De 295 municípios, 166 não registram mortes há pelo menos 30 dias por coronavírus. Esses dados indicam que em mais da metade das cidades catarinenses, cerca de 56,3%, o número de mortos por Covid-19 começou a cair. O levantamento é da Secretaria de Estado da Saúde.
“Há uma gestão de crise eficaz que é feita desde o início da pandemia, olhando sempre pro cenário científico, entendendo e tomando decisões pertinentes, seja em cobertura vacinal, ampliação de vagas de UTI ou aproximando o cidadão da Saúde de sua cidade, regionalizando o acesso. Investimos muito nestes últimos anos e vacinamos! Temos uma cobertura vacinal em mais de 80%, se contabilizarmos os mais jovens, incluindo as crianças. Se olharmos para a população adulta, o número é ainda maior”, destacou o secretário da Saúde, André Motta Ribeiro.
Santa Catarina aplicou 13.577.019 doses de vacinas, desde que começou a imunização em janeiro de 2021. A cobertura da população vacinável com o esquema primário completo já ultrapassou os 90%, segundo dados do Vacinômetro de Santa Catarina e do Ministério da Saúde.
A diminuição dos óbitos por Covid-19 se deve principalmente à vacinação, de acordo com Motta Ribeiro. “Ao observarmos o cenário internacional e nacional fica claro que quanto mais nós vacinamos menos nós internamos pacientes graves nas UTIs e mais podemos prevenir. O cidadão tem que ter a certeza que é pela vacina que em breve o cenário de calamidade pública deverá ser extinto pelos governos federais, pela OMS e por Santa Catarina. É a vacina que é nossa porta de saída da pandemia”, acrescentou.
Investimentos
Na vanguarda, Santa Catarina decretou o estado de calamidade pública quando se iniciou a transmissão comunitária do vírus, no dia 17 de março de 2020. Foi possível aumentar o número de leitos de UTI, naquele ano, em mais de 100%. Outra herança positiva é a Política Hospitalar Catarinense, que chegou a investir mais de R$ 268 milhões em Unidades hospitalares no ano passado. O número deve ser ainda maior em 2022.
Também foi decisão do Governo pagar o teto máximo da PHC para todos os hospitais, bem como garantir a manutenção de leitos de UTI mesmo quando o MS não dava garantias de pagamentos. O próximo passo é aumentar a oferta das cirurgias eletivas.
“É importante que os nossos próximos movimentos pós-pandemia sejam direcionados a maior qualidade e oferta de procedimentos cirúrgicos. Diminuir ainda mais a fila das eletivas e regionalizar o acesso. Não deixar que o catarinense se desloque para outro município, pois na cidade dele não há a consulta ou a cirurgia que ele precisa. A nossa missão é mudar esse cenário, fazendo o que sempre fizemos: gestão e garantia de dinheiro bem investido”, concluiu o secretário.
Santa Catarina foi o estado que mais realizou cirurgias eletivas hospitalares em 2021, levando em consideração a população residente. Foram 41.603 cirurgias hospitalares em 365 dias, mais 57.081 cirurgias ambulatoriais no período. Ao todo, foram realizadas 98.684 cirurgias eletivas no ano passado – 17,1% do total de 578 mil feitas no país.