Indústria Wirth Calçados Dois Irmãos (RS) 14.04.2006 - Foto: Miguel Ângelo

Confiança de empresários da indústria tem maior queda em 2022, aponta CNI

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Mesmo com a alta da expectativa do desempenho econômico da indústria brasileira, empresários do setor sentem diminuir a confiança no mercado industrial. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), publicado nesta quinta-feira (13) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), recuou 2,6 pontos de setembro para outubro, a maior queda de confiança do ano, e está em 60,2 pontos.

O recuo ocorre após sucessivos avanços do otimismo do setor industrial ao longo deste ano. Mas, apesar da queda, o índice está acima da linha de corte de 50 pontos que, segundo a entidade, separa a confiança da falta de confiança.

De acordo com a economista da CNI, Larissa Nocko, a principal causa da retração da confiança foi a maior moderação das expectativas do setor industrial para os próximos seis meses.  “Essa queda foi resultado tanto de um recuo nas avaliações das condições atuais quanto na expectativa do empresário para os próximos seis meses, ainda que tenha sido mais expressivo esse recuo no lado das expectativas”, avalia Nocko.

No início desta semana, a CNI divulgou uma nova projeção de crescimento para o Produtor Interno Bruto (PIB) da indústria. O índice aumentou de 0,2% nas previsões de julho para 2% nos dados mais recentes. Segundo a entidade, esse movimento de expansão da economia industrial foi impulsionado por dois setores específicos: o da indústria de transformação e o da construção civil.

Confiança da indústria

Entre os dados que fazem parte do ICEI há o Índice de Condições Atuais e o Índice de Expectativas. Neles, o empresariado do setor avalia quatro elementos, como explica Nocko. “O empresário industrial é questionado a respeito das avaliações das condições atuais da economia brasileira, das avaliações das condições atuais das empresas e das expectativas para os próximos seis meses, tanto da economia brasileira quanto da empresa”, comenta a economista.

Em ambos os casos, visualizou-se um pessimismo dos dirigentes. O Índice de Condições Atuais também apresentou recuo, saindo dos 58,4 pontos em setembro para 56,9 pontos agora em outubro, uma queda de 1,5 ponto. No caso do Índice de Expectativas, a queda foi de 3,2 pontos, caindo para 61,18 pontos.

Assim como o ICEI, os dois índices seguem com valores positivos e apontando percepção positiva do momento atual da economia brasileira e das empresas em relação aos seis meses anteriores. A avaliação, porém, é mais moderada que em setembro, especialmente na percepção dos empresários com relação às suas próprias empresas, aponta a CNI.

A pesquisa foi feita com 1.459 empresas, sendo 572 de pequeno porte, 535 de médio porte e 352 de grande porte, entre os dias 3 e 7 de outubro.

Fonte: Brasil 61

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