Pandemia de coronavírus deve afetar o Dia dos Namorados

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Nas últimas semanas muitas coisas tiveram que ser interrompidas, menos as relações. Pelo contrário, para a nossa felicidade elas ficaram ainda mais fortes. Estamos vencendo a pandemia. Mas na hora da compra o coronavírus também está afetando o bolso dos apaixonados. Neste Dia dos Namorados, 50,9% dos paranaenses pretendem presentear, de acordo com sondagem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) realizada entre os dias 13 e 29 de maio. É o percentual mais baixo da série histórica da sondagem iniciada em 2016.

O estudo mostra que 39,6% dos paranaenses não vão comprar presentes no próximo Dia 12 de Junho, enquanto 9,5% ainda estão indecisos. Entre os que não vão presentear, 36,7% relatam ter entrado em um acordo entre o casal para não haver troca de presentes este ano. Outros 32,4% disseram que não possuem um relacionamento estável e 28,7% alegam a falta de condições financeiras.

Para a maioria dos entrevistados (71,2%), a crise causada pela Covid-19 impactou em sua decisão de compra do presente este ano, principalmente na redução do valor (48,7%) e na decisão de não presentear (32,7%). A pandemia também afetou o local de compra (23,8%), o tipo de presente (18,9%) e na forma de pagamento (18,5%).

O tíquete médio do presente neste Dia dos Namorados será de R$ 133,51. Em 2019 o valor médio era R$ 143,75. Boa parte dos casais (42,2%) estão dispostos a gastar até R$ 100,00. Os que pretendem comprar um presente na faixa entre R$ 101,00 e R$ 150,00 correspondem a 27,8%; entre R$ 151,00 e R$ 200,00, a 18,3%. Os que planejam investir entre R$ 201,00 e R$ 300,00 para agradar a pessoa amada são 5,9%, mesmo percentual daqueles que devem gastar mais do R$ 300,00.

As principais escolhas dos namorados para presentear serão artigos de vestuário e calçados, com 54,8%. Os artigos de perfumaria correspondem a 26,2%. Um jantar romântico é a opção de 24,4%, enquanto as flores são citadas por 9,8%. Há também aqueles que presentearão com acessórios (9,4%), eletrônicos (6,9%), cesta de café da manhã ou chocolates (5,2%), joias (3,2%) e viagens (1,6%).

Quando questionados sobre o que gostariam de ganhar, 45,7% disseram ter preferência por roupas e calçados. Uma grande parcela, 32,8% prefere ser surpreendida, 21,8% prefere receber artigos de perfumaria e 20,0% adorariam ter um jantar a dois.

O local preferido para fazer as compras do Dia dos Namorados são as lojas do centro da cidade, com 28,0%. Percentual semelhante, 27,0%, pretende comprar o presente pela internet. As lojas de shopping são a opção para 16,5%, enquanto as lojas de bairro devem receber 8,9% do movimento nesta data. O comércio informal é a opção para 5,0% dos entrevistados; os hipermercados, 1,4%, e 13,3% ainda não sabem onde farão sua compra.

O pagamento à vista será a principal forma de pagamento, somando 48,9% das respostas, sendo 30% à vista do débito e 19,0% em dinheiro. O pagamento no cartão de crédito para o vencimento deve corresponder a 23,9% das compras e o parcelamento do cartão de crédito, a 24,8%.

Segundo o economista Rafael Zanderer, do IFec RJ, o desempenho desfavorável já era esperado, como ocorreu também na Páscoa e no Dia das Mães. “O comércio tem sofrido bastante desde o início do isolamento social, na segunda quinzena de março. Você tem um contexto muito ruim para as datas comemorativas”, disse o economista à Agência Brasil.

