Assembleia Legislativa do Paraná inspirou lei nacional antifumo

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Projeto que nasceu no Legislativo paranaense foi sancionado pelo menos cinco anos da lei nacional antifumo; Casa de Leis busca ampliar legislação e ainda tem outras propostas restritivas ao fumo em tramitação.

O 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco, é uma data para conscientizar a população sobre os malefícios do cigarro para a saúde e o papel fundamental que os pulmões desempenham na saúde e no bem-estar das pessoas. Desde 2014, o Brasil possui a Lei Nacional Antifumo. Entretanto, cinco anos antes da lei nacional antifumo ser regulamentada no Brasil, a Assembleia Legislativa do Paraná já debatia e aprovava um projeto estadual, que “proibiu o ato de fumar em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como halls e corredores de condomínios, restaurantes e clubes – mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou toldo”, que deu origem à lei 16239/2009.

De autoria do deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) e dos ex-deputados estaduais Stephanes Júnior e Antônio Belinatti, o projeto era, claro, polêmico. Tanto que os parlamentares levaram quase um ano discutindo e alterando artigos. “Na época, o projeto que originou a legislação, recebeu dezenas de emendas e levamos em torno de um ano para aprovar a matéria. Fizemos audiências públicas para ouvir profissionais da área da saúde, que defendiam a proibição. E também ouvimos a posição de donos de bares e restaurantes que, na época, ficaram preocupados com a redução do movimento nos estabelecimentos, mas conseguimos aprovar uma lei que foi benéfica para todos, especialmente para fumantes e não fumantes, que puderam respirar melhor em ambientes fechados”, afirma Romanelli.

Ao longo dos anos, foram surgindo na Casa de Leis mais e mais propostas em torno do tema. O próprio Romanelli, em conjunto com Michele Caputo (PSDB) apresentou, em 2019, um projeto que restringe o consumo de cigarro e afins também em ambientes abertos de uso coletivo, como estádios de futebol, praças, praias e parques, por exemplo, alterando a redação original da lei de 2009, que restringe o consumo de cigarro somente aos ambientes de uso coletivo em locais fechados. “É, no mínimo inconveniente você estar em um ambiente aberto e ainda ser obrigado a ficar exposto às substâncias nocivas à saúde contidas no cigarro”, afirma o deputado Michele, que já foi secretário de Saúde do Paraná. Para Michele, é preciso fechar o cerco e fortalecer a luta contra o tabaco. “Entendemos que o tabagismo é uma doença e deve ser tratada como tal. Por isso, temos que lançar mão de novas estratégias para restringir seu consumo, o que inclui a política de redução de danos”, argumenta.

Também tramita na Assembleia Legislativa outra proposta relacionada ao tema. Desta vez, apresentada pelo deputado Dr. Batista (União) e que pretende proibir no estado o uso, a comercialização, a importação ou a produção de dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarros eletrônicos; e também a utilização de qualquer acessório ou refil destinado ao uso de dispositivos eletrônicos para fumar. “O projeto se justifica devido a insegurança ocasionada pela disseminação desse produto na sociedade, mesmo estando proibido pela Anvisa. Sem que haja licença para introdução destes cigarros eletrônicos na vida dos indivíduos, coloca-os em posição de risco à saúde”, observa o deputado. Com o projeto de lei, o Paraná poderá sair na frente na proibição definitiva da comercialização do produto, já que a Anvisa abriu, neste ano, uma Tomada Pública de Subsídios, para receber informações técnicas a respeito dos cigarros eletrônicos e decidir se mantém a restrição ou se libera o uso e comercialização

Números em queda

Segundo dados do Observatório da Política Nacional de Controle do Tabaco do INCA (Vigitel 2020), o percentual total de fumantes com 18 anos ou mais no Brasil era de 9,5%, sendo 11,7 % entre homens e 7,6 % entre mulheres. Os dados da última Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019, mostraram que o percentual de usuários de derivados de tabaco era, naquele período, de 12,8% entre os entrevistados. Os percentuais vêm baixando ao longo dos anos, já que em 2013, eram 14,9% os fumantes no Brasil.  Neste mesmo período, o grupo de ex-fumantes aumentou, passando de 17,5% para 26,6%. “Isso ocorre, claro, muito em razão das leis que aprovamos. Não tenho dúvida”, indica o deputado Romanelli.

Em Curitiba, segundo dados preliminares da pesquisa Vigitel, feita nas capitais e no Distrito Federal com a população acima de 18 anos, o índice, naquele ano, era de 12% de fumantes, redução de cinco pontos em relação a 2010, quando o percentual foi de 17% da população. Ainda assim, hoje, a capital paranaense é a quarta no ranking das capitais, ficando atrás de Florianópolis (15,1%