O ciclo de atendimentos foi direcionado para estudantes de colégios estaduais de União da Vitória e municípios da jurisdição da comarca e Núcleo Regional de Educação (NRE). A iniciativa faz parte do premiado Projeto de Combate à Evasão Escolar em funcionamento na região. Os alunos com sequência de faltas ou ausentes do ensino regular são chamados, com o responsável, e atendidos pela equipe multidisciplinar.
O Projeto de Combate à Evasão Escolar funciona numa parceria estabelecida entre a Vara da Família, Ministério Público (MP) e NRE. Buscar o aluno e promover o retorno para a escola, num trabalho integrado e em rede, é objetivo central. Faltas em sequência, sem devida justificativa, ou baixa frequência escolar e até mesmo o não comparecimento ou ausência de matrícula regular para menores de 18 anos são monitorados.
Inicialmente, o Colégio tenta verificar com o aluno e seu responsável os motivos do não comparecimento à escola regularmente. Caso não consiga efetivamente promover o retorno, ambos são chamados para atendimento específico. Nele, após um breve cadastro é feito o acolhimento e questionado o porquê dessa ausência regular no ensino, com foco em encontrar maneiras de promover o retorno para o sistema escolar.
A ação tem respaldo no MP, é feita por equipe multifuncional, com participação efetiva do NRE e colaboradores da Vara da Família e CEJUSC. “Identificar casos sensíveis que ainda não são de conhecimento da escola, tais como bullying, saúde mental em abalo, violência familiar, violência da qual alunos são vítimas, e outras questões que contribuem de forma significativa para a evasão escolar”, observa o juiz Carlos Mattioli.
A professora Márcia Senka Tonkio é a servidora do NRE presente dentro do Fórum e atua na organização dos trabalhos junto da equipe educacional do Núcleo de Educação. Para tanto, em cada município da Comarca os alunos ausentes do ensino regular estão sendo chamados com seus responsáveis para esse acolhimento e compreensão dos motivos relacionados à evasão escolar. Em atendimentos individualizados.
Márcia explica que a direção e equipe de cada Colégio mantêm o sistema eletrônico atualizado com os dados dos alunos. Na ocorrência de ausências sequenciais ou baixa frequência, o estudante e seu responsável são chamados. Inicialmente na escola e, caso persista a evasão, para esses atendimentos. “Convocamos pelo Conselho Tutelar e sentamos para buscar uma solução, visando manter o estudante na escola”, explica.
O ciclo de atendimentos contemplou os estudantes, e seus responsáveis, de Bituruna, General Carneiro, Cruz Machado, União da Vitória e Porto Vitória. Nesta terça-feira (14/06), a equipe estará em Paula Freitas. Casos mais sensíveis tem o respaldo de profissionais de pedagogia, bem o apoio do NRE, MP e juiz Mattioli para manter o aluno na escola, sobretudo acolhido e num ambiente de bem-estar.