Porto União está há um ano sem registro de homicídio

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“A missão nunca acaba! Não há o que comemorar, pois a vigilância continua e a possibilidade de homicídios, infelizmente, é sempre real”, destacou o comandante da 1ªCia da Polícia Militar de Porto União, Capitão Paulo Ricardo Galle.

Após a implantação de diversas ações direcionadas para a segurança pública no município, no dia 04 de fevereiro de 2020, a Polícia Militar de Porto União completou 12 meses sem registros de homicídio na cidade.

Esses dados refletem as inúmeras abordagens realizadas pelas guarnições, as quais resultam em cumprimentos de mandados de prisão, apreensão de armas e o sufocamento do tráfico de drogas, retirando das ruas pessoas com tendência a este tipo de delito.

Para a Polícia Militar de Porto União a repressão e a prevenção contribuíram significativamente para a redução drástica de homicídio em nosso município.

O Comandante da 1ªCia da Polícia Militar de Porto União enfatiza que os policiais militares estão 24 horas em rondas, gerando sensação de segurança a comunidade, resultando diretamente na redução de crimes que poderiam vir a ser praticados. “Ressaltamos o empenho e dedicação dos policiais em coibir delitos desta natureza, entre outros”, destacou Galle.

No estado os números também caíram. Assim como ocorreu no ano anterior, o número de mortes violentas segue em queda em Santa Catarina no começo de 2020. Até esta segunda-feira, 10, foram registrados em todo o estado 94 homicídios, uma queda de 6% em relação a 2019 – o menor índice desde 2014. Os números foram divulgados pelo Colegiado Superior da Segurança Pública e Perícia Oficial, no boletim semanal.

Também há uma queda nos feminicídios, que caíram de 7 para 3, numa redução de aproximadamente 57%. Em relação aos latrocínios, também há queda (de 4 para 3), o que leva o estado à menor taxa da série histórica quando se considera o tamanho da população. As lesões corporais seguidas de mortes também tiveram redução: de 2 para 1 até o dia 10 de fevereiro.

Segundo o presidente do Colegiado Superior, delegado–geral Paulo Koerich, a queda da violência representa um avanço, uma vez que a base de comparação já vinha diminuindo. Ele elogiou a integração das forças de segurança e disse que o trabalho segue intenso para manter as estatísticas em queda.

“Trabalhamos para diminuir cada vez mais os crimes violentos. Nosso Colegiado se reúne todas as semanas para discutir estratégias que ajudem a trazer mais segurança para a população. A integração tem um papel muito importante nessa redução da violência. Quando se trabalha junto, os resultados aparecem”, conta Koerich.

Paraná

O índice de solução de homicídios na Região Metropolitana de Curitiba foi de 51% em 2019. No período, também houve redução de 14% no número de crimes dessa natureza – 57 casos a menos. Em 2018, foram elucidados 32% dos homicídios.

O delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Riad Farhat, ressalta que esse é um resultado muito significativo e traz benefícios não só à população da Região Metropolitana como também para a segurança dos que vivem na capital do Paraná.

“O índice é bem superior à média nacional de resoluções de homicídios, que é cerca de 8%. Identificar criminosos suspeitos de crimes na RMC reflete na Capital, pois muitos destes atuam em ambas as regiões”.

Se em 2018 a Polícia Civil havia solucionado 130 homicídios na RMC, no ano passado o número passou para 181, um aumento de 39%. A melhora na resolução de crimes contra a vida se deve a diversos fatores, explica o delegado Fábio Amaro, chefe da Divisão de Polícia Metropolitana.

“O primeiro deles acreditamos que seja a tecnicidade dos policiais civis, já que as unidades da Região Metropolitana acabaram criando setores especializados nesse tipo de investigação. Todas as unidades possuem o investigador, escrivão e seu assessor, o estagiário, que tratam somente de casos dessa natureza. Tendo em vista a tratativa rotineira”, afirma o delegado.

A aproximação da Polícia Científica ao trabalho de investigação da Polícia Civil também foi importante no aumento da taxa de solução de assassinatos. Segundo Amaro, a prova material é irrefutável em juízo e isso garante uma credibilidade maior ao inquérito policial e à prova que é colhida, oferecendo mais eficiência na resolução dos casos. Parcerias com a Guarda Municipal e a Polícia Militar para a troca de informações também contribuiu para esse cenário, afirmou.

O terceiro fator destacado por Amaro é a presença do projeto do governo federal Em Frente Brasil, em São José dos Pinhais. “O projeto do Ministério da Justiça trouxe não somente policiais da Força Nacional, mas também 10 policiais civis e peritos criminais para a cidade. Esse quantitativo de servidores promove melhoria significativa para o atendimento desses crimes”, acrescentou.

As cidades que compõem a RMC são Adrianópolis, Agudos do Sul, Almirante Tamandaré, Colombo, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Doutor Ulisses, Fazenda Rio Grande, Itaperuçu, Mandirituba, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras, Rio Branco do Sul, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul, Tunas do Paraná.

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