Vivemos fortes mudanças! Ao longo da minha experiência de vida, tenho percebido fortes mudanças, não só no comportamento, mas nas estruturas físicas e emocionais dos nossos jovens e adultos.
Venho percebendo uma geração onde o exercício físico foi deixado de lado e a grande maioria, ao abrir os olhos para o mundo, vê um monitor de computador. Os campos de futebol e quadras esportivas cederam espaço para salas de internet e para a automação dos controles remotos, afastando-os de viver melhor sua inteligência emocional, pois existem muitos jovens e adultos que ainda não se conhecem direito e, precocemente, estão com peso acima do normal e corpos modificados, apresentando fortes sinais de colesterol e aumento dos índices de diabetes, doenças pouco comuns no passado para gerações desta idade.
O forte apelo da mídia e da robótica com programas virtuais de alta atratividade está tornando o ser humano um frango de aviário, sem chance de olhar para seu interior e pensar um pouco se vale a pena o mundo que aí está. Um mundo externo que nos obriga a fazer do material uma satisfação inócua, começando desde roupas, carros, casas, computadores, celulares, até a própria alimentação, com salgadinhos coloridos e aromatizados em mil sabores.
Este desenvolvimento precoce tem levado os adolescentes a iniciarem-se na prática sexual muito cedo, jovens grávidas com 13 anos e rapazes contando vantagens de ter transado aos 12 anos.
Por outro lado, vejo pais superprotetores, que não querem liberar os filhos para experimentar as dificuldades do mundo, querem dar mamadeira para o resto da vida, assim como esteiras que alimentam seus pintos nos aviários quase que deitados, sem esforço e sem visão de futuro.
Onde vai estourar tudo isso? Nas escolas! Os educandários não conseguem mais ensinar. Muitos alunos que se formam no curso superior escrevem mal, pois os desleixos da nova linguagem da internet, chamada de “internetês”, estão mudando o curso da língua portuguesa, em um tal de “aki”, “ctg”, “pq”, “acim”, “ñ”, “pra sima”, “capato”, sem falar na matemática e outras disciplinas, que se tiver que botar o aluno para pensar, ele reclama e até sai da sala de aula. Cabeças para pensar álgebra, filosofia…
E o pior é que amanhã estes “alunos” estarão colocando bisturis na sua barriga, construindo prédios e administrando municípios, Estados e até o país.
Muitos já devem ter percebido e sentido esta angústia na própria pele e, talvez, por falta de oportunidade, não tenham externalizado, porém, é evidente que o mundo está mudando, e as coisas mudam, mas alguma coisa não vai bem.
Até a próxima!