Sábado é o dia D de vacinação

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A Secretaria de Saúde de União da Vitória iniciará neste sábado, 11, durante a Campanha de Multivacinação, a aplicação da vacina da Influenza para toda a população acima de 6 meses de idade.

A liberação está sendo realizada depois do Município realizar a vacinação dos dois públicos alvos da campanha e para estender a imunização para toda a população. A vacina que está sendo aplicada neste ano, protege contra três cepas do vírus influenza: A H1N1 e A H3N2 e B.

“Estamos estendendo a vacinação para toda a população, pois a vacina da Influenza oferece a proteção contra complicações da gripe que está sendo uma das maiores causas de hospitalização na região”, afirmou o secretário de Saúde, Diego Train.

Para receber a vacina contra a Influenza, a pessoa pode ir até uma das Unidades de Saúde que estarão atendendo na campanha de Multivacinação no sábado, 11, ou a partir da segunda-feira, 13, ir até a Unidade de Saúde mais perto da sua casa, com a carteirinha de vacinação e documento de identificação.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná promove além do Dia D de Vacinação, para atualização da carteirinha da população em geral, seja nas estratégias de rotina ou nas campanhas vigentes do Ministério da Saúde (Covid-19, Influenza e sarampo).

A ação foi proposta após a baixa cobertura dos imunizantes já elencados no esquema vacinal primário, além da vacinação contra a Covid-19 em terceira dose. A ideia da Sesa é ampliar a cobertura nos 399 municípios, em pessoas de todas as idades e grupos prioritários.

O secretário de Estado da Saúde, César Neves, falou sobre a data. “Cada município vai realizar uma ação diferente, dentro da mesma proposta, com ações especiais nos quatro municípios-sede das Macrorregiões de Saúde – Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel. Pelo menos um representante da Sesa irá acompanhar esse lançamento nesses locais. Nossa ideia é imunizar o maior número de pessoas, e para isso contamos com a colaboração e adesão da população”, disse.

Na sexta-feira passada, o Paraná anunciou a prorrogação da Campanha de Vacinação contra a Gripe e Sarampo, que teve início no dia 4 de abril. A previsão era que o público-alvo fosse atingido até essa sexta-feira (3), mas apenas 47% se vacinaram contra a gripe e 35,3% contra o sarampo. A meta é de 90% e 95%, respectivamente. Agora a vacinação para grupos prioritários segue até 24 de junho.

Além desta Campanha, o Estado reforça a necessidade da continuidade da vacinação contra a Covid-19. Segundo o último levantamento realizado pela Sesa, mesmo com 25 milhões de doses aplicadas, mais de 1,3 milhão de pessoas não tomaram a segunda dose (D2) e 4,3 milhões são considerados “faltosos” na dose de reforço (DR).

“Precisamos que essas pessoas que não estão com as vacinas em dia procurem um posto de vacinação no seu município e atualizem a carteirinha. As vacinas são nossa principal ferramenta para combater as doenças, e se não nos prevenirmos poderemos contribuir para uma maior disseminação desses vírus e infecções”, ressaltou Neves.

As dez vacinas de rotina (BCG, Febre Amarela, Hepatite A, Hepatite B, Meningocócica, Pentavalente, Pneumocóccica, Poliomielite, Rotavírus Humano e Tríplice Viral) também estão com coberturas abaixo do necessário. O imunizante que previne contra a Hepatite B, por exemplo, fechou o último ano com apenas 57,18% de adesão, sendo a vacina com procura mais baixa, seguida pela da Febre Amarela, com 71,38%, e BCG, com 77,23%.

Vacinas da gripe e da Covid-19 podem ser aplicadas no mesmo dia

A Campanha de Vacinação contra a gripe no estado foi estendida para toda população até 24 de junho ou até que os estoques de vacinas sejam zerados. Simultaneamente, continua a aplicação de doses contra a Covid-19. Por conta disso, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que as doses da vacina da gripe e da Covid-19 podem ser aplicadas no mesmo dia.

“As campanhas de vacinação estão sendo feitas de forma simultânea. Quem for até o posto de vacinação para tomar a primeira, segunda ou dose de reforço contra a Covid-19 pode também receber as demais vacinas do calendário vacinal, o que inclui a vacina da gripe”, destaca Arieli Schiessl Fialho, gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive).

 

Campanhas de Vacinação contra a gripe

As doses da vacina contra a gripe estão liberadas para toda população, a partir dos 6 meses de idade. Para informações sobre locais e horários de vacinação, basta entrar em contato com a secretaria municipal de saúde do seu município.

