Governo revoga edital que cortava horas aulas para contratação de professores

144 views
5 mins leitura

O governador Beto Richa assinou na manhã desta segunda-feira, 19, o decreto 9.028, que autoriza as sete universidades estaduais a utilizar 55.905 horas por semana para a contratação de docentes em regime especial por tempo determinado.

Segundo o governador, mesmo com a necessidade de ajuste permanente nas contas públicas, foi realizado um esforço por parte do governo para manter o bom funcionamento das instituições de ensino superior no Paraná.

“Atendemos aos pedidos dos reitores das universidades na questão da hora-aula para que não haja nenhum tipo de prejuízo aos alunos. O ano letivo transcorrerá dentro da sua normalidade”, afirmou Richa.

A  decisão de voltar com as horas aulas combinada, aconteceu após a mobilização das Reitorias das Universidades Estaduais e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) no final de semana. O Governo do Estado refez o decreto que atribuía quantidade insuficiente de horas para contratação de professores temporários nas Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES). O secretário João Carlos Gomes ligou aos reitores, na manhã de segunda-feira, 19, e em seguida encaminhou o novo decreto, com a assinatura do Governador, nos mesmos termos das horas de 2017, com a liberação de 54.954 horas para todas as IEES, sendo que deste total, 8 mil horas são destinadas para a Universidade Estadual do Paraná (Unespar). O secretário afirma que a decisão foi do governador Beto Richa e sua sensibilidade sempre positiva em apoio as Universidades Públicas do Paraná.

O documento circula após intensas manifestações das IEES no último fim de semana em razão de um pressuposto decreto anterior, datado de 16 de março, que autorizava e estabelecia um total de 36.729 horas a serem divididas entre todas as sete IEES. Sem condições de iniciar o ano letivo por falta de professores, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) comunicaram no domingo, 18, a suspensão do calendário acadêmico de seus cursos de graduação.

Em seu texto, o decreto anterior determinava para a Unespar um total de 4.389 horas, ou seja, apenas 51% da carga horária mínima que a universidade necessita para o ano letivo de 2018. Apesar da liberação das 8 mil horas que o novo decreto estabelece para a Unespar, a carga horária ainda é inferior à que a universidade necessita em razão das aposentadorias de docentes nos últimos anos, que hoje é de 8.560 horas.

De acordo com o reitor da Unespar, Antonio Carlos Aleixo, o recuo do Governo em torno da questão tira de pauta a possibilidade de suspensão do calendário acadêmico de 2018. “Com essa mudança de posição do Governo em relação às horas, manteremos a discussão no CEPE sobre as condições de trabalho dos temporários, mas não colocarei mais em pauta se vamos suspender o calendário. Com apenas 8.000 horas, teremos que fazer ajustes, mas não há motivo para suspender o calendário de toda a Universidade”, explica. O reitor ainda comunica que a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGESP) inicia, nesta semana, a convocação dos temporários aprovados no último teste seletivo.

Devido a essas informações, a diretoria do Campus da Unespar reuniu os acadêmicos para explicar a situação e informar a nova decisão do governo do estado sobre o assunto. Divididos em seis sessões de mobilização, os acadêmicos receberam esclarecimentos que foi comandada pela vice-diretora Sandra Salete de Camargo Silva.

Veja quantas horas cada universidade receberá

Universidade Estadual de Londrina (UEL) – 4 mil horas;

Universidade Estadual de Maringá (UEM) – 15 mil horas;

Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) – 6.300 horas;

Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) – 7.600 horas;

Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) – 10 mil horas;

Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) – 5.005 horas;

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

Publicação anterior

Paraná firma parceria com municípios para ensino rural

Próxima publicação

TJPR firma convênios com universidades para preservação de processos históricos