Em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose (TB), 24 de março, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde (SUV) da Secretaria de Estado da Saúde (SES), alerta sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para a cura da doença.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam no mundo 8,7 milhões de casos novos de tuberculose e 1,4 milhões de mortes por ano. No Brasil, a cada ano são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose, conforme dados do Ministério da Saúde (MS).
Em Santa Catarina, em 2017 foram notificados 1.856 casos novos de tuberculose, o que representou uma incidência de 26,7 diagnósticos por 100 mil habitantes. Do total de casos notificados 71% das pessoas receberam alta por cura e 9% abandonaram o tratamento. “A tuberculose é uma doença de contágio aéreo. A transmissão pode acontecer de várias formas: através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada”, explica Luiz Escada, médico infectologista da DIVE/SC.
O tratamento é oferecido gratuitamente pela rede pública de saúde e tem duração de, no mínimo, seis meses, sendo necessário tomar diariamente o medicamento. “É comum que, após as primeiras semanas de tratamento, o paciente observe melhora total dos sinais e sintomas. No entanto, não quer dizer que ele está curado”, alerta Maria Teresa Agostini, diretora da DIVE/SC.
Populações vulneráveis
Pessoas em situação de rua, com HIV/AIDS, privadas de liberdade e indígenas estão entre as populações com maior vulnerabilidade à doença e são o principal desafio para as equipes de saúde.
A população em situação de rua tem 44 vezes mais chance de adoecer por tuberculose do que pacientes em geral, o que mostra que fatores sociais como as más condições de vida, moradia precária, desnutrição e dificuldade de acesso aos serviços públicos de saúde têm uma influência profunda no diagnóstico e prognóstico da doença.
Outro importante alerta é para a coinfecção tuberculose – HIV/Aids, já que os pacientes com HIV/Aids, em relação à população em geral, têm 28 vezes mais chances de se infectar pelo bacilo da TB (OMS). Em Santa Catarina, o percentual da coinfecção TB/HIV/AIDS foi de 16% em 2017.
Sobre a tuberculose
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosae) que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). A transmissão é aérea. Ela não é transmitida pelo compartilhamento de roupas, lençóis, copos e outros objetos.
Ao falar, espirrar e principalmente ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam partículas no ar. O contato direto com o paciente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, representa maior chance de outra pessoa ser infectada. Para se prevenir contra a tuberculose é importante vacinar as crianças menores de quatro anos de idade com a vacina BCG, tratar pessoas infectadas com maior risco de adoecer e efetuar medidas de controle de infecção.
Em adolescentes e adultos jovens, o principal sintoma é a tosse (por três semanas ou mais), associada ou não à febre (especialmente à tarde), suor intenso à noite, falta de apetite e emagrecimento. Em crianças menores de 10 anos de idade, a febre moderada e persistente é a principal manifestação clínica. Também são comuns sintomas de irritabilidade, tosse, falta de apetite, perda de peso e suor intenso à noite. Na presença dos sinais e sintomas acima descritos, é importante procurar um serviço de saúde para avaliação.
Saiba mais em www.dive.sc.gov.br/tuberculose.
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Source: Governo SC