O Governo do Estado de Santa Catarina atualiza toda quarta-feira, o potencial de riscos em cada região de contágio do Covid-19. Nesta quarta-feira, 29, a Região do Planalto Norte Catarinense, a qual Porto União faz parte, foi classificada como região de potencial de risco gravíssimo. Antes a região estava no patamar grave.
Com isso novas medidas são orientados aos municípios pelo estado (Veja box). A Associação dos Municípios do Planalto Norte Catarinense (Amplanorte) vem realizando várias reuniões on lines para dar uma resposta conjunta ao combate ao Covid-19 na região, apesar de cada município ter sua autonomia para acatar as orientações. Porto União teve como último ato no combate decreto publicado no dia 13 de julho, tornando obrigatório a utilização de máscara de proteção durante a situação de emergência de pandemia.
Diante da reclassificação da região para gravíssima foi suspensa a publicação do decreto em conjunto dos municípios. Os governos municipais vão aguardar as novas deliberações do Estado para editar novas normas. Das 16 regiões de SC, 12 estão em classificação gravíssima.
Os casos em Porto União vêm aumentando com a maior quantidade de testes rápidos realizados no município. Isso fez com que o município se aproximasse de números de casos da vizinha cidade de União da Vitória no Paraná, que faz a divisa apenas pelos trilhos de trem.
A Secretaria de saúde municipal de Porto União que antes divulgava seu boletim diário no fim da manhã, mudou o horário, passando para o final da tarde o boletim. Foram confirmados 83 casos, sendo 47 recuperados e 35 em tratamentos. Ainda há 8 casos suspeitos.
A prefeitura através de sua rede social emitiu uma nota lamentando mais uma morte e com informações do paciente. Segunda a prefeitura o paciente que tinha 84 anos apresentava comorbidade que agravaram seu estado de saúde, estava em monitoramento desde o dia 13 de julho, sendo necessário sua internação no dia 21 na Sociedade Beneficente São Camilo/Hospital São Braz.
O Governo De Santa Catarina em seu último boletim informa que há 77.001 casos confirmados de Covid-19, sendo que 64.836 estão recuperados e 11.163 continuam em acompanhamento. O novo coronavírus causou 1.002 óbitos no estado desde o início da pandemia. A taxa de letalidade atual é de 1,3%. O local com a maior quantidade de pessoas que já contraíram Covid-19 é Joinville, que soma 6.806 casos. Na sequência, aparecem Blumenau (4.879), Balneário Camboriú (3.979), Chapecó (3.667), Itajaí (3.489), Florianópolis (3.215), Criciúma (2.426), Palhoça (2.232), São José (2.063) e Brusque (2.043).
A taxa de ocupação dos leitos de UTI pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Santa Catarina é de 82,4%. Isso significa que, dos 1.372 leitos existentes no estado, 242 estão livres e 1.130 estão ocupados, sendo 510 por pacientes com confirmação ou suspeita de Covid-19. Na região do Planalto Norte não há uma informação oficial sobre a ocupação de leitos.
Após um pedido de informação da Câmara de Vereadores de Porto União em maio a Sociedade Beneficente São Camilo/Hospital São Braz informou que o hospital antes da pandemia do Covid-19, contava com 8 leitos de UTI para adultos e foi ampliado para 10 e ainda mais 5 leitos de UTI para crianças. Sobre leitos para atendimento a paciente do Covid-19, o hospital informou que transformou 34 leitos de enfermaria para atendimento específico de pacientes do Covid-19.
Na sessão desta segunda-feira, 27, o vereador Carlos Roderlei Pinto (PL) encaminhou ofício ao executivo municipal solicitando informações sobre entre outras coisas, o planejamento para atender a população no combate a Covid-19; se houver equipe multidisciplinar de orientação quais seus membros, quais medidas de isolamento estão sendo adotadas, e em decorrência geográfica, quais ações o Poder Executivo Municipal adotou para que houvesse esforços intermunicipais entre Porto União e União da Vitória.
