Cidades registram queda nos casos de Covid-19

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União da Vitória e Porto União vem registrando uma queda nos casos e óbitos de Covid-19. O reflexo do aumento da vacinação na população levou a queda dos números, mas isso não pode ser visto como uma liberação de aglomeração, mas sim de continuar cuidando.

Em sua rede social na semana passada o Prefeito de União da Vitória, Bachir Abbas comemorou que após várias semanas com os hospitais lotados, a ala da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para Covid-19, estava vazia. “Terminar a semana com essa imagem na nossa Upa, nos enche de esperança de dias melhores.  A ala de Covid sem nenhum paciente internado, essa ala no pico da pandemia já teve até 22 pacientes atendidos. Meu agradecimento a toda equipe da UPA, que está fazendo um trabalho grandioso. Mas não esqueçam por favor, a pandemia continua, não queremos nunca mais, ver o sistema superlotado”, escreveu o Prefeito de União da Vitória.

Apesar de ainda registrar casos de contaminação, desde o dia 20 de julho não há registro de óbitos decorrente do Covid. Porto União em seu boletim de domingo, não registrou nenhum caso e também nenhuma morte.

A vacinação em Porto União está em 30 anos para a população em geral e 29 anos para trabalhadores da indústria. União da Vitória está em 33 anos população em geral. Os boletins d de casos em União da Vitória divulgado nesta segunda-feira, 26, mostrou 8 Novos casos e 8 pacientes recuperados e nenhum óbito, totalizando até o momento 35 casos ativos, 52 suspeitos e 131 óbitos, enquanto em Porto União o último boletim mostrou nenhum caso novo, nenhum recuperado e nenhum óbito, totalizando 43 casos ativos; 7 casos suspeitos e 87 óbitos.

A Matriz de Risco Potencial para a Covid-19, divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), neste sábado, 23, aponta que uma região, a do Meio Oeste, foi classificada como o risco alto (amarelo) para a Covid 19. O mapa mostra que três regiões em estado gravíssimo (cor vermelha) e outras doze com risco grave (cor laranja). A região do Planalto Norte está no risco amarelo.

Os dados seguem apontando uma melhora consistente nos índices. Nos dados divulgados na última semana, eram sete regiões em nível gravíssimo (cor vermelha). Apenas as regiões da Foz do Rio Itajaí, Médio Vale do Itajaí e Nordeste permaneceram classificadas com o nível máximo de atenção. Xanxerê, Laguna, Alto Vale do Rio do Peixe e Carbonífera, que na semana passada estavam em nível gravíssimo, conseguiram melhorar os índices nesta semana.

Única região a estar classificada no risco alto, o Meio Oeste apresentou nota positiva na questão de capacidade de atenção, ou seja, ocupação de leitos de UTI. Desde a criação da Matriz de Risco, em julho de 2020, esta é a primeira vez que três regiões são classificadas com o risco moderado (cor azul) para a ocupação de leitos de terapia intensiva. O Alto Uruguai e o Extremo Sul Catarinense também foram classificados com o risco moderado neste quesito.

O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, destacou que a união entre Governo, municípios, profissionais de saúde e população em geral proporcionou a melhora nos índices. “Temos avançado cada vez mais e conquistamos números expressivos na vacinação. Mas ainda temos três regiões em estado gravíssimo e doze em estado grave. Precisamos continuar atentos com os cuidados pessoais e os regramentos para vencemos essa batalha”, disse.

O governador Carlos Moisés atribui a diminuição no número de casos ao avanço da vacinação. “O nosso principal foco no enfrentamento à pandemia tem sido levar a vacina ao maior número possível de catarinenses, avançando tanto nos grupos prioritários quanto nas faixas etárias. À medida em que as doses chegam ao nosso estado, elas são rapidamente distribuídas aos municípios”, afirma o governador.

Atualmente, Santa Catarina é o quinto estado do Brasil com o maior percentual da população totalmente imunizada, com a segunda dose ou dose única. O número de 14.821 casos ativos também é o menor desde 28 de novembro de 2020, quando havia 14.275.

Cuidados ainda são necessários

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, mesmo com o rápido avanço da vacinação, é preciso manter os cuidados como uso de máscaras, distanciamento, higienização das mãos e ventilação dos ambientes.

Dados do Paraná

Pela primeira vez desde 15 de novembro, no feriado de Proclamação da República, a ocupação de leitos de UTI do SUS no Paraná fica abaixo de 70%. De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde, a ocupação está em 68%, contra 69% de oito meses atrás. Desde então a ocupação sempre ficou acima desse índice, mesmo com aumento de leitos, de 898 para 1.949 (crescimento de 117% no atendimento).

O índice é alcançado após uma sequência de marcos significativos na baixa de ocupação de leitos de UTI. O indicador caiu de 90% em 5 de julho. A taxa estava no patamar de 90% desde 21 de fevereiro, quando o Paraná estava no início da segunda onda da Covid-19. No dia 13 de julho, há oito dias, foi para 79%, abaixo do patamar de 80%. Ou seja, é a terceira vez no mesmo mês com queda, que já está acumulada em 24 pontos percentuais.

O número é alcançado com o avanço da vacinação, que já chegou a 63% da população vacinável com ao menos uma dose e mais de 20% com proteção completa, além de queda nas taxas de transmissão.

“O Paraná enfrentou um final de 2020 e um primeiro semestre muito duro no enfrentamento da pandemia, com ocupações em níveis altíssimos, e essas reduções apontam para uma queda nas internações. É uma prova de que as vacinas são eficientes e que estamos formando um escudo coletivo contra o vírus”, disse o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

Mesmo assim, ainda são 1.321 internados nos 1.949 leitos exclusivos existentes. As menores ocupações são Noroeste (63%), Leste (67%), e Norte e Oeste (71%). Em leitos de enfermaria a taxa de ocupação é de 42% (1.089 internados em 2.624 espaços exclusivos), com indicadores variando entre 32% (Oeste) e 46% (Leste). Há, ainda, 65 pessoas na fila por um leito. Esse descompasso entre espera e ocupação acontecem por intervalos diferentes nas notificações. Há, ainda, outros 766 pacientes internados em leitos de UTI de hospitais particulares.

OUTROS INDICADORES

Seguno o boletim, as médias móveis de casos (-45,2%) e óbitos (-64,8%) continuam em queda, o que aponta cenário mais positivo em relação a 14 dias atrás (segundo os registros datados, e não divulgados).

Os casos também estão em queda pela sétima semana epidemiológica consecutiva, sendo que as dúas últimas foram as com menos registros desde janeiro. No recorte de óbitos nas semanas epidemiológicas, a queda também é constante há sete períodos.

Outro índice que também apresentou queda foi a taxa de transmissão (Rt), número que indica a velocidade de contágio pelo vírus em uma determinada localidade. No Paraná, a Rt está em 0,75 nesta quarta-feira, o que significa que 100 pessoas com Sars-Cov-2 contaminam, em média, 75 novas pessoas. É a segunda menor taxa do País.

Os dados são do sistema Loft.Science, que calcula o Rt médio de todos os Estados e do Brasil com base em um algoritmo desenvolvido pela empresa. O Rt indica quando o contágio pelo vírus está acelerado (maior que 1), estável (igual a 1) ou em remissão (menor que 1) – único cenário que aponta uma melhora na situação epidêmica. Quanto mais próximo de zero, menores as chances de contágio.

O Paraná está em remissão desde 1º de julho, quando a Rt passou de 1,09 para 0,99. Desde então, o número aponta para uma tendência de redução da transmissão no Estado. O menor índice foi de 0,68 em 11 de julho.

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