O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estimam um total de 59,76 milhões de pessoas físicas negativadas no país, ao final de junho – um saldo de 1,5 milhões de nomes incluídos nas listas de negativação ao longo do primeiro semestre de 2017. O número reflete as dificuldades que o cenário de desemprego elevado impõe às famílias. O número representa 39,6% da população com idade entre 18 e 95 anos. Em junho do último ano, a estimativa apontava a marca de 59,1 milhões de inadimplentes.
Na variação anual do número de pessoas físicas inadimplentes, o indicador mostrou queda de 0,83% em junho na comparação com junho de 2016. Após crescer a taxas próximas a 5,0% entre o final de 2015 e início de 2016, o indicador teve sucessivos recuos ao longo do ano passado. Na passagem de maio para junho, a inadimplência no país mostrou queda de -0,64%. Já no acumulado do primeiro semestre, houve um aumento de 0,84% do número de devedores.
A estimativa por faixa etária indica que é entre 30 e 39 anos a maior frequência de negativados, uma vez que em junho metade dessa população (50,44%) estava com o nome incluído em listas de proteção ao crédito – um total de 17,2 milhões de pessoas. Vale destacar ainda que uma quantidade significativa das pessoas entre 40 e 49 anos está inadimplente (47,79%), bem como entre os consumidores de 25 a 29 anos (46,58%).
Número de dívidas caem 5,34% na comparação anual
O indicador do SPC Brasil e da CNDL também apresentou em junho uma variação negativa de -5,34% no volume de dívidas em nome de pessoas físicas na comparação com o mesmo mês de 2016.
Os dados de dívidas abertos por setor credor revelam que todos os segmentos mostraram retração anual do número de pendências em junho. No setor de comunicação foi onde houve o recuo mais acentuado: o número de pendências com o segmento caiu -13,13%. Em seguida, vem o Comércio (-4,46%), os Bancos (-2,57%) e os serviços básicos, como Água e Luz (-1,18%).
Em termos de participação, os bancos seguem como os maiores credores do total de dívidas em atraso no país, concentrando 48,54% do total. Aparecem, em seguida, o setor de comércio, com 20,42%, o setor de comunicação, 13,81% e os segmentos de água e luz, com 7,96% das pendências.