Santa Catarina terá programa de preservação Araucária

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Após o Paraná criar a Lei estadual para garantir a preservação da araucária, regras para o estímulo, plantio e exploração da espécie, Santa Catarina criou um plano em parceria com a iniciativa privada para preservar e apoiar o plantio da araucária.

O Governo de Santa Catarina, por meio das Secretarias de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) e Executiva do Meio Ambiente (Sema), é apoiador do Projeto Conservador das Araucárias, que tem o objetivo é restaurar ao longo de 10 anos uma área de 7 mil hectares de Mata Atlântica, o equivalente, a 9.800 campos de futebol, pelos estados de Santa Catarina e Paraná.

A iniciativa, desenvolvida pela Tetra Park em parceria com a Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi), criada em 1987 e com sede em Atalanta, foi apresentada ao secretário executivo da Sema, Leonardo Porto Ferreira, em reunião realizada com o presidente da multinacional, Marco Dorna.

Na oportunidade foram discutidas ações e sinergias para contribuir com o avanço do projeto Conservador das Araucárias, no Estado. Em seu primeiro ano, o projeto irá se concentrar na restauração de uma área piloto de 80 hectares e no mapeamento de áreas potenciais de recuperação. Os modelos validados durante a fase inicial serão replicados ao longo de dez anos.

Biodiversidade

O secretário da Sema, Leonardo Porto Ferreira, explica que a Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos do mundo em biodiversidade e o segundo mais ameaçado de extinção. Originalmente, a floresta se estendia por 17 estados brasileiros, mas hoje se reduz a apenas 12% de sua área, colocando em risco milhares de espécies que não existem em nenhum outro lugar do planeta. O projeto irá beneficiar a Floresta com Araucárias, que hoje conta com apenas 3% de sua formação original preservada.

“O objetivo principal é a restauração florestal, sendo esta uma das ações essenciais para a conservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas. Ações que contribuem para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, da agenda 2030, da ONU, bem como, dos acordos internacionais firmados pelo Governo de Santa Catarina”, destaca o secretário da Sema.

O secretário da SDE destaca que o projeto vem ao encontro de outras iniciativas da SDE/SEMA já em andamento no Estado como: Inventário Florístico Florestal/MonitoraSC, Sistema Integrado de Monitoramento e Alerta de Desmatamento (SIMAD), Sistema Integrado de Crédito de Conservação (SICC), Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), Rede da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA).

“Somos parceiros de projetos que tenham como foco o desenvolvimento sustentável e, esta iniciativa, além dos ganhos ambientais, proporcionará aos proprietários rurais que aderirem benefícios relacionados ao cumprimento da legislação ambiental, a diversificação de renda e de atividades econômicas, assim como ao pagamento por serviços ambientais”, complementa o secretário interino da SDE, Jairo Luiz Sartoretto.

“O Conservador das Araucárias é a nossa resposta ao chamado das Nações Unidas de fazer desta a década da restauração de ecossistemas”, explica Julian Fox, Diretor Global de Nature Programs na Tetra Pak. “Estamos entusiasmados com as perspectivas deste projeto, que visa conectar diversos grupos da sociedade brasileira no desenvolvimento de um modelo inovador, unindo restauração ambiental e análise de captura de carbono para mitigação das mudanças climáticas e recuperação da biodiversidade”, completa o executivo.

 

Urubici

O Projeto Conservador das Araucárias irá se concentrar em ações de mapeamento, estudos e análises de metodologias, além da restauração de uma área piloto de 80 hectares, vizinha ao Parque Nacional de São Joaquim, no município de Urubici. Todas as mudas usadas no plantio virão do viveiro da Apremavi, que cultiva mais de 200 espécies da Mata Atlântica.

No médio e longo prazos, o projeto pretende gerar benefícios sociais e econômicos à região, com o apoio aos proprietários rurais parceiros na adequação de suas propriedades à legislação ambiental. Além disso, haverá a oportunidade de diversificação de renda por meio do Programa de Pagamentos por Serviços Ambientais vinculado a créditos de carbono, algo inédito no país.

 

Iniciativa pioneira

O programa Conservador das Araucárias em colaboração com a Apremavi, uma ONG brasileira especializada em projetos de conservação e restauração florestal desde 1987. A iniciativa pretende restaurar pelo menos 7 mil hectares da Mata Atlântica em um período de dez anos – o equivalente a 9.800 campos de futebol. Em sua fase inicial, o programa irá restaurar uma área piloto de 80 hectares da Floresta com Araucárias do interior de Santa Catarina.

A Tetra Pak anunciou no início do ano o lançamento da primeira fase do Conservador das Araucárias, projeto de restauração ambiental que traz um modelo inovador focado na recuperação de áreas rurais degradadas por meio do plantio de espécies nativas, com benefícios para as comunidades locais, fauna e flora da Mata Atlântica.

A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos do mundo em biodiversidade e o segundo mais ameaçado de extinção. Originalmente, a floresta se estendia por 17 estados brasileiros, mas hoje está reduzida a apenas 12% de sua área, colocando em risco milhares de espécies que não existem em nenhum outro lugar do planeta. O projeto Conservador das Araucárias, por sua vez, irá beneficiar um ecossistema que corre um risco ainda maior: a Floresta com Araucárias, que hoje conta com apenas 3% de sua formação original preservada.

A restauração ambiental tem ainda um papel importante no combate às mudanças climáticas, uma vez que as árvores absorvem e armazenam dióxido de carbono à medida que crescem. Atualmente, as florestas são responsáveis por absorver 30% de todas as emissões de carbono do mundo. Assim, projetos de restauração como o Conservador das Araucárias podem ter um impacto significativo na redução dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera e ajudar a reverter os efeitos das mudanças climáticas.

“O Conservador das Araucárias é a nossa resposta ao chamado das Nações Unidas de fazer desta a década da restauração de ecossistemas”, explica Julian Fox, Diretor Global de Nature Programs na Tetra Pak. “Estamos entusiasmados com as perspectivas deste projeto, que visa conectar diversos grupos da sociedade brasileira no desenvolvimento de um modelo inovador, unindo restauração ambiental e análise de captura de carbono para mitigação das mudanças climáticas e recuperação da biodiversidade”, completa o executivo.

“Entre as metodologias propostas estão o plantio de mudas nativas, o enriquecimento ecológico de florestas secundárias e a condução da regeneração natural”, complementa Miriam Prochnow, conselheira e co-fundadora da Apremavi. “No longo prazo, as áreas restauradas serão integradas a corredores ecológicos, reduzindo a pressão sobre as espécies animais ameaçadas de extinção como o papagaio-do-peito-roxo e o veado-campeiro. Essas ações são fundamentais para a proteção da biodiversidade, a restauração da qualidade do solo e na manutenção da disponibilidade de água da região”.

Além disso, a Tetra Pak certificará a área em carbono voluntário e de biodiversidade seguindo padrões internacionais. A certificação medirá o sequestro de carbono, o que significa que o projeto terá um papel fundamental no compromisso da companhia de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa em suas operações até 2030[4]. Mas a Tetra Pak viabilizará a certificação de uma área mais ampla do que a prevista para a restauração: serão 13,7 milhões de hectares – uma área do tamanho da Inglaterra – de forma a incentivar outras organizações a aderirem à iniciativa.

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