Hemepar adota novos critérios para doação de sangue de pessoas que tiveram Covid-19

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O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) diminuiu de 30 para 10 dias o período de espera para quem teve Covid-19 poder doar sangue. A contagem começa a partir da recuperação completa da doença. Mesmo quem esteve assintomático e testou positivo para a doença deve esperar os 10 dias para voltar aos Hemocentros ou unidades de coleta de sangue.

A atualização dos critérios foi feita pelo Ministério da Saúde, na terça-feira, 25, em nota técnica (Nº13/2020-GSH/DAET/SAES/MS).

O documento informa que pessoas candidatas à doação de sangue que apresentaram um teste diagnóstico para SARS-CoV-2 (por exemplo, teste PCR ou pesquisa de antígenos em swab de nasofaringe) positivo, mas permanecem assintomáticas, deverão ser consideradas inaptas por um período de 10 dias da data da coleta do exame.

Para pessoas que tiveram contato próximo a um caso confirmado deverão ser consideradas inaptas pelo período de 7 dias após o último contato com essas pessoas. Não apresentando nenhum sintoma, pode doar.

Aqueles que permaneceram em isolamento voluntário ou indicado por equipe médica devido a sintomas de possível infecção deverão cumprir o isolamento indicado e só depois estarão aptos a doar.

O Hemepar seguirá este novo prazo, reforçando que quem recebeu a vacina contra a Covid-19 deve esperar sete dias. E quem se vacinou contra gripe, 48h.

“Estamos mudando o cenário dentro da pandemia. As pesquisas já estão mais avançadas. Um dos pontos da decisão é que há baixo risco de transmissão do vírus SARS-CoV-2 por transfusão sanguínea. O que não muda em nada são as orientações das medidas de proteção para evitar contaminação, com a higienização de superfícies e dos instrumentos, uso de antissépticos, além da manutenção do distanciamento entre os doadores”, disse a diretora do Hemepar, Liana Labres de Souza.

No ano passado 177.160 pessoas se candidataram para doar sangue e 151.054 bolsas foram coletadas nas 22 unidades da Hemorrede. Antes da pandemia, em 2018, foram coletadas 184.406 bolsas; em 2019, 186 mil bolsas; e em 2020 o número já caiu para 170.090 bolsas de sangue coletadas e 199.341 candidatos à doação.

Em algumas unidades do Hemepar, como a de Curitiba, houve uma queda de 30%, em relação aos anos anteriores. Neste momento, o centro de coleta tem nos estoques 5.408 bolsas dos vários tipos de sangue. Esse saldo é suficiente para, no máximo, cinco dias.

É necessário manter as doações para garantir o estoque de plaquetas, mas neste momento o Hemepar solicita que doadores do RH negativo realizem doações.

O Banco de Sangue (Hemepar) de União da Vitória fica localizado na Rua Castro Alves, 26, Centro e funciona de segunda a sexta-feira, das 08 às 11h e das 13 às 16h.

HEMEPAR

O Hemepar é responsável pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos que atuam em todas as regiões do Paraná. É uma entidade sem fins lucrativos e atende à demanda de fornecimento de sangue e hemoderivados do Estado graças às doações dos voluntários.

PARA DOAR

Para doar é necessário ter entre 16 e 69 anos completos. Menores de idade com autorização e presença do responsável legal. Os doadores maiores de 59 anos devem, preferencialmente, permanecer em casa durante a pandemia.

O doador deve pesar no mínimo 51 quilos, estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação) e apresentar documento oficial com foto (carteira de identidade, carteira do conselho profissional, carteira de trabalho, passaporte ou carteira nacional de habilitação).

 

Hemosc promove campanha de doação de sangue durante o verão

O sangue é essencial para tratamentos e intervenções urgentes e pode ajudar pacientes que sofrem de condições com risco de morte, além de apoiar procedimentos médicos e cirúrgicos complexos. Por isso é imprescindível a doação de sangue ao Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc), que precisa manter seu estoque em bom nível, mas em alguns períodos do ano, como no Verão, as doações diminuem.

Preocupados com essa situação, já que o sangue também é vital para o tratamento de feridos durante emergências de todos os tipos (desastres naturais, acidentes, conflitos armados etc.) e tem um papel essencial nos cuidados maternos e neonatais, o Hemosc está divulgando nas redes sociais uma campanha de doação de sangue.

“Estamos preocupados com nossos estoques de sangue. Nas últimas duas semanas houve queda de 20% nas doações, devido ao período de férias de verão e ao aumento do número de casos suspeitos e confirmados da Covid-19. Neste momento, as tipagens mais necessárias são: O positivo, O negativo e A negativo”, explica o coordenador do setor de captação de doadores do Hemosc em Florianópolis, Silvio Battistella.

