Porto União registra quatro casos de COVID-19 nesta segunda-feira

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A informação de que haviam quatro casos de COVID-19 (Coronavírus) em Porto União, confirmado pela prefeitura no meio da tarde desta segunda-feira, 04, gerou questionamentos por parte da população.

Horas antes na Câmara de Vereadores de Porto União havia sido aprovado um requerimento por todos os vereadores, pedindo que em 48 horas o secretário de saúde informasse com mais transparência os casos positivados e suspeitos no município. O vereador Neilor Graboviski (MDB) informou que já havia boatos de casos dentro do município. “Se realmente há esses casos positivos que seja divulgado para que saibamos. É claro que vai chegar aqui, mas devemos ter precaução de todo mundo não pegar ao mesmo tempo, para que a população possa ser atendida devido o número de respiradores e de UTIs”, falou o vereador que solicitou ainda informações ao executivo através de ofício, sobre o número de UTIs e CTIs disponíveis para a população. O vereador Jacir Barth (PSDB) solicitou também através de ofício a informação sobre o número de respiradores no município. 

O fato que levou aos questionamentos foi que não havia nenhum caso suspeito no então último boletim divulgado no dia 30 de abril. Apesar de ser divulgado rotineiramente o boletim, ficou sem atualização por 4 dias.

Segundo postou a prefeitura no facebook os casos foram contaminados em casa e não estiveram em viagem, mas receberam a visita de uma pessoa de outra cidade que estava contaminada. “Recebemos a confirmação ontem (domingo, 03). Todos passam bem e estão em monitoramento domiciliar”, diz na rede social a prefeitura. Apesar disso, ainda não houve nenhum pronunciamento do secretário de saúde ou nota à imprensa para explicar as informações dos casos. “Os testes laboratoriais deram negativos para todos os casos testados até agora. Esses que foram confirmados, foram feitos testes rápidos. Por isso nem chegaram a entrar na contagem dos suspeitos”, explicou no facebook a administração municipal.

Segundo informou em sua rede social, o protocolo preconiza testes rápidos para profissionais da saúde e da segurança apenas. Os que são considerados suspeitos são os casos de internação hospitalar que aguardam o resultado laboratorial. Os 140 descartados não estavam internados e sim sendo mantidos em isolamento e monitorados pelos profissionais da saúde.

E as pessoas contaminadas não estavam internadas e realizaram testes rápidos, o que leva a crer que sejam profissionais de saúde ou de segurança, segundo as informações da prefeitura e do protocolo que é seguido para a realização de testes rápidos. “Temos que obedecer aos protocolos dos órgãos superiores. Testes laboratoriais só para internados. Rápidos só para profissionais da saúde e segurança por enquanto”, escreveu na rede social a prefeitura.

Segundo o secretário de saúde do município em entrevista ao site União em Foco o paciente passou mal e foi internado no dia 28 de março, quando o teste do Lacen deu negativo para COVID-19. Após melhorar um pouco e ganhar alta o paciente manteve os sintomas e então um teste rápido foi realizado, onde atestou positivo para o COVID-19, assim como para seus familiares. “Algum tempo depois o médico observou que os sintomas do paciente persistiam e por excesso de zelo optou por fazer o teste rápido e deu positivo para o coronavírus. Nesse momento também foi feito o teste na esposa e nas filhas do paciente, que mesmo sem ter sintomas da doença, tiveram positivo para o coronavírus”, disse o secretário ao site União em Foco.

A prefeitura informa através das suas redes sociais que “em caso de sintomas suspeitos não ir aos postos de saúde! Basta ligar que faremos seu atendimento. O telefone da Sala de Situação da Secretaria Municipal de Saúde é 3522 1332”.

Enquanto isso em União da Vitória os boletins são divulgados pela prefeitura diariamente, seja feriado ou final de semana e sempre com transparência. Foi assim nos setes casos confirmados e que já estão curados. E os casos de suspeitos na cidade paranaense são alterados todos os dias, mostrando também que há vários casos descartados, somando até o boletim de ontem, 116, enquanto os suspeitos são 11.

PARANÁ

No Paraná mais de 1,5 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença e 133 cidades atingidas, o que representa exatamente um terço dos 399 municípios. Os dados estão no boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde. As cidades mais atingidas até o momento são Curitiba (470 casos confirmados), Londrina (106), Cascavel (85), Maringá (61) e Foz do Iguaçu (48).

Em apenas um mês, de 03 de abril a 03 de maio, a interiorização do coronavírus saltou 137,5%, de 56 municípios para 133. Na comparação com o boletim que registrou os primeiros casos no Paraná, em 12 de março, o crescimento foi de 6.550%, de 2 para 133 municípios em 53 dias.

O monitoramento da Secretaria de Saúde mostra que a doença evoluiu rapidamente no começo de abril e manteve trajetória um pouco mais regular depois dos 500 primeiros casos, mesmo com a inserção dos resultados iniciais dos testes rápidos.

O Estado ultrapassou a marca de 500 casos em 7 de abril, 26 dias depois dos seis primeiros diagnósticos positivos aparecerem no boletim, em 12 de março. A doença era registrada em 68 municípios na ocasião.

Nos 13 dias subsequentes, metade do lapso temporal anterior, foram confirmados 500 novos casos e o Paraná registrou a marca de 1.000 no dia 20 de abril com 105 municípios atingidos. Depois de mais 13 dias a Covid-19 alcançou 1,5 mil pessoas, no dia 03 de maio, já presente em 133 municípios.

FAIXA ETÁRIA NO PARANÁ

A faixa etária mais atingida continua sendo a adulta, com destaque para pessoas entre 30 e 59 anos, com 916 casos, o que representa 60,5% do total. Nas outras duas radiografias anteriores da doença, a realidade era a mesma, o que denota certa tendência.