Voltando a União da Vitória a secretaria de saúde anunciou no fim da manhã de ontem, 30, mais 7 casos e mais um óbito, totalizando 3 óbitos e 200 casos confirmados, sendo 180 recuperados e 17 em tratamento. Os casos suspeitos eram 94.
Orientações e medidas a serem tomadas
Higienizar as mãos com frequência
Adotar como prática a etiqueta da tosse.
Evitar viajar e realizar comemorações com a presença de pessoas que não residem em sua casa.
Ficar em casa a maior parte do tempo.
Ingerir bastante água e se alimentar de forma saudável.
Manter distância de 1,5 metros de outras pessoas.
Não participar ou frequentar locais em que possa haver aglomeração de pessoas.
Priorizar serviços de delivery.
Quando possível adiar consultas, exames médicos, cirurgias e outros procedimentos que possam provocar danos a saúde e a ida a locais onde há pessoas potencialmente doentes.
Utilizar máscara em espaços públicos e espaços privados compartilhados.
Não frequentar locais que não sigam as recomendação e adequações necessárias para minimizar a transmissão do coronavírus.
Adaptar seu funcionamento para manter o distanciamento de 1,5m entre as pessoas, sanitização de ambientes e higienização.
Adequar o funcionamento de atividades essenciais com a menor quantidade de pessoas possível.
Adotar regimes de escala, rodízio e/ou novos turnos de trabalho com redução do número de trabalhadores presentes ao mesmo tempo no ambiente de atividades essenciais.
Afastar colaboradores confirmados ou suspeitos de COVID-19.
Afastar trabalhadores que pertençam aos grupos de risco: idosos, diabéticos, hipertensos, pessoas com insuficiência renal crônica, doenças respiratórias crônicas, doenças cardiovasculares, gestantes e imunodeprimidos.
Apresentar informativo visível das normas de funcionamento do local para a prevenção de contaminação com COVID-19.
Disponibilizar pias com água e sabão ou álcool 70% para higienização das mãos de funcionários e clientes nas atividades essenciais.
Higienizar com frequência equipamentos e utensílios com álcool 70% ou preparações antissépticas respeitando as características do produto nas atividades essenciais.
Intensificar higienização dos ambientes com preparações antissépticas ou sanitizantes de efeito similar nas atividades essenciais.
Monitorar temperatura corporal de funcionários e clientes e evitar a permanência no ambiente de pessoas com temperatura acima de 37,5º.
Priorizar a ventilação natural dos ambientes nas atividades essenciais.
Procurar testar regularmente colaboradores.
Uso de máscaras pelos funcionários de atividades essenciais durante todo o período de funcionamento.
Adotar controle de pontos de entrada e saída da região.
Adotar critérios técnico-científicos para autorizar ou suspender atividades que acarretem em incremento do risco sanitário à sua população.
Afastar colaboradores confirmados ou suspeitos de COVID-19.
Avaliar o risco x benefício da atividade para autorizar o funcionamento no seu território.
Desestimular e usar de meios para diminuir qualquer atividade que acarrete em aglomeração de pessoas.
Fiscalizar os estabelecimentos quanto ao cumprimento de medidas e diretrizes para adequação das atividades de modo a evitar a disseminação do COVID-19.
Suspender as atividades que apresentem maior risco para disseminação da COVID-19 por um período de 14 dias.
Veicular informação sobre prevenção e cuidados relacionados ao COVID-19.
Atenção Primária a Saúde
Dispor de atendimento para a população por telefone ou sistema on-line para orientar quanto ao melhor local para atendimento de acordo com as queixas das pessoas.
Fluxo de atendimento na unidade de saúde organizado de forma a diminuir contato de pessoas suspeitas ou confirmadas para COVID-19 de pessoas não doentes.
Horário ampliado para atendimento de pessoas com sintomas respiratórios.
Monitorar as pessoas com sintomas respiratórios em tratamento domiciliar, a cada 48h.
Monitorar pessoas com doenças crônicas.
