre as equipes de Agente de Controle de Endemias e Agentes Comunitários de Saúde; discussões sobre o Plano de Gerenciamento para prevenção e controle da dengue; reuniões nos Comitês Intersetoriais de Mobilização, Conscientização e luta contra as arboviroses; capacitações de manejo clínico, além de outra ações de campo.

Durante esta terça, foi realizada uma ação de mobilização de combate à dengue na Boca Maldita, no Centro de Curitiba. Ela chamou a atenção para a remoção dos criadouros do mosquito em comércios, casas e espaços públicos. A iniciativa é uma parceria entre a Sesa, Serviço Social do Comércio (Sesc), Defesa Civil e Corpo de Bombeiros e faz parte da campanha Aqui o Mosquito Não Entra

Governo publica decreto para frear aumento de casos de dengue e reforça importância da prevenção

O ano de 2022 já registra o maior número de casos de dengue em Santa Catarina. Conforme o último informe epidemiológico divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), já são 32.206 casos confirmados da doença – desses, 28.752 são autóctones, ou seja, foram contraídos dentro do estado.

Além do aumento expressivo no número de casos, também já ha o maior número de mortes por dengue: são 26 óbitos confirmados só em 2022. Durante todo o último ano, foram registrados sete óbitos por dengue e 19.133 casos da doença, sendo 18.752 autóctones.

“Santa Catarina vem passando por uma mudança no perfil entomológico relacionado à presença do Aedes aegypti, com a disseminação e manutenção do mosquito no território. Esta condição tem contribuído para a transmissão do vírus da dengue, inclusive em condição de surtos e epidemias nos últimos anos. Foram registradas nos anos de 2015, 2016, 2019, 2020, 2021 e, novamente, esse cenário vem ocorrendo em 2022 no estado”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE.

Diante desse cenário, é necessária a intensificação das ações de controle vetorial em Santa Catarina, com o objetivo de reduzir os índices de infestação do mosquito e, consequentemente, a curva de transmissão da doença, com ações que devem ser realizadas de formas contínua e integrada, entre a vigilância epidemiológica e vigilância sanitária dos níveis regional e municipal.

Além disso, considerando a transmissão da doença, estão sendo intensificadas as ações por parte da Secretaria de Saúde, em relação a capacitação de profissionais para a classificação de risco e manejo clínico dos pacientes com suspeita de dengue. Para a população, é necessário que na presença de sintomas, como febre, dores de cabeça, dores pelo corpo, dores atrás dos olhos, entre outros, procurar imediatamente um serviço de saúde para receber o atendimento oportuno e as orientações corretas dos profissionais.

Intensificação das ações

No final do mês de março, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC) emitiu uma nota de alerta pra os serviços de saúde diante do aumento no número de casos e óbitos confirmados e suspeitos relacionados à transmissão de dengue no estado de Santa Catarina no ano de 2022. O documento pode ser acessado aqui. Além disso, foram realizadas capacitações virtuais e presenciais na região Oeste, Grande Florianópolis e Médio Vale do Itajaí com o apoio da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS) para o atendimento dos casos suspeitos de dengue.

Em relação a integração das atividades da vigilância epidemiológica e da vigilância sanitária, no final de abril, uma nota técnica foi publicada e encaminhada aos municípios catarinenses orientando sobre as ações necessárias para prevenção da doença.

Além disso, o Governo do Estado, por meio do Decreto Número 1.897, regulamentou a Lei número 18.024, de 2020, que estabelece normas para evitar a propagação de doenças transmitidas por vetores em Santa Catarina. A norma regulamenta a obrigatoriedade de proprietários, locatários ou responsáveis legais por propriedades particulares ou estabelecimentos adotarem medidas de controle que evitem criadouros e impeçam a proliferação do Aedes aegypti, transmissor de dengue, febre chikungunya e zika vírus.

“É preciso reforçar que a prevenção à dengue é um trabalho conjunto e continuo. Poder público e população precisam fazer a sua parte. Eliminar locais que possam se tornar criadouros do Aedes aegypti é a melhor maneira de prevenir as doenças transmitidas por ele. E o Decreto 1.897 serve como mais uma ferramenta para atuação das equipes nas ações de controle do mosquito”, salienta João Fuck.

Eliminar os criadouros

Evite que a água da chuva fique depositada e acumulada em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos; Não acumule materiais descartáveis desnecessários e sem uso em terrenos baldios e pátios; Trate adequadamente a piscina com cloro. Se ela não estiver em uso, esvazie-a completamente sem deixar poças de água; Manter lagos e tanques limpos ou criar peixes que se alimentem de larvas; Lave com escova e sabão as vasilhas de água e comida de seus animais de estimação pelo menos uma vez por semana; Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova duas vezes na semana a água acumulada em folhas de plantas; Mantenha as lixeiras tampadas, não acumule lixo/entulhos e guarde os pneus em lugar seco e coberto.

“É importante que a população e os agentes municipais tenham consciência que a eliminação dos criadouros é fundamental. E é preciso que seja feita semanalmente a conferência desses locais”, explica Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE/SC.

A DIVE esclarece que o uso de inseticidas, como o UBV, faz parte de ações complementares na prevenção da doença. “Se essa ação for realizada no seu bairro, isso não quer dizer que você pode abrir mão dos cuidados semanais. Os ovos do mosquito são muito resistentes e sobrevivem até mesmo por um ano em um local seco. Quando este local recebe água limpa, este ovo pode se desenvolver. Por isso, a importância de eliminar locais com que possam acumular água semanalmente”, orienta a gerente.

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