O dia 14 é o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2004 como forma de agradecer a doadores de sangue e também conscientizar para a ação que salva vidas (principalmente porque, desde o início da pandemia, há uma preocupação com a queda nos estoques de bancos de sangue em diversos estados do Brasil).
Para lembrar a data e incentivar a doação, o Plano de Saúde São Camilo de União da Vitória e o Banco de Sangue de União da Vitória – (Hemepar), realizaram neste domingo, 13, uma live com a médica hematologista da unidade, Dra. Paloma Fagundes e o bioquímico Alessandro Savi, que tiraram as maiores dúvidas enviadas durante a live, que foi mediada por Daiane Rodrigues.
“O primeiro passo para doar é fazer um cadastro onde deve ser levado um documento com foto e assinar um termo de consentimento e seguida passa por uma entrevista, que vamos questionar sobre o comportamento do doador, medicamentos e doenças que ele tem para saber se tem alguma situação de risco para doar sangue. Em seguida ele passa pelo teste de hemoglobina para ver se tem anemia e daí ele vai para a doação de sangue. Todo esse atendimento deve durar 45 minutos, sendo 12 minutos de doação de sangue. Após ele doar, deve ficar por mais 15 minutos de observação”, esclarece Dra. Paloma.
Ela explica ainda sobre a doação para quem tomou alguma vacina, principalmente as de Covid-19. “Para quem tomou as vacinas de outras doenças ou de Covid-19: Em geral o período é de 48 horas quando não é vírus vivo e quando é de vírus vivo como a da febre amarela é quatro semanas. As vacinas do Covid-19, a Coronavac deve esperar 48h e as outras vacinas são sete dias após receber já pode doar sangue”, explica.
O bioquímico Alessandro explica sobre a doação de sangue para quem já teve a forma branda do Covid-19, “A doação de sangue para quem já teve Covid-19 não grave, pode ser feito após 30 dias do diagnóstico. Ele pode comparecer e fazer a entrevista médica e se pode fazer a doação”, afirma.
A Secretaria da Saúde do Paraná, por meio do Hemepar (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná), lançou no início do mês a Campanha “Doe Sangue Pelo Esporte”. Atletas, familiares e amigos são os doadores potenciais, mas toda a comunidade pode participar.
A iniciativa, além de aumentar o número de cadastros de doadores de medula óssea, busca sensibilizar e incentivar a doação de sangue. A parceria surgiu em 2003 e acontece sempre no inverno, quando, devido ao frio e às férias escolares, normalmente ocorre uma queda no número de doações. Com a pandemia da Covid-19 a redução foi ainda mais acentuada.
“Este ano a campanha se mostra ainda mais necessária pois, por conta da pandemia, os estoques de sangue estão cada vez mais baixos em todo o Estado”, informa o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. Ele enfatiza que todos os cuidados de proteção contra a Covid-19 estão sendo tomados nas unidades de captação de sangue.
“É muito importante que as pessoas agendem sua doação e compareçam para doar, ajudando a salvar milhares de vidas que dependem de transfusão de sangue”, alerta o secretário.
O Hemepar é o órgão responsável no Paraná pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 385 hospitais públicos, privados e filantrópicos, além de atender 92,8% de leitos SUS no Estado. A necessidade de coleta para atender a demanda em Curitiba e Região Metropolitana é de cerca de 180 bolsas por dia. Com a pandemia da Covid-19, o número de coletas está em torno de 100 bolsas ao dia.
MEDULA ÓSSEA
O Paraná tem hoje 552.022 candidatos a doadores de medula óssea cadastrados. Liana comenta que parece muito, mas, levando-se em conta que a possibilidade de encontrar um doador compatível é de 1 para 100 mil, conclui-se que é necessário um número bem maior de cadastros. “Aumentando o número de candidatos cadastrados certamente ampliamos a possibilidade de que mais pacientes consigam o seu doador compatível”, afirma Liana.
