MPSP ouve empresas responsáveis por inspeção em pontes e viadutos

54 views
3 mins leitura

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ouviu, nesta quarta-feira (3), técnicos das empresas de engenharia que foram contratados emergencialmente, sem licitação, pela prefeitura de São Paulo, para inspecionar as pontes e viadutos da capital. A ação foi ajuizada no dia 12 de março deste ano.

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, faz uma nova vistoria nas obras de recuperação do viaduto da pista expressa da Marginal Pinheiros

Viaduto Marginal Pinheiros cedeu cerca de 2 metros em novembro do ano passado – Arquivo/Agência Brasil

Com as oitivas, o MPSP deu início a uma investigação sobre os encaminhamentos dados pela prefeitura para garantir a segurança da população e a manutenção dos viadutos e os gastos para isso. Segundo o Ministério Público, existem incongruências nos documentos técnicos que foram apresentados pela prefeitura no processo judicial. Para a Promotoria, os documentos foram elaborados às pressas e de forma superficial.

No dia 15 de novembro do ano passado, a estrutura do viaduto da Marginal Pinheiros cedeu cerca de 2 metros. Por causa disso, o trânsito sobre o viaduto foi interrompido, e os veículos com destino à Rodovia Presidente Castello Branco foram desviados para caminhos alternativos. Após obras no local, ele foi liberado novamente no dia 16 de março. Em janeiro deste ano, houve a interdição de uma outra ponte, na área de acesso da Marginal Tietê com a Rodovia Presidente Dutra.

Quando o viaduto da Marginal Pinheiros foi reaberto ao tráfego, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, disse que a prefeitura está contratando uma empresa para fazer laudos dos viadutos e pontes da cidade, respondendo ao fato de o Ministério Público ter entrado na Justiça solicitando que a prefeitura restrinja o tráfego em todos os viadutos e pontes da cidade em grave situação de risco.  

“Iniciamos o processo de contratação dos laudos estruturantes. A prefeitura se orienta a partir desses laudos. Desde 2017, verificamos que as fiscalizações visuais são insuficientes, são incompletas”, afirmouo prefeito. 

Covas disse que pediu ao Tribunal de Contas autorização para fazer a contratação emergencial dos laudos. “E o tribunal autorizou, desde que houvesse justificativa. Tínhamos, inicialmente, 33 pontes e viadutos que haviam sido elencados para iniciar o processo de contratação desde 2017. Desses 33, já temos os laudos contratados de 16. Os laudos dos demais estão sendo contratados.”


Source: Agência Brasil

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Publicação anterior

Câmara aprova protocolo de Madri sobre registro de marcas

Próxima publicação

Incêndio no Museu Nacional começou em ar-condicionado do auditório