Coluna Jaime Folle

Semana Farroupilha

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Os CTGs estão espalhados pelo mundo através dos antigos e atuais desbravadores que, até hoje, avançam pelos confins do mundo, com seus altos e baixos, com crises ou não, com a globalizaçào que impõe o aculturamento através da grande mídia padronizada. Os CTGs se mantém e todos os anos é sagrado o movimento de vinte de setembro, uma parada obrigatória para comemorar o día do gaúcho.
No Rio Grande é feriado, sendo que as festividades começam uma semana antes com os acampamentos farrapos para relembrar os bravos guerreiros da Revolução Farroupilha. É o respeito pelos tempos, uma semana onde se conversa, se dança, se integra as famílias e os amigos, numa tertúlia em que o piazito e a prendinha, o vovô e a vovó se pilcham para cantar o Hino do Estado. Além do mate, saboreia-se o churrasco campeiro, como faziam os farrapos da época. É a obrigação de dizer “Obrigado”, ao menos uma vez por ano, aos velhos guerreiros, numa atitude ética e franca de lealdade e fraterinade que integra o gaúcho na semana farroupilha.
O Rio Grande do Sul é o único estado brasileiro que comemora uma revolução da qual não houve vencedor; também é o único estado em que o Hino Rio-Grandense é mais cantado que o próprio Hino Nacional. Isso expressa a tamanha grandeza cultural, ou seja, a paixão do seu povo pelo tradicionalismo e o amor pelas coisas da terra.
No Rio Grande, o gaúcho parece vítima e carrasco; bom e mau; maragato e chimango; é gremista ou é colorado. O gaúcho tem, desde o nascimento, uma cultura própria da rudeza e da delicadeza e respeito ao próximo, onde as prendas são enaltecidas pela grandeza da mulher gaúcha. Os peões, muitas vezes, têm sua imagem denegrida por ciúmes alheios, o que não passa de uma forma inculta de ciúme, pois, na visão dos cientistas, quem critica ou denigre alguém é porque quer estar no lugar deste. Vale lembrar que no Rio Grande tem-se o menor índice de separação de casais do Brasil.
Salve o gaúcho e a Semana Farroupilha, salve o Sul brasileiro, e como diz o Hino Rio-Grandense: “Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra.”
Até a próxima!

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