CADASTRO
Para se cadastrar como doador de medula basta dirigir-se até um Hemocentro, preencher um cadastro e coletar uma pequena amostra de sangue para a realização do exame HLA. Os dados do doador e os resultados do exame são inseridos no Registro de Dadores de Medula Óssea (Redome) e, quando é apontada a compatibilidade, o doador é chamado para exames confirmatórios.
Se confirmada a compatibilidade o doador seguirá para o transplante, que pode ser feito por punção no osso ilíaco ou por coleta de sangue periférico. A regeneração no organismo do doador acontece após 15 dias. Segundo o Redome, hoje há no Paraná 850 pacientes aguardando um doador de medula compatível.
O ideal é que cada pessoa doe sangue pelo menos duas vezes ao ano. O agendamento das doações pode ser feito no site da Secretaria de Estado da Saúde.
COVID-19
Pessoas imunizadas contra a Covid-19 podem fazer doações de sangue normalmente, desde que aguardem o período estipulado para cada tipo de vacina.
A Coranovac/Butantan estabelece um prazo de 48 horas após o recebimento da vacina para que o cidadão possa fazer doação de sangue e a AstraZeneca/Fiocruz e a Pfizer/Comirnaty/BioNtech pedem o intervalo de sete dias para a doação.
Hemosc comemora Dia Mundial do Doador de Sangue com lançamento de livro
O Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) promoveu ontem, 14, data em que se comemora o Dia Mundial do Doador de Sangue, o lançamento do livro “A História da Hemoterapia Catarinense. O cotidiano dos anos 1950 aos dias atuais”. O lançamento, virtual, aconteceu às 19 horas, pelos perfis das redes sociais do Centro: Instagram (@hemoscoficial), Facebook (Hemosc), YouTube (Hemoscoficial).
O Hemosc é responsável pelo abastecimento de quase a totalidade do sangue que chega aos hospitais e clínicas do Estado. Pelo menos 99% do sangue transfundido aos catarinenses saem da mesma estrutura, com o mesmo padrão de qualidade na captação.
Com o slogan “A verdadeira nobreza está no Sangue”, a rede Hemosc deseja mobilizar a comunidade para que todos reflitam sobre essa importante necessidade e participem no momento oportuno e necessário deste processo. Neste ano, até o presente, vivenciaram o processo 68.126 candidatos à doação, com um total de 59.174 bolsas coletadas. Neste mesmo período, foram fornecidas 84.378 bolsas para transfusão.
As unidades da rede estarão com decoração especial na próxima semana, para receber os doadores. Muitas empresas solidárias ao Hemosc marcaram sua presença com doações de produtos, contribuindo para engrandecer as comemorações.
A necessidade de sangue seguro é universal. O sangue é essencial para tratamentos e intervenções urgentes de todos os tipos (acidentes, conflitos, desastres etc.), e pode ajudar pacientes que sofrem de condições de saúde com risco de vida, além de apoiar procedimentos cirúrgicos complexos. Tem papel primordial nos cuidados maternos e neonatais. Há pessoas que necessitam de transfusões durante toda a vida, como por exemplo os portadores de talassemias e anemia falciforme. Esse suprimento indispensável só pode ser garantido por meio de doações regulares e voluntárias.
O QUE É PRECISO PARA DOAR SANGUE
Uma única bolsa de sangue pode salvar a vida de até três pessoas.
Para manter o estoque adequado do banco de sangue, são necessárias muitas doações. O ideal é que cada pessoa doe sangue pelo menos duas vezes ao ano. Homens podem doar sangue a cada 60 dias e no período de 12 meses até 04 doações e mulheres em um intervalo de 90 dias e no período de 12 meses até 3 doações.
Para ser doador é preciso:
Estar em boas condições de saúde
Ter entre 16 e 69 anos completos (menores de idade com autorização e presença do responsável legal)
Observação: Durante a vigência da pandemia, doadores acima de 59 anos completos deverão, preferencialmente, permanecer em suas residências.
