Esta é a nova família que estamos vivenciando nestes tempos, onde o lar de humanos está sendo cada vez mais ocupado por cães e gatos. Está havendo uma inversão de valores, onde a prioridade dos casais está sendo a adoção de animais do que a geração de filhos.
Se os cachorrinhos e os gatinhos são realmente os melhores amigos dentro das famílias, não sabemos, mas é inquestionável que os bichinhos de estimação estão ocupando cada vez mais o espaço na maioria delas. Será que isso torna-os parte da família? Será que podem ser chamados de filhos? É normal dormirem na mesma cama?
Estudos apontam que, com o passar do tempo, os animais irão substituindo os filhos por uma série de questões que não teríamos espaço aqui para comentá-las. Inclusive, já existem processos de divórcio em que se discute a guarda e o direito de visitas e o pagamento de pensão para os animais de estimação?
Nas famílias brasileiras estão esvaziando os berços das crianças enquanto cresce a presença de animais de estimação. Segundo o IBGE/13, de cada 100 famílias, 54 criam, por exemplo, cachorros, e só 36 têm crianças até 12 anos de idade. Contando os gatos e outros animais, o número sobe para 100 milhões. Segundo o IBGE, as famílias brasileiras cuidam de 62 milhões de cães contra 45 milhões de crianças. Estou curioso para a atualização destes dados, pois acredito que tenha crescido ainda mais. E a tendência indica que haverá cada vez mais espaço nas casas para os animais e menos para os filhos.
Respeito toda e qualquer decisão que alguém queira dar mais espaços em suas famílias aos animais do que aos filhos. Pois é comum encontrarmos lares onde existem três gatos, dois cães e apenas um filho que divide o espaço com os animais que são dóceis e amáveis, porém não deixam de ser bichos e jamais poderiam ocupar espaços humanos.
Sei que é um assunto polêmico, mas entendo que estamos invertendo as posições. A questão é saber onde a sociedade está errando? Que rumos estamos tomando? Qual vai ser o fim de tudo isso? Sem dúvidas, podemos ter muitas as respostas à notícia de que as famílias brasileiras amam um número maior de animais do que de filhos. Algumas dessas respostas poderiam ser questionáveis ou de difícil interpretação. Um tema para refletirmos durante esta semana.
Até a próxima!