A Dive recomenda que mesmo com a ampliação da vacinação para toda a população, as pessoas dos grupos prioritários, como crianças, idosos, gestantes entre outros, que são mais vulneráveis e podem desenvolver quadros graves pelo vírus influenza (gripe), devem procurar a vacina.

Vacinação contra a Covid-19

A SES também reforça a importância da população completar o esquema vacinal contra a Covid-19, que envolve a aplicação da dose de reforço.

Vacinação contra o sarampo

Além da campanha de vacinação contra a gripe, também ocorre a campanha contra o sarampo em SC. Nesse caso, podem ser vacinadas crianças de 6 meses a menores de 12 anos e trabalhadores da saúde independentemente do vínculo com estabelecimento de saúde. A vacinação para este público é indiscriminada, ou seja, mesmo que o esquema vacinal esteja completo, a pessoa deve receber uma dose da vacina tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola.

Demais vacinas

Aproveitando a ida até os pontos da vacinação, a SES orienta que a população já confira a carteirinha de vacinação e aproveite a oportunidade para atualizar as doses contra as outras doenças. Atualmente, são 20 vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Vacinar é proteger. É garantir que doenças já erradicadas não voltem. É prevenir casos graves dessas doenças. Por isso, é tão importante manter a caderneta sempre atualizada”, destaca a gerente.

Dia da imunização: especialistas reafirmam importância de se vacinar

A introdução de componentes que simulam um agente infeccioso capaz de enganar o nosso corpo e nos proteger de vírus mortais. Esse é o mecanismo que explica o funcionamento das vacinas, descoberta que já soma dois séculos e que mudou a história da humanidade.

Mais do que uma proteção individual, os imunizantes reforçam o senso de comunidade e responsabilidade coletiva, apontam especialistas ouvidos pela Agência Brasil.

“A partir das vacinas, não precisamos mais ficar doentes para que o nosso sistema imunológico aprenda a combater algo”, aponta o virologista e imunologista Rômulo Neris. Ele integra a Equipe Halo, iniciativa, aprovada pela Organização das Nações Unidas, que reúne cientistas e profissionais da saúde de todo o mundo que atuam no combate à pandemia. Neris escreveu uma categoria de moléculas aptas a destruir partículas de doenças como zika, chikungunya, dengue, mayaro e febre amarela.

“Geralmente, somos expostos aos agentes causadores dessas doenças. Mas o grande problema é que, na maioria dos casos, isso envolve ficar doente uma primeira vez. Isso não é um cenário ideal, por exemplo, quando estamos lidando com doenças que tem uma letalidade muito elevada ou potencial de causar sequelas ou algum quadro muito grave. É aí que as vacinas entraram como diferencial na história da humanidade”, disse Neris.

Vacinação contra a covid-19

Neris lembra que nenhuma vacina protege 100% contra um vírus, nesse sentido, a cobertura vacinal é que garante a proteção. Ele aponta que a vacinação contra a covid-19 se mostrou bastante eficaz no controle das mortes, mas o aumento recente dos casos reforça que serviços de vigilância, de monitoramento e outras práticas são necessárias para impedir a disseminação do vírus. “A vacinação precisa ser aliada a outras estratégias. Acho que esse é o ponto central”, alertou.

O virologista recorda que ao longo dos últimos meses houve um relaxamento das medidas de proteção, como uso obrigatório de máscara e controle de aglomeração. “Neste cenário, onde há uma variante que se espalha mais rápido do que o vírus original, lugares do planeta onde não há cobertura vacinal tão alta e o vírus ainda continua circulando, temos a propensão de gerar cenários nos quais podemos ter essas reversões, esses aumentos de caso.”

Diante deste quadro, ele acredita que informação e vacinação são a resposta. “A informação necessária para aumentar a confiança da população e a adesão das pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal, em conjunto reforçar outras medidas de proteção para que possamos consolidar, já que conseguimos controlar o número de casos no país”, avaliou.

Segurança

Neris lamenta que grupos contrários à vacinação se utilizem da desinformação para gerar dúvidas sobre a segurança dos imunizantes. “Esses movimentos basicamente tentam se valer de uma interpretação inadequada de dados, dando uma linguagem técnica, uma roupagem científica para algo que é uma informação falsa”, avalia.

Ele lembra que todas as vacinas utilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após pesquisas com rigor científico.

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