Porto União é um dos municípios catarinenses considerados infestados pelo mosquito Aedes aegypti. As informações foram divulgadas no Boletim Epidemiológico n° 20/2017, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC). A definição de infestação é realizada de acordo com os dados da manutenção dos postos de vistorias e armadilhas espalhadas pela cidade.
Conforme comenta Severina Pecharki, supervisora de campo da vigilância ambiental do município, são 56 pontos estratégicos de vistorias monitorados pelo setor, além de 101 armadilhas para identificar focos do mosquito espalhados pela cidade. As vistorias de rotina nos pontos estratégicos são feitas a cada 14 dias, e os profissionais também realizam visitas em moradias e locais propensos aos focos, seguindo cronograma de visitação em todos os bairros.
O município foi considerado infestado devido ao balanço desenvolvido em abril desse ano, e conforme comenta Severina, um novo balanço deverá ser feito em Novembro, onde todos os bairros receberão vistorias intensificadas. “Com as atividades de orientação e conscientização da população, talvez a situação melhore”, comenta Severina. Mesmo com os trabalhos realizados, o que mais preocupa é o desrespeito da população. “A maior preocupação é com a quantia de lixo doméstico que encontramos em terrenos baldios, algumas pessoas não procuram lixeiras quando precisam descartar pequenos materiais, e os deixam nos terrenos baldios”, ressalta Severina.
No município, o último foco registrado foi no dia 12 de setembro, em uma coleta realizada em um dos pontos estratégicos espalhados pele vigilância ambiental na cidade. O boletim número 20 sobre a situação da vigilância entomológica do Aedes aegypti e a situação epidemiológica da dengue, febre dechikungunya e zika vírus, com dados até a Semana Epidemiológica (SE) 39, desde 1º de janeiro a 30 de setembro.
No período de 01/01 a 30/09, foram identificados 8.981 focos do mosquito Aedes aegypti, em 139 municípios de Santa Catarina. Neste mesmo período, em 2016, haviam sido identificados 6.255 focos em 132 municípios .O número de focos de 2017 é 43,6% maior quando comparado ao mesmo período do ano de 2016.
Em relação à situação entomológica, até a SE nº 39/2017, já são 61 municípios considerados infestados,o que representa um incremento de 22% em relação ao mesmo período de 2016, que registrou 50 municípios nessa condição.
Orientações para evitar a proliferação do Aedes aegypti:
– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;
– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
– Mantenha lixeiras tampadas;
– Deixe os depósitos para guardar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
– Trate a água da piscina com cloro e limpe uma vez por semana;
– Mantenha ralos fechados e desentupidos;
– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo, uma vez por semana;
– Retire a água acumulada em lajes;
– Dê descarga no mínimo uma vez por semana em banheiros pouco usados;
– Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
– Evite acumular entulho, pois podem se tornar locais de foco do mosquito da dengue.
– Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Secretaria Municipal de Saúde;
– Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde para atendimento.