Em busca de um encontro com Deus e consigo mesmo, além de alimentar a vida espiritual para melhor atuar no trabalho pastoral, padres e diáconos da diocese de União da Vitória farão dos dias 26 de fevereiro à 01 de março o seu retiro anual. Para o padre Sidnei Reitz, que está com 14 anos de padre e atualmente é o representante da Pastoral Presbiteral na Diocese, o retiro é oportunidade do diácono ou presbítero de renovar a vocação à qual foi chamado. “Nossa vocação é um Dom de Deus e precisa se alimentar de sua fonte para que se mantenha forte. Assim, a experiência do retiro me dá a oportunidade de reassumir minha vocação”, testemunhou ele..
Ainda para o padre, o grande número de atividades na paróquia ou em outros setores que o clero atua, podem levar ao risco do ativismo sem fundamento. “Esse recolhimento é necessário. A rotina dos trabalhos, podem nos levar a deixar a vida espiritual em segundo plano, e antes de pensar em fazer coisas, o padre precisa ser um homem de fé”, expressou o pároco da paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de São Mateus do Sul, citando ainda o capítulo 3 do evangelho de Marcos, quando Jesus convocou os apóstolos para que ‘estivessem com ele’.
Para a condução do retiro, sempre é convidado um padre ou bispo de fora, que durante os três dias intercalando com colocações e espaços de recolhimento, auxilia o clero a fazer o ‘exercício espiritual’. Para este ano, o pregador convidado é Dom Leomar Brustolin, 50, bispo auxiliar da arquidiocese de Porto Alegre (RS). Dom Leomar é o bispo que substituiu Dom Agenor Girardi (falecido no dia 08 de fevereiro), em Porto Alegre, quando Dom Agenor foi nomeado para União da Vitória. Além dos momentos de reflexão em grupo e individual, o retiro conta com momentos de celebração Mariana, Penitencial, Orações e celebração da Eucaristia.
Indo para o seu 17º Retiro, padre Antônio Carlos Rodrigues, pároco da paróquia São José Castíssimo Esposo da Virgem Maria, de Antônio Olinto, diz que o momento é de retomada de consciência da vida cristã, do seguimento de Jesus Cristo. “No retiro nos reabastecemos, ganhamos novas forças para que ao voltar possamos melhor servir ao povo de Deus”, destacou ele.
Padre Antônio também ressalta a importância do ambiente que favorece à reflexão e à convivência com os colegas sacerdotes. “O contato com a natureza nos faz pensar na criação e redescobri a presença de Deus entre nós, além de proporcionar o encontro fraterno com os colegas do ministério, pois durante o ano, nossos encontros são mais de planejamento de trabalho do que de convivência”, lembrou padre Antônio.
Além dos padres e diáconos transitórios, também os diáconos permanentes (casados) que são membros do Clero, participam do retiro. Há dezenove anos como Diácono Permanente, Luiz Francisco Huk, 53, que atua na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em São Mateus do Sul, participou de vários retiros do Clero e diz que além da formação espiritual e formativa que auxiliam no campo pastoral, os retiros o ajudam muito na convivência familiar. “Além de ser membro do clero, vivo minha vida particular de família, de trabalho na sociedade e essa formação espiritual me ajuda muito na convivência na família e com as pessoas com quem me relaciono”, testemunhou o diácono.
Diácono Luiz, que é assessor diocesano do Movimento do ‘Terço dos Homens’, comenta que os retiros são momentos de crescer na fé. “Esses encontros são momentos que me amadurecem e me fortalecem muito na fé para viver minha vida cotidiana”, acrescentou ele.
*Dom Leomar, que pregará o retiro ao Clero, fará também a Aula Inaugural do Instituto de Filosofia e Teologia, do Seminário Diocesano, em União da Vitória, na quinta-feira, 01 de março, na Igreja do Seminário, em União da Vitória. A Palestra que é aberta ao público começará às 19h30 e terá como tema, ‘A Transmissão da fé diante da mudança de época’.