Zanderer destacou que tudo que aconteceu no comércio este ano foi pior do que no ano passado, com exceção dos supermercados e farmácias. Quando se olha, contudo, para outras atividades do setor do comércio, como eletrônicos, eletrodomésticos, vestuário, calçados e automóveis, todos os resultados deste ano foram piores do que os de 2019. Isso, desde o final de março, acrescentou.

Rafael Zanderer destacou que, desde o início do isolamento social, em março, depois do automóvel, o segmento de roupas e calçados foi um dos ramos do comércio mais afetados pela crise, e isso continuou nos meses de abril e maio. Para o economista, isso se deve, em boa parte, à resistência das pessoas para comprar tais artigos pela internet devido a problemas de modelagem e tamanho.

No entanto, quando se pergunta aos namorados que pretendem presentar o parceiro no dia 12 deste mês o que eles pensam em comprar, os artigos mais citados são exatamente roupas e calçados.

“Em função do Dia dos Namorados, os lojistas podem esperar um resultado em junho um pouco melhor do que eles viram em março, abril e maio. Comparando com o ano passado, é péssimo, mas, se for feita a comparação com os meses anteriores, algumas atividades vão fazer mais volume de caixa em junho”, concluiu Zanderer.

Segundo informações da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de União da Vitória e Porto União apesar das medidas para evitar aglomeração como isolamento e restrição de circulação de pessoas, as expectativas de vendas nas cidades são boas, com um aumento em torno de 4% se comparar com 2019.

Porém, o ticket médio, o valor da compra, diminui. Os presentes mais procurados são perfumes, cosméticos, moda e acessórios, flores, eletrônicos.

A CDL está promovendo o Sábado+ para o dia dos Namorados, com horário estendido para que as pessoas possam fazer suas compras com calma e segurança. O Sábado + é uma iniciativa da CDL de União da Vitória e Porto União que visa fomentar o comércio local, dando ao cliente um tempo extra para realizar suas compras. Neste dia, o comércio local fica aberto até as 16h.

 A CDL está promovendo também a campanha “Compre do Comércio Local” para incentivar a população das Gêmeas do Iguaçu para prestigiar o comércio com o objetivo de fortalecer a econômica local e preservar empregos. “Entendemos que nosso comércio tem tudo o que o consumidor precisa com bom atendimento e preços convidativos”, informou o CDL.

A instituição lembra ainda que empresas e consumidores devem cumprir as medidas de segurança como usar máscaras, álcool gel 70% distanciamento e evitar aglomeração.

DICAS CDL e CNDL

Chegou o tão esperado mês dos namorados e também mais uma data que irá precisar de um pouco de adaptação nos negócios para que sejam contornadas as dificuldades trazidas pelo novo coronavírus às vendas. Confira!

1) Vendas on-line com diferenciais

Lojas virtuais saem na frente na busca do consumidor durante a pandemia. Ainda mais agora, incluir condições diferenciadas de negociação será importante para aumentar as vendas. Frete grátis, entrega rápida, personalização do presente e parcelamento das compras (ou adiamento das parcelas) podem ser argumentos usados para convencer os compradores indecisos.

2) Restaurante em casa

Os tradicionais jantares românticos fora de casa também serão afetados pela pandemia. Por consequência, bares e restaurantes precisarão ir até o público se quiserem vender no Dia dos Namorados. Serviços de entrega (delivery) de alimentos têm se tornado mais procurados nos últimos tempos, por causa do coronavírus. Em março calculou-se um aumento na casa dos 40% no número de pedidos por aplicativo, aponta um estudo da Corebiz.

Mas é preciso ir além para encantar. Não faça uma simples entrega — leve a experiência do restaurante para a casa das pessoas com uma apresentação especial à altura da comemoração.

3) Parcerias estratégicas

Nesse serviço de entrega especial no Dia dos Namorados, uma forma de aprimorar a oferta é por meio de parcerias de negócios para a data. Um restaurante pode se unir a uma floricultura ou uma empresa de decoração de eventos, por exemplo, para caprichar no clima de romance.

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