É o que revela um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). No Brasil, índice de amamentação exclusiva entre as crianças com até seis meses é de 38,6%. Documento foi lançado nesta terça-feira (1º), dia que marca o início da Semana Mundial do Aleitamento Materno.
Nenhum país do mundo atende plenamente aos padrões adequados de aleitamento materno, aponta relatório divulgado nesta terça-feira (1º) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Elaborado em parceria com o Global Breastfeeding Collective, o documento aponta que, em média, apenas 40% das crianças com menos de seis meses de idade são alimentadas exclusivamente com o leite materno, tal como recomendado pela OMS.
A primeira “vacina” do bebê
Apenas 23 dos 194 países analisados registraram índices de amamentação exclusiva nessa faixa etária acima dos 60%. No Brasil, o índice é de 38,6%. As duas agências da ONU lembram que o aleitamento materno é crucial durante o primeiro semestre de vida dos bebês, ajudando a prevenir a diarreia e a pneumonia — as duas principais causas de morte em lactentes.
A amamentação também está associada a benefícios para as mães. Quem amamenta tem risco reduzido de câncer de ovário e de mama, as duas principais causas de morte entre as mulheres.
“A amamentação dá aos bebês o melhor começo possível na vida”, defendeu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “O leite materno funciona como a primeira vacina de um bebê, protegendo-os de doenças potencialmente mortais e dando-lhes todo o alimento de que precisam para sobreviver e prosperar.”
Semana Mundial do Aleitamento Materno
O relatório da OMS e do UNICEF foi lançado no início da Semana Mundial do Aleitamento Materno, celebrada de 1º a 7 de agosto. O documento foi divulgado com uma nova análise matemática. Cálculos revelam a necessidade de um investimento anual de apenas 4,7 dólares por recém-nascido para aumentar para 50% a taxa média global de amamentação exclusiva entre crianças com menos de seis meses de idade.
A publicação Nurturing the Health and Wealth of Nations: The Investment Case for Breastfeeding sugere que o cumprimento desse objetivo poderia salvar a vida de 520 mil crianças com menos de cinco anos. Alcançar a meta também poderia gerar ganhos econômicos de 300 bilhões de dólares em dez anos – isso seria fruto de uma redução em casos de doenças e de custos com cuidados de saúde, bem como de um aumento da produtividade.
Investimento rentável
“A amamentação é um dos investimentos mais efetivos e rentáveis que as nações podem realizar em favor da saúde de seus membros mais jovens e da saúde futura de suas economias e sociedades”, afirmou o diretor-executivo do UNICEF, Anthony Lake. “Ao não investir na amamentação, estamos falhando com as mães e seus bebês e pagando um preço duplo: em vidas e oportunidades perdidas.”
Os 23 países que alcançaram taxas de amamentação exclusiva acima dos 60%, entre crianças com menos de seis meses de idade, são Bolívia, Burundi, Cabo Verde, Camboja, Coreia do Norte, Eritreia, Quênia, Kiribati, Lesoto, Malauí, Micronésia, Nauru, Nepal, Peru, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Ilhas Salomão, Sri Lanka, Suazilândia, Timor-Leste, Uganda, Vanuatu e Zâmbia.
Excelente artigo. importante lembrar que eu só descobri que nós lactantes temos restrições alimentares quando levei minha filha em sua primeira consulta com o Pediatra dez dias após seu nascimento.(A primeira consulta acontece sempre após os sete, dez dias.
Até então, tudo o que tinha pra comer, eu mandava pra dentro. Já que amamentar dá uma baita fome!
Mas então o Pediatra de meus filhos me explicou que, alguns alimentos podiam fazer com que a cólica e os gases viessem com mais intensidade provocando mais dor e desconforto para o bebê.
Parabéns seu artigo ficou ótimo, estou escrevendo sobre o assunto no meu blog, dá uma olhada lá sua opinião será muito importante. abraços