Com 65% do total, setor de serviços liderou a geração de empregos no Paraná em 2022

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O Paraná fechou o ano passado com 118.149 novas vagas, o quinto Estado no País em números absolutos e o primeiro na região Sul a gerar mais empregos com carteira assinada. O setor de serviços, que envolve restaurantes, lanchonetes, hotéis, imobiliárias, transporte, entre outras áreas, liderou o número de vagas geradas, concentrando 76.999 novos postos de trabalho no período, o equivalente a 65,17% do total. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência, divulgado.

Os serviços foram os maiores geradores de vagas com carteira assinada no Paraná em quase todos os meses de 2022, com destaque para fevereiro, cujo saldo foi de 20.781 novos postos. As exceções foram em novembro, quando o setor com o melhor resultado foi o comércio, somando 5.234 vagas criadas e, em dezembro, mês em que todos os estados apresentaram saldo negativo na abertura de vagas em razão do fim dos contratos temporários após as contratações para as festas de fim de ano.

O destaque entre os setores ficou para os serviços de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que somaram mais de 38 mil novas vagas. Em segundo lugar estiveram os serviços que envolvem a área de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com mais de 16 mil.  E, em terceiro, alojamento e alimentação, com 11 mil vagas.

Na sequência esteve o segmento de transporte, armazenagem e correio, com 7 mil novos postos, e serviços domésticos com 55, enquanto outros serviços somaram 3,4 mil.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento como um todo (volume de atividades) cresceu 4,4% no ano passado (último recorte disponível, do acumulado até novembro). O principal destaque no Paraná é em serviços prestados às famílias, com alta de 19,5% em relação a 2021. Serviços profissionais, administrativos e complementares também registraram crescimento expressivo no Paraná, de 9,9%.

O resultado foi impactado pela retomada de serviços que ficaram de lado durante a pandemia (2021), como parques de diversão, serviços de bufê, cabeleireiros, gestão de espaços cênicos, discotecas e danceterias, promoção de eventos esportivos, pesquisas de mercado, locação de mão-de-obra, limpeza e agências de viagem.

OUTROS SEGMENTOS

O segundo maior gerador de empregos no Estado em 2022 foi o comércio, com 21.154 postos criados. Em terceiro lugar, esteve a indústria, com a criação de 15.271 vagas, impulsionada principalmente pela indústria de transformação, que, sozinha, gerou 15.361 oportunidades. Os outros setores também tiveram indicadores positivos: construção gerou 2.514 novas vagas e a agropecuária 2.154 postos.

  

NACIONAL

No Brasil, o setor de serviços também liderou a criação de empregos em 2022, com saldo de 1.176.502 postos de trabalho: a área foi responsável por 57,73% do saldo nacional de 2.037.982 postos. O comércio veio em segundo lugar, com 350.110 vagas, seguido pela indústria, com 251.868, construção, com 194.444, e agropecuária, com saldo de 65.062.

EVOLUÇÃO MÊS A MÊS

Com exceção de dezembro, o Paraná teve resultados positivos nos números gerais de geração de emprego todos os meses do ano. O destaque foi em fevereiro, quando foram abertos 29.382 novos postos.

No mês a mês, foram 19.695 vagas em janeiro, 29.382 em fevereiro, 5.387 em março, 9.769 em abril, 14.084 em maio, 14.624 em junho, 16.593 em julho, 15.639 em agosto, 13.100 em setembro, 11.020 em outubro, 4.757 em novembro e -35.901 em dezembro. Com o bom resultado no ano, o Paraná chega a um estoque de 2.931.182 pessoas com empregos com carteira assinada.

MUNICÍPIOS

Três em cada quatro municípios paranaenses tiveram saldo positivo na geração de empregos em 2022. Das 399 cidades, 299 tiveram mais contratações do que demissões no ano. Nas outras 100, o saldo foi negativo, com mais desligamentos do que admissões.

Curitiba liderou a geração de empregos entre janeiro e dezembro, com a criação de 31.195 novas vagas. Na sequência estão Londrina (7.232), São José dos Pinhais (6.666), Maringá (4.479), Ponta Grossa (3.696), Toledo (3.044), Foz do Iguaçu (2.782), Pinhais (2.560), Francisco Beltrão (1.605) e Fazenda Rio Grande (1.450).

 

Santa Catarina

Santa Catarina foi o sétimo estado do Brasil na lista de criação de postos de trabalho em 2022, de acordo com informação divulgada pelo Caged nesta terça-feira, 31. Foram 90.355 novos empregos formais criados ao longo do ano passado. Em primeiro lugar ficou São Paulo, com 597 mil, seguido do Rio de Janeiro, com saldo positivo de 196 mil. SC cresceu mais que a média nacional no ano passado.

O resultado catarinense foi afetado por uma queda ocorrida no último mês de 2022, quando o estado registrou uma redução de 39.268 empregos formais. Foram 83.060 contratações e 122.328 desligamentos no mês de dezembro.

 

No acumulado de todo o ano, Santa Catarina teve, em 2022, um total de 1.485.526 contratações com carteira assinada e 1.395.171 demissões, chegando ao saldo positivo de 90.355 empregos formais.

No ano todo de 2022, o Brasil registrou um crescimento de 2.037.982 brasileiros trabalhando no saldo de empregos formais. O número é menor do que o de 2021, quando foram criados 2,7 milhões de empregos, mas superior ao de 2020, quando o país teve uma redução de 192 mil postos de trabalho.

 

Oito em cada dez empregos foram gerados nos pequenos negócios em 2022

Em 2022, a cada 10 postos de trabalho gerados no Brasil, aproximadamente 8 foram criados pelas micro e pequenas empresas (MPE), segundo levantamento do Sebrae feito com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com o resultado positivo, o acumulado do ano ultrapassou 2 milhões de novas vagas, das quais quase 1,6 milhão teve lugar nos pequenos negócios.

Mesmo quando comparado com 2021 – quando as MPE tiveram um desempenho que superou os 2,17 milhões de empregos gerados, equivalente a 77% do total de vagas do período –, verifica-se que a participação dos pequenos negócios no saldo total aumentou no ano passado, chegando a 78,4%.

Na soma dos 12 meses do ano passado, os setores dos pequenos negócios que mais contrataram foram Serviços (828.463), Comércio (332.626) e Construção Civil (229.755). No ranking dos saldos de empregos por unidade federativa, o primeiro lugar ficou com Roraima, seguido de Amapá e Amazonas. Em valor absoluto de vagas nas MPE, São Paulo ficou na liderança.

A pesquisa também faz um recorte de dezembro de 2022 que, similar aos anos anteriores, apresenta mais desligamentos do que admissões, resultando em saldos negativos em todos os portes. No último mês do ano passado, o Brasil encerrou pouco mais de 431 mil postos de trabalho – desse volume, as MPE foram responsáveis por 205 mil (47,5%). Como todos os portes apresentaram saldos negativos de contratação, o mesmo pôde ser observado na estratificação por setor de atividade. O único setor que gerou emprego foi o setor do Comércio das MPE.

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