Pandemia altera a comemoração da Semana do Meio Ambiente

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Em 2020, a Pandemia do Covid-19, as ações para a Semana do Meio Ambiente ficaram prejudicadas. Normalmente trabalhada nas escolas com os alunos e pelos governos, este ano nenhuma ação foi realizada. Em União da Vitória e porto União não foi diferente, as açõesa foram todas suspensas, devido ao Covid-19.  

Mas mesmo assim o Ministério do Meio Ambiente anunciou a biodiversidade como tema do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho, que no Brasil foi instituída a Semana do Meio Ambiente. E, quando se trata deste assunto, o Brasil é o país que exibe a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta. Grande parte desta riqueza natural é protegida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

São 334 unidades de conservação federais, distribuídas por todos os biomas. Além de cuidar das áreas de proteção, há toda uma dedicação à conservação e à recuperação das espécies ameaçadas de extinção com pesquisas e planos de ação. A tarefa não é fácil, são 171.424.192 hectares de áreas protegidas pelo ICMBio e 12.262 espécies avaliadas. Essa riqueza natural atrai milhões de visitas. Só no ano passado, as unidades de conservação receberam mais de 15 milhões de visitas em busca de contato com a natureza.

As unidades também protegem cânions e cavernas, com uma biodiversidade singular. O cânion com profundidade de 700 metros, com paredões verticais e uma fenda estreita, fica no Parque Nacional de Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul e é considerado um dos maiores das américas. As paredes rochosas são preenchidas pelo verde exuberante da Mata Atlântica. A unidade, formada por uma Mata Atlântica e uma Floresta de Araucária, serve de morada também para papagaios-do-peito-roxo, jaguatirica, guaxinim e leão-baio.

Em Santa Catarina o Epagri realizou uma programação online para a Semana do Meio Ambiente.

Todos os anos a Epagri realiza uma semana de atividades para marcar a passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado em 5 de junho. Apesar do isolamento social, o evento deste ano não passará em branco. De segunda a sexta-feira, 1º a 5 de junho, uma programação online estará disponível para a população.

Extensionistas e pesquisadores de todo o Estado se uniram para preparar atividades remotas. Serão abordados diferentes temas, todos ligados à proteção do meio ambiente.

As aulas terão cerca de uma hora cada, com 40 minutos de explanação e 20 minutos para debate com os espectadores. Vai ser possível aprender mais sobre compostagem, sementes crioulas, energias alternativas, mata ciliar, previsão do tempo, entre outros temas.

Suselei Brunato Weber, extensionista da Epagri e coordenadora da ação, explica que os cursos estão sendo preparados com linguagem acessível para contemplar o maior público possível. Assim, qualquer pessoa interessada pôde assistir às capacitações online sem custos.

Dia do Meio Ambiente: preservar água é prioridade da Epagri na estiagem

O Dia Mundial do Meio Ambiente, ganhou um aspecto mais relevante neste ano em Santa Catarina. É que o Estado enfrenta estiagem, que se agrava desde janeiro, quando as chuvas começaram a rarear no território catarinense.

Na agricultura, a falta de chuvas vem atingindo sobretudo a cultura da maçã, que acumula 19% de perdas, e o milho total, com 10% de perdas, segundo dados do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa). O Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de SC (Epagri/Ciram), responsável pelo monitoramento de níveis de rios e de chuvas, informa que o Estado não enfrentava uma estiagem tão grande pelo menos desde 2006.

Em Irineópolis, a Epagri oferece uma solução “caseira” que vai fornecer água para pelo menos 35 famílias das comunidades de Rio Vermelho, Santo Antônio 2 e Rio Branco produtoras de tabaco, leite e milho. É o modelo Caxambu de proteção de fonte, que será construído na semana que vem na propriedade do agricultor José Océlio de Castro.

A proteção de fonte modelo Caxambu foi desenvolvida em 2001 pelo geólogo Mariano José Smaniotto e por extensionistas da Epagri na região de Chapecó, num trabalho conjunto de entes públicos municipais e estaduais, que incluiu a Prefeitura de Caxambu do Sul e agricultores da região. Ao longo dos anos foram incorporadas adaptações e melhorias que aprimoraram a tecnologia.

O objetivo é proteger a fonte, também conhecida como nascente ou olho d’água, usando para isso tubo de concreto, canos pvc, pedras, brita, cacos de telha ou de tijolo, e outros materiais. Assim, o modelo Caxambu protege a fonte contra contaminação, seja por lixo, agrotóxicos ou dejetos humanos ou animal. A tecnologia também evita desmatamentos, protege o solo e ajuda a preservar e recuperar a vegetação nativa, entre outras vantagens.

Alex Caitan Skolaude, extensionista da Epagri em Irineópolis, conta que, diante da estiagem, o agricultor José Océlio o chamou dizendo que tinha uma fonte “muito boa” na área de preservação de sua propriedade. A animação do agricultor, em meio a um cenário de grave redução na oferta de água, intrigou o extensionista, que se surpreendeu ao conhecer a nascente. Ele mediu uma vazão de 28 mil litros de água por dia, o que vai ofertar uma captação de 15 mil litros de água diários.

Após a construção da proteção da fonte, a água vai ser armazenada numa caixa inicial, de cinco mil litros, e distribuída via mangueira para cinco residências. O excedente vai ser reservado numa outra caixa com a mesma capacidade, essa na beira de uma estada, permitindo que outras famílias que estejam com problemas de fornecimento busquem o líquido no local. Alex calcula que nesse sistema poderão ser atendidas uma média de outras 30 famílias, ou até um número maior, caso seja necessário.

A construção da proteção de fonte modelo Caxambu será feita na segunda semana de junho, com participação de dois extensionistas da Epagri no município, mais três agricultores, incluindo o dono do terreno. Em menos de um dia o trabalho estará pronto. A partir daí a prefeitura de Irineópolis e a Defesa Civil local devem entrar com as caixas d’água. Mangueiras, tubos, conexões e outros equipamentos para proteção da fonte e distribuição da água ficam por conta dos agricultores.

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