Notificar os casos suspeitos para COVID-19 e comunicar a vigilância epidemiológica municipal.
Realizar ações de educação em saúde para população local voltada para prevenção da transmissão da COVID-19.
Suspender atendimentos eletivos.
Treinar equipe para atendimento pessoas suspeitas ou confirmadas para COVID-19.
Treinar equipe para paramentação e desparamentação adequada e cuidados com proteção individual.
Vigilância Sanitária
Inspeção sanitária e abertura de processo administrativo com apoio das Forças de Segurança Estadual para estabelecimentos quanto ao não acatamento das recomendações.
Vigilância Epidemiológica
Acompanhar e investigar notícias e rumores relacionados à COVID-19.
Acompanhar os dados epidemiológicos sobre a circulação do SARS-CoV-2 e outros vírus respiratórios.
Ampliar a testagem de casos suspeitos e/ou priorizar testagem conforme orientações de Notas Técnicas vigente, de modo que todos os casos graves e óbitos sejam diagnosticados.
Ativar sala de situação municipal para acompanhar os indicadores epidemiológicos, operacionais e assistenciais e coordenar ações para o enfrentamento da doença.
Elaborar e divulgar Boletins Epidemiológicos semanais.
Intensificar a emissão de orientações/ alertas para os profissionais de saúde, reforçando a importância da preparação da rede de vigilância e assistência em saúde.
Intensificar a investigação de casos e óbitos suspeitos de COVID-19 e realizar a notificação nos sistemas oficiais.
Intensificar o monitoramento semanalmente a rede de Unidades Sentinelas de SG e SRAG.
Intensificar o monitoramento de todos os casos suspeitos e confirmados de COVID-19, garantindo que casos sintomáticos permaneçam em isolamento domiciliar pelo período preconizado e que os casos que possam evoluir para gravidade procurem atendimento hospitalar de maneira oportuna).
Investigar e monitorar surtos, principalmente aqueles com potencial de propagação elevado ou que abrangem populações vulneráveis.
Promover junto ao Município a Notificação de casos e de óbitos, conforme portaria Ministerial de notificação compulsória
Promover o isolamento de casos suspeitos e contatos
Realizar busca ativa de casos suspeitos
Realizar testagem dos casos suspeitos de acordo com Nota Técnica vigente
Sensibilizar a população em relação às medidas não farmacológicas preventivas para COVID-19 (etiqueta respiratória, higiene das mãos, uso de máscaras, isolamento social para grupo de risco).
Subsidiar a Gestão na execução de medidas preparatórias de contenção e mitigação.
Subsidiar a Gestão no desenvolvimento de estratégias e mecanismos de cooperação entre municípios e estado.
Unidades Hospitalares
Atualizar o CNES colocando no seu cadastro o número de leitos como leitos clínicos adultos e/ou pediátricos SUS para atendimento da COVID-19 conforme portaria 246/2020.
Buscar junto à SES, região de saúde e município disponibilizar leitos de UTI para a regulação na proporção de 3 leitos para cada 10 mil habitantes da região de referência.
Disponibilizar leitos clínicos e leitos cirúrgicos para internação clínica para casos suspeitos e/ou confirmados de COVID-19.
Notificar os casos suspeitos para COVID-19 e comunicar a vigilância epidemiológica municipal.
Organizar os Serviço de Urgência e Emergência com fluxo diferenciado para atendimento de pessoas suspeitas e/ou confirmadas para COVID-19.
Realizar procedimentos ambulatoriais eletivos de acordo com normativas da Regulação Estadual.
Reforçar estoque de materiais, EPIs e medicamentos para assistência aos pacientes COVID-19.
Reforçar número de profissionais para assistência.
Suspender procedimentos cirúrgicos eletivos, exceto aqueles procedimentos considerados “tempo sensíveis”.
Suspender visitas hospitalares.
Treinar equipe para atendimento pessoas suspeitas ou confirmadas para COVID-19.
Treinar equipe para paramentação e desparamentação adequada e cuidados com proteção individual.