O coordenador reforça o convite à população catarinense para realizar o agendamento de sua doação e tirar suas dúvidas no site do Hemosc (https://www.hemosc.org.br/agende-sua-doacao.html) ou pelo telefone da sua unidade mais próxima. De acordo com ele, o ideal é que todos as unidades do Hemosc no estado recolham 450 bolsas/dia de sangue, mas esse índice está menor devido o início do ano e a pandemia.

A campanha ressalta ainda que se a pessoa não apresenta nenhum sintoma de febre, dor de garganta, coriza, dor no corpo, e não tenha tido contato com pessoas com diagnóstico da Covid-19 nos últimos sete dias, poderá fazer a doação de sangue. “Doar é um ato de amor”.

Para ser um doador, é preciso ter entre 16 e 69 anos, mais de 50 quilos, estar em boas condições de saúde e bem alimentado. Pessoas com problemas cardíacos, hipertensos, diabéticos e que tiveram câncer não podem fazer a doação. Aqueles que tomam alguma medicação precisam verificar junto ao hemocentro se podem doar. Todo o processo de doação leva, em média, 50 minutos.

O aposentado Milan Soares, 58 anos, não esconde o orgulho de poder doar sangue três vezes por ano. “Desde os 18 anos doo sangue. É uma tradição de família, aprendi com o meu pai, que também foi doador até o limite de idade.”

Milan diz que ficou apenas um período de sua vida sem doar devido uma cirurgia que fez, mas que já retornou e pretende realizar até quando puder.

Por que doar?

O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, essencial à vida. Todos os dias acontecem centenas de acidentes, cirurgias e queimaduras violentas que exigem transfusão, assim como os portadores de hemofilia, leucemia e anemias.

Além disso, doar sangue é um ato simples, tranquilo e seguro e que não provoca risco ou prejuízo à saúde. Se cada pessoa saudável doasse sangue espontaneamente pelo menos duas vezes ao ano, os hemocentros teriam hemocomponentes suficientes para atender toda população.

O sangue não tem substituto. Por isso, a doação espontânea e periódica é fundamental. Uma única doação de sangue pode salvar várias vidas.

Sangue não se fabrica artificialmente;

O sangue doado não ultrapassa 10% do volume em circulação no corpo;

A quantidade doada é reposta rapidamente;

Você só doa novamente se quiser. A doação de sangue não vicia;

A doação acontece em ambiente confortável e limpo;

O doador é atendido por pessoal capacitado e qualificado para esta função.

Tipos de doação

O doador pode candidatar-se à doação de três formas:

Espontânea: feita de modo altruísta, como uma atitude solidária com um único interesse: ajudar o próximo.

Vinculada: feita vinculada á algum paciente

Autóloga: doar para si mesmo.

O que é necessário para doar?

 

Ter idade entre 18 e 69 anos, 11 meses e 29 dias;

Doadores com idade de 16 e 17 anos de idade, são aceitos para doação mediante a presença e autorização formal dos pais e/ou responsável legal;

O limite de idade para primeira doação é de 60 anos;

O candidato à doação deve estar em boas condições de saúde, sem feridas ou machucados no corpo;

Pesar acima de 50 kg (com desconto de vestimentas);

Apresentar documento de identidade com foto, emitido por órgão oficial: RG, carteira profissional, carteira de motorista.

Evitar o jejum. Fazer refeições leves e não gordurosas nas 4 horas que antecedem a doação;

Evitar uso de bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas;

Evitar levar crianças sem acompanhantes.

Após a doação:

Não fumar por no mínimo duas horas;

Nas 12 horas após a doação, não praticar exercícios físicos e atividades perigosas, como subir em locais altos ou dirigir caminhão, ônibus em rodovias, etc.

Permanecer no serviço hemoterápico após a doação por 15 minutos;

Não forçar o braço em que foi realizada a punção no dia da doação, para evitar sangramentos e hematomas;

Retirar o curativo quatro horas após a doação.

Intervalo entre as doações:

Mulheres: 90 dias/ 3 doações nos últimos 12 meses;

Homens: 60 dias/ 4 doações nos últimos 12 meses.

 

Não pode doar quem tem ou teve as seguintes doenças:

Hepatite após os 11 anos de idade;

Hanseníase;

Hipertireoidismo e tireoidite de Hashimoto;

Doença auto-imune;

Doença de Chagas;

Aids;

Problemas cardíacos (necessita avaliação e declaração do cardiologista);

Diabetes;

Câncer.

 

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