Pandemia acelerou mudanças no trabalho

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Os robôs destruirão 85 milhões de empregos em empresas de médio a grande porte nos próximos cinco anos, à medida em que a pandemia da covid-19 acelera mudanças no local de trabalho que devem acentuar as desigualdades, segundo estudo do Fórum Econômico Mundial (WEF).

Pesquisas com cerca de 300 empresas globais revelaram que quatro em cada cinco executivos estão acelerando planos para digitalizar o trabalho e implantar novas tecnologias, desfazendo ganhos de emprego obtidos desde a crise financeira de 2007-08. “A covid-19 acelerou a chegada do trabalho do futuro”, disse a diretora administrativa do WEF, Saadia Zahidi.

Para os trabalhadores que deverão permanecer em suas funções nos próximos cinco anos, quase metade precisará aprender novas habilidades e, em 2025, os empregadores irão dividir o trabalho entre humanos e máquinas, concluiu o estudo.

De modo geral, a criação de empregos está diminuindo e a destruição de empregos acelerando, conforme empresas em todo o mundo usam tecnologia em vez de pessoas para programação, contabilidade e administração.

A boa notícia é que mais de 97 milhões de empregos surgirão em setores de tecnologia como inteligência artificial (IA) e na criação de conteúdo, disse o WEF.

Pensando em economizar o Governo do Estado do Paraná vai avaliar o desempenho dos serviços públicos durante a pandemia e estudar cenários futuros e modernização do trabalho do servidor. O chefe da Casa Civil, Guto Silva, reuniu a procuradora-geral do Estado, Letícia Ferreira, o controlador-geral, Raul Siqueira, e o secretário da Administração e da Previdência, Marcel Micheletto, para definir as linhas de trabalho de um grupo multidisciplinar que será criado com esse objetivo.

“Aprendemos muito nesses mais de seis meses de pandemia e percebemos que precisávamos rediscutir as relações de trabalho, revisar leis e propor atualizações e adequações que modernizem a máquina pública. Para isso, teremos um grupo que vai estudar e sugerir mudanças e inovações no serviço público”, explicou Guto Silva.

O grupo, que vai incluir também a Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes, terá três grandes eixos: teletrabalho, legislação e capacitação e desenvolvimento humano.

O teletrabalho, que poderá ser adotado pelo Governo em algumas áreas, será analisado com base em indicadores de desempenho e de redução de custos obtidos de fim de março até o fim de setembro, período em que o decreto que instituiu o trabalho remoto esteve em vigor. Também serão avaliadas questões tecnológicas e de gestão.

Na área de legislação, o objetivo é revisar as leis relacionadas ao serviço público que foram editadas durante a pandemia e que poderão ou não ser atualizadas. Entram neste eixo, ainda, o Código de Conduta e o Estatuto do Servidor.

Já o segmento de capacitação e desenvolvimento humano vai contar com a experiência das áreas de recursos humanos do Governo e da Escola de Gestão para realização de seminários, cursos e o apoio aos servidores.

MUDANÇAS

“A relação de trabalho certamente vai mudar após a pandemia. O teletrabalho é só uma vitrine, mas temos que pensar também nas questões de fluxos, tecnológicas, de gestão, de tempo, de produtividade e psicológicas. Queremos avaliar o trabalho como um todo, melhorar as relações com os servidores e motivá-los”, acrescentou o chefe da Casa Civil.

A experiência da pandemia mostrou que o teletrabalho é possível e pode se tornar uma modalidade boa para o Estado e os servidores. Balanço parcial realizado de abril a junho deste ano indicou uma redução de 30,4% nas despesas administrativas como reflexo direto do trabalho remoto e das restrições de circulação no período. Houve queda nas despesas com serviços de água, esgoto, luz, telefonia, abastecimento da frota oficial e com viagens de servidores.

“Com a experiência, entendemos a necessidade de aprimoramento da gestão de pessoal, a exemplo do teletrabalho, alterações legislativas pertinentes e capacitação de todos os envolvidos. É importante aproveitarmos esse momento de transformações para repensarmos os modelos existentes, sempre buscando o aperfeiçoamento e a harmonia das relações do Estado e seus servidores”, argumentou a procuradora-geral do Estado, Letícia Ferreira.

Para o controlador-geral, Raul Siqueira, é preciso usar esse aprendizado para pensar e construir novas formas de governança no serviço público. “Precisamos entender quais são os anseios e angústias dos servidores e humanizar suas relações com seus familiares. Nosso objetivo é desenhar cadernos orientativos e legislação aos atos normativos, que trarão segurança na relação entre servidor e Estado”, disse.

Outra consequência da pandemia foi a adoção ou ampliação do uso de tecnologias que possibilitaram o funcionamento da máquina pública sem prejuízo para a população. O secretário da Administração destacou o e-Protocolo e o Sistema de Gestão de Materiais e Serviços (SGM), desenvolvidos pela Celepar, em parceria com a secretaria, que possibilitaram o trabalho remoto dos servidores de forma eficiente. O e-Protocolo se constitui no registro e tramitação de documentos da administração pública de forma digital e o GMS permite o gerenciamento das compras públicas e padroniza processos licitatórios online.

“A parceria com a Celepar para inovar os sistemas trouxe resultados excelentes, principalmente durante a pandemia, quando muitos servidores permaneceram em teletrabalho”, afirmou Marcel Micheletto. Ele exemplificou: “Enquanto o prazo médio para o término de um processo licitatório em 2019 na Secretaria da Administração demorava 156 dias, este ano, mesmo durante os meses de medidas mais restritivas, o tempo caiu para 82 dias, uma redução de 47,44% após a introdução da tecnologia digital.”

Entre março e setembro mais de 59 mil novos usuários foram cadastrados no e-Protocolo e a utilização do sistema teve um crescimento médio de 55,8% em comparação ao mesmo período do ano passado. O número de protocolos digitais no Estado já passa de um milhão.

SEBRAE

Durante o Case Startup Summit,o presidente Jair Bolsonaro anunciou em vídeo a assinatura do projeto de lei que cria o Marco Legal das Startups e destacou o papel destas empresas para o aumento da produtividade no país

O primeiro dia do Case & Startup Summit 2020 coincidiu com o Dia da Inovação e também com a data que marca a entrada, no Congresso Nacional, do projeto de lei que cria o Marco Legal das Startups. A iniciativa do governo federal tem, entre seus principais objetivos, a melhoria do ambiente de negócios das startups simplificando e reduzindo a burocracia; segurança jurídica para empresas e investidores; captação de investimentos privados de forma mais fácil e modernização da relação com o setor público.

De acordo com o presidente, o Brasil tem potencial para se tornar o país mais empreendedor do mundo com a contribuição das startups e dos empreendedores inovadores. “O papel das startups é decisivo. São empresas versáteis e capazes de cooperar com empresas tradicionais para aumentar a produtividade e a competitividade do nosso país”, declarou.

“Nossa pesquisa de impacto da crise nos pequenos negócios comprova que inovação é a chave para a superação dos obstáculos. As empresas que inovaram durante a pandemia conseguiram manter empregos e até alcançaram melhorias de faturamento”, analisou o presidente do Sebrae, Carlos Melles. “É com extrema alegria que recebemos do Governo Federal esta aposta de confiança no potencial das startups brasileiras. O Marco Legal será uma revolução em nosso empreendedorismo inovador.”

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