Estudantes realizam atividades indígenas e visitam aldeia em Palhoça

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 Foto: Débora Fernandes/EEB Ivo Silveira

Conhecer a realidade, estudar a história e praticar atividades típicas indígenas mobilizaram os estudantes do Ensino Médio Integral em Tempo Integral (EMITI) da EEB Ivo Silveira, em Palhoça. A “Semana da Cultura Indígena na Escola” contou com exposição, oficinas de arco e flecha, capoeira, palestra e apresentação de teatro para comemorar o Dia do Índio, celebrado nesta sexta-feira, 19.

Por meio do projeto “Mostra Cultural: Brasil, identidade e território indígena”, da disciplina de Arte e Cultura ofertada no EMITI, pela primeira vez os jovens conheceram a aldeia e a Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental (EIEF) Tekoá Itaty, localizada no Morro dos Cavalos. Os índios também visitaram a unidade EEB Ivo Silveira, onde participaram de atividades especiais em comemoração à cultura indígena como a brincadeira do saco (foto).

Para o estudante Diogo da Rosa, além de todo o aprendizado adquirido nas pesquisas, o contato com os índios foi o diferencial para mudar seu conceito sobre a cultura indígena. “Foi importante estudarmos desde a teoria, lá no momento da pesquisa, até a visita na aldeia. É um estilo de vida diferente, por exemplo. Eles têm outra concepção de trabalho e são felizes assim. Com certeza aprendi a respeitar ainda mais agora”, conta.

Na aldeia, os jovens interagiram com a modalidade esportiva arco e flecha, bastante praticada pelo povo indígena. Proposto pelos professores, os alunos dos 1º, 2º e 3º anos do EMITI trabalharam o tema de forma interdisciplinar, com uma roda de conversa na aula de Sociologia, ensaios para peça de teatro na aula de Arte e Cultura, entre outras.

“A ideia foi justamente trabalhar a interação, a desmistificação da cultura indígena promovendo o respeito entre as comunidades. A intenção é levar esse aprendizado para fora da escola e, a partir de ações como essa, conseguirmos construir seres humanos cada vez melhores na maneira de pensar, agir e lidar com as diferenças”, explica o professor responsável pelo evento, Arilson Costa.

Para a comunidade indígena, também foi uma experiência nova, com troca de experiências. “Podermos abrir as portas da nossa aldeia e receber os alunos, assim como visitarmos o ambiente deles, é uma forma de reconhecimento do nosso povo que, infelizmente, ainda sofre com o preconceito. É um momento bem especial para nós”, contribui a cacique e professora da EIEF, Elizete Antunes.

Educação indígena no Estado

Santa Catarina conta com 31 escolas estaduais indígenas com as etnias Kaingang, Xokleng/Laklãnõ e Guarani. Ao todo, são 2.939 alunos e, aproximadamente, 300 professores. Confira no mapa abaixo as regiões onde as escolas indígenas estão instaladas.


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Assessoria de Comunicação
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Source: Governo SC

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