Os umbandistas de União da Vitória e Porto União se reuniram na semana passada para discutir e encontrar uma forma de diminuir a intolerância religiosa nas cidades.
Os frequentadores de terreiros das cidades se reuniram e decidiram realizar no dia 15 de novembro uma passeata pacifica pelas principais ruas das cidades para conscientizar as pessoas que a religião de umbanda é igual as outras e da importância do respeito a fé.
A reunião foi comandada pelo Coordenador Fiscal do Superior Órgão Internacional de Umbanda e dos Cultos Afro (SOI), Tiago Aquino.
De acordo com eles, no dia-a-dia as religiões de matriz africana sofrem preconceito religiosos e nas cidades tem um número bastante grande de terreiros, e a intenção é levar para a sociedade o verdadeiro significado da religião e sua doutrina.
“Queremos que as autoridades possam colocar em pauta as leis que nos defendam sobre a intolerância religiosa. Vamos fazer uma passeata e explicar a população que a umbanda é uma religião cristã e que a sociedade observe que a umbanda faz coisas boas e não ruins e só trabalhamos em favor do bem”, relata Tiago.
“Nós trabalhamos para o bem-estar das pessoas. Não matamos animais como algumas pessoas dizem. Queremos ser reconhecidos como qualquer outra religião. Queremos ser reconhecidos e respeitados em nossas cidades”, completa Ana Maria Vieira Franco.
“Nós reunimos hoje para discutir e encontrar apoio para a nossa religião. Precisamos nos unir para esclarecer a comunidade que não fazemos mal e que fazemos o bem”, disse Maria Salete Aquino.
Para Wilson Roberto Brazi as pessoas devem conhecer melhor a religião. “Essa descriminação acontece porque as pessoas não conhecem a nossa religião. Então precisamos esclarecer as pessoas sobre o que é a umbanda, para que as pessoas conheçam a nossa religião e aja essa conscientização da população. Não temos preconceito contra as outras religiões, mas sofremos preconceito”. Finaliza.