São 352 casos (23,2%) entre pessoas que têm entre 30 e 39 anos, 289 (19%) entre 40 e 49 anos e 275 (18,1%) entre 50 e 59 anos. Se a soma englobar também a faixa de 20 a 29 anos, que tem 218 casos, são 74,9% do total. A idade média dos confirmados é 45,6 anos, menor do que a registrada quando o Paraná atingiu 1.000 casos, de 46,4 anos.

O Paraná também tem 23 casos confirmados em crianças de até 9 anos e 168 de pessoas acima de 70 anos, considerada a faixa etária de maior risco.

As mulheres continuam sendo as mais atingidas: 780 x 734 casos, respectivamente. Dos 1.514 casos confirmados no Paraná, 138 pessoas ainda estão internadas (71 em UTI) e 987 se recuperaram, mais da metade dos casos (65,2%).

RECUPERADOS NO PARANÁ

Das pessoas que contraíram a doença, 1.030 são consideradas recuperadas, de acordo com dados referentes aos pacientes que já liberados do isolamento social. Destes, 560 estão na planilha de acompanhamento e monitoramento da Vigilância em Saúde da secretaria estadual. Os outros 470 são do município de Curitiba, conforme informações consultadas no site da prefeitura em 03 de maio de 2020, às 15h02.

NOITIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA

Laboratórios de análises clínicas de todo o estado serão obrigados a notificar em tempo real os órgãos públicos estaduais sobre as ocorrências de suspeita ou confirmação do novo coronavírus – COVID-19. É o que determina o projeto de lei 240/2020, aprovado em primeiro turno de votação na sessão remota desta segunda-feira, 4, na Assembleia Legislativa do Paraná. De acordo com a proposta, os laboratórios e todas as instituições e empresas que realizam exames para a identificação de doenças contagiosas deverão notificar o Laboratório Central do Estado e a Secretaria de Estado da Saúde sobre casos confirmados e suspeitos de doenças classificadas como endemias, epidemias e pandemias.

SANTA CATARINA

Enquanto isso além da crise do Covid-19 uma crise política atinge o governo estadual. Para tentar controlar os gastos no estado na Assembleia de Santa Catarina foi criada a Comissão Especial da Assembleia Legislativa criada para fiscalizar as ações de combate à pandemia do coronavírus (Covid-19), diante da confirmação do pedido de exoneração do secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, recebido e aceito pelo governador Carlos Moisés da Silva, na noite desta quinta-feira, 30, após suspeitas nas compras de respiradores e erros no processo, entre eles, o pagamento antecipado do produto, bem como a autorização do empenho e de liquidação do valor de R$ 33 milhões de forma irregular, burlando as normas que regem o bom andamento das compras feitas por órgãos públicos. Isso tudo depois da confusão e do valor alto da construção do hospital de campanha, o mais caro do País, que foi cancelado após denúncias.  A Alesc informou que a Comissão Especial seguirá com seu trabalho de fiscalização das ações governamentais no combate à pandemia, cumprindo com sua função republicana de zelar pelo dinheiro que é de todos os catarinenses.

NOVO SECRETÁRIO

Nesta segunda-feira, 4, o médico André Motta Ribeiro assumiu a secretário de Estado da Saúde. Ele atuava como secretário adjunto da pasta. André Motta é médico e possui pós-graduação em administração hospitalar. Segundo o governador, o novo secretário acompanhou toda a montagem da atual equipe da Saúde e está desde o início da pandemia do novo coronavírus focado no aparelhamento da rede hospitalar catarinense para fazer frente à demanda. Ele lembrou que, desde a metade de março, o Estado já criou 381 novos leitos de UTI.

ANTICORPO DESCOBERTO

O Instituto de Israel para a Investigação Biotecnológica, do Ministério da Defesa, anunciou que desenvolveu um anticorpo para o coronavírus e que prepara a patente para depois entrar em contato com empresas farmacêuticas, com o objetivo de produzir em escala comercial.

Em comunicado, o instituto assegura que o anticorpo desenvolvido ataca e neutraliza o vírus nas pessoas doentes.

“De acordo com os pesquisadores, liderados pelo professor Shmuel Shapiro, a fase de desenvolvimento do anticorpo foi concluída”, acrescenta a nota.

O ministro da Defesa de Israel, Naftali Benet, visitou o laboratório do instituto em Nezz Ziona, ao sul de Tel Aviv, onde tomou conhecimento da pesquisa. Ele afirmou que o “anticorpo ataca o vírus de forma monoclonal” qualificando o trabalho desenvolvido como “grande conquista”.

“Estou orgulhoso do pessoal do Instituto de Biotecnologia por esse avanço. A criatividade e o pensamento judaico atingiram grande resultado”, disse o ministro na nota. O texto não especifica se foram realizados testes em seres humanos.

Altos cargos do setor da defesa e da segurança israelita disseram que a descoberta é a “primeira desse tipo em nível mundial”. 

De acordo com a publicação digital Times of Israel, no mundo há cerca de uma centena de equipes de investigação à procura de uma vacina para o novo coronavírus, que provocou a pandemia, sendo que cerca de uma dezena estão, neste momento, em fase de teste em seres humanos.

Especialistas avisaram, em março, que o processo após o desenvolvimento de uma vacina em laboratório pode demorar pelo menos 18 meses.  

O Instituto para a Investigação e Biotecnologia de Israel dedica-se, entre outras atividades, a investigar armas químicas, procurando antídotos contra novas substâncias.

Em março, o jornal Haaretz publicou que o centro tinha conseguido avançar nas investigações sobre a vacina, tendo o Ministério da Defesa desmentido a informação.

Em nível global, segundo balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 250 mil mortes e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

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