Pesar no mínimo 51Kg na balança Da unidade
Estar descansado, alimentado e hidratado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação)
Apresentar documento oficial com foto (Carteira de Identidade, Carteira do Conselho Profissional, Carteira de Trabalho, Passaporte ou Carteira Nacional de Habilitação)
Impedimentos temporários à doação
Manifestações gripais (tosse, febre, dor de garganta): aguardar 15 dias após a cura
Diarreia: aguardar 7 dias após a cura
Durante a gravidez: 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana
Amamentação 12 meses após parto/cesárea (não pode doar enquanto for a única e principal fonte de alimentação do bebe)
Ingestão de bebida alcoólica e uso de maconha nas 12 horas que antecedem a doação
Tatuagem, micropigmentação e piercing nos últimos 06 meses (se piercing genital e/ou oral 12 meses após a retirada)
Tratamento dentário: limpeza e obturações 72 horas; extração e canal 7 dias, implante 3 a 6 meses
Alergias em atividade: rinite (coriza/espirros) em uso de medicação; urticária
Hepatite: pode doar se hepatite antes dos 11 anos
Se convive na casa de quem teve hepatite: Hepatite B comprovar a imunidade pela vacina e Hepatite C comprovação da cura da pessoa que teve Hepatite
Medicações: Antibióticos 15 dias após o término. Em uso de medicação para hipertensão como propanolol, atenolol, pindolol, metoprolol, doxasosina (selozok). Mais de 3 medicações para doença crônica, mais de 2 para tratamento de saúde mental. Outros tratamentos também podem ter medicações que impeçam a doação
Diabetes: mediante avaliação do triador. Com uso de insulina não pode doar
Cardiopatias: alterações de infância como sopro não impede doação. Cateterismo, infarto, cirurgias cardíacas impedem a doação
Pressão alta: Acima de 180x100mmHg
Cirurgias: 6 meses a 1 ano
Situações nas quais houve maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis (aguardar 12 meses); Nova parceria sexual: se relacionamento fixo, 6 meses contados a partir da primeira relação sexual com a pessoa. Se ocasional 12 meses de inaptidão
Vacinas: febre amarela, tríplice e dupla viral e dengue 30 dias; Dupla e tríplice bacteriana, H1N1, Hepatite B, HPV 48 horas. Antirrábica: se profilática 48h, se por mordida de animal 12 meses
Endoscopia, Colonoscopia e Cirurgias Laparoscópicas: 6 meses
Viagens: Exterior 30 dias. Brasil – Região Norte, Nordeste, Centro-oeste e Sudeste (RJ, SP, ES, MG) 15 dias. Área de Malária – Acre, Amazonas, Rondônia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Amapá e Roraima 12 meses.
Outras situações a serem avaliadas
Para doação de PLASMA CONVALESCENTE/HIPERIMUNE
Homens ou mulheres de 18 a 59 anos completos
Trazer impresso o resultado positivo para COVID-19
Não ter sido submetido a ventilação mecânica/respirador
Nunca ter recebido transfusão de sangue
Ausência de gestações/abortos
45 a 90 dias pós diagnóstico
Se enquadrar nos critérios básicos de doação de sangue total
Não ter recebido a vacina para COVID-19
Observações:
Para doação de sangue total realizar o agendamento através do site: www.saude.pr.gov.br/doacao
Para agendar a doação do plasma hiperimune na Unidade Hemepar de União da Vitória Rua Castro Alves, 26
Fone: (42) 3522-1365 | (42) 3522-1793
E-mail: hemepar06rs@sesa.pr.gov.br
Horário de coleta: segunda a sexta-feira, das 08h às 11h e das 13h às 16h
IMPEDIMENTOS DEFINITIVOS
Hepatite viral após os 11 anos de idade
Diabetes insulinodependente
Epilepsia ou convulsão
Hanseníase
Doença renal crônica
Antecedentes de Neoplasias (Câncer)
Antecedentes de acidente vascular cerebral (Derrame)
Evidência Clínica ou Laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (Vírus HIV)
Doenças associadas ao HTLV I/II e Doença de Chagas