O Senado realizou uma sessão especial na tarde desta sexta-feira (10) para homenagear a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A PMDF foi instalada em Brasília em 1966, constituída por profissionais vindos da PM do Rio de Janeiro, oficiais do Exército e outros trabalhadores de segurança pública. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que sugeriu a homenagem e presidiu a sessão, afirmou que a PMDF é uma corporação que “há 210 anos cuida da nossa gente”. Em Brasília, a PM está há 53 anos.
Conforme informou Izalci, são quase 15 mil homens e mulheres divididos em 45 batalhões, além de hospitais e unidades administrativas. O senador destacou o trabalho militar no combate ao tráfico de drogas e à violência doméstica, lamentou a falta de estrutura para a polícia e criticou a legislação que, segundo sua visão, protege os bandidos. Ele se emocionou ao lembrar a morte de vários policiais em serviço.
— Nós confiamos nesses homens e mulheres, hoje e sempre. São eles que vivem e morrem por nós. A PM tem realizado em nossa capital um trabalho de qualidade. É preciso ter amor, competência e verdade – afirmou Izalci, que se disse um grande admirador da corporação.
Valorização
O senador Wellington Fagundes (PR-MT) exaltou a presença feminina dentro da Polícia Militar, ao apontar que a PMDF hoje é comandada por uma mulher, a Coronel Sheyla Soares Sampaio. Para o senador, a carreira policial é inigualável. Ele elogiou o papel social das corporações militares, pediu mais ações preventivas e cobrou mais valorização dos policiais. Em seu discurso, o ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz, do Superior Tribunal Militar (STM), ressaltou sua admiração pela PMDF, por seus significativos serviços prestados ao país e ao DF.
O senador Styvenson Valentim (Pode-RN) afirmou que é inaceitável ver mulheres e homens policiais perdendo a vida em serviço. Ele, que foi policial por 16 anos, pediu mais atenção com a saúde física e mental de policiais militares. Styvenson lembrou sua trajetória como policial e disse se envergonhar de algumas ações violentas, mas exaltou seu trabalho nas escolas em bairros carentes e nas blitze da Lei Seca. Segundo o senador, a classe precisa de mais reconhecimento e de melhores salários.
— Nós damos a nossa vida para que outras pessoas fiquem em casa. Há pessoas que confiam na gente e há pessoas que precisam ter de volta a confiança na segurança pública. Parabéns aos militares, que trabalham para dar paz à população — declarou Styvenson.
Trabalho
A comandante geral da Polícia Militar do Distrito Federal, Coronel Sheyla Soares Sampaio, agradeceu a homenagem do Senado. Ela é a primeira mulher a comandar a instituição militar. Segundo a comandante, a PMDF trabalha para garantir ao cidadão o pleno exercício de seus direitos constitucionais e manter a segurança de toda a população. Ela disse que o trabalho dos policiais demonstra o preparo e o profissionalismo da PMDF.
De acordo com a Coronel Sheyla, a PMDF tem conquistado bons números em suas atividades. Ela destacou que, atualmente, a PM registra a menor taxa de homicídios para o DF desde 1986. No mês de maio, os números apontam para uma redução de 50% dos índices de mortalidade no trânsito.
— Escolhemos ser policiais militares e isso significa trabalhar para servir, proteger e, em algumas vezes, sacrificar. O desejo de servir melhor ao povo enobrece o trabalho de nossa instituição — afirmou a comandante, que ainda elogiou o trabalho de inúmeros heróis anônimos da PMDF.
Honra
O Senado condecorou dois militares, em reconhecimento pelos serviços prestados à comunidade do DF. O senador Izalci entregou o Certificado de Honra ao Mérito ao 1º tenente Rodrigo Silvério dos Santos — por seu trabalho de excelência na apreensão de armas e drogas e recuperação de carros roubados — e ao 1º sargento Ricardo Rócio Monteiro, por seus quase 30 anos de serviço na proteção e treinamento de animais, para o combate às drogas e ao tráfico de armas.
O Plenário ficou cheio de militares do DF e de outras autoridades civis. A banda da PMDF executou o Hino Nacional e a Canção da Polícia Militar do DF. A sessão ainda foi acompanhada por militares do Canadá, do Peru, da Republicana Dominicana, do Panamá e da Espanha e teve a participação da contadora de histórias Nyedja Gennari, que apresentou um relato da história da PMDF.
Source: Senado