Com foco em educação ambiental, Governo do Estado confirma a criação de quatro novas Unidades de Conservação (UCs). Espaços em Reserva do Iguaçu, Bituruna, Araucária e Guaratuba que se juntarão a outras 70 unidades espalhadas pelas regiões paranaenses.
Os 100 dias do segundo mandato do governador Carlos Massa Ratinho Junior foram marcados, na área ambiental, por ações efetivas para conservação, preservação e manutenção da biodiversidade no Paraná, com foco especial para a expansão das áreas de preservação. O Governo do Estado confirmou em março a criação de quatro novas Unidades de Conservação (UCs). São áreas em Reserva do Iguaçu, Bituruna, Araucária e Guaratuba que se juntarão a outras 70 UC’s espalhadas pelo Estado.
A ação integra um pacote de medidas que busca atrair mais visitantes para esses complexos, aliando turismo e educação ambiental como forma de conscientizar a população.
Também nesses pouco mais de três meses de gestão, Ratinho Junior entregou veículos e equipamentos para reforçar a atuação de servidores em Unidades de Conservação; anunciou a reabertura ao público do Salto São Francisco, entre Guarapuava, Prudentópolis e Turvo; e ampliou o projeto Poliniza Paraná, com a instalação de novos meliponários (coleção de colmeias de abelhas nativas sem ferrão) em UC’s e parques urbanos de todo o Estado.
Além disso, confirmou a confecção de um livro com produção e edição do fotógrafo Zig Koch, especializado em meio ambiente. O material conta com apoio e suporte técnico do Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).
As estações ecológicas localizadas em Bituruna e Reserva do Iguaçu não serão abertas para visitação por estarem em áreas de recuperação, com florestas de araucária, e estarão voltadas para a preservação desses ambientes. Serão permitidas nesses locais apenas as atividades de pesquisa e educação ambiental.
SÃO FRANCISCO – Além do anúncio das novas unidades de conservação, o período ficou marcado também pela confirmação da reabertura à visitação do Salto do São Francisco após um ano interditado para passar por melhorias. A reforma garantiu maior comodidade e segurança para os visitantes que usam as trilhas internas.
Com 196 metros de altura, localizado entre Guarapuava, Prudentópolis e Turvo (Centro-sul), o salto é considerado um dos pontos naturais mais emblemáticos do Estado, a maior cachoeira do Sul do Brasil e a quinta do País em extensão.
ESTRUTURA – Para fortalecer o atendimento e o trabalho ofertados pelas Unidades de Conservação, o Governo do Estado destinou R$ 6 milhões para reestruturação dos complexos, com a aquisição de 23 novos veículos, equipamentos para manejo, notebooks e uniformes. Os recursos são oriundos de medidas compensatórias previstas na Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.
Todo material foi encaminhado aos 16 escritórios regionais do IAT, a 46 Unidades de Conservação, além de atender também a demandas da Divisão de Unidades de Conservação e da Diretoria de Patrimônio Natural.
POLINIZA – Ao posar de flor em flor, as abelhas garantem aproximadamente 90% da polinização das espécies nativas do bioma da Mata Atlântica e 70% do total das plantas cultivadas e utilizadas na alimentação humana. Foi por isso que o Estado criou, há pouco mais de um ano, o projeto Poliniza Paraná, que instala colmeias de abelhas nativas sem ferrão em parques estaduais. A segunda fase da proposta chegou às Unidades de Conservação, como os Parques Estaduais Guartelá, em Tibagi, e Vila Velha, em Ponta Grossa, entre outros.
“Buscamos no IAT que as Unidades de Conservação sejam também alternativas econômicas e de geração de renda. Além disso, com a instalação das colmeias, permitimos que as abelhas façam o serviço ambiental de polinizar nossas florestas”, ressaltou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.
LIVRO – O contrato com a equipe do fotógrafo Zig Koch prevê a aquisição de 2 mil livros sobre as Unidades de Conservação do Estado – mil no idioma português, 500 em inglês e outros 500 em espanhol. Editado pela Brasilzão, o material será distribuído pela Diretoria do Patrimônio Natural do IAT a escolas do Estado. O prazo de produção é de até um ano e o investimento é de R$ 328 mil.
O fotógrafo explica que o projeto mostra a integração entre a natureza e cultura em todas as Unidades de Conservação do Paraná. “A ideia é tentar envolver o humano à conservação. É ter uma integração entre o ser humano com a natureza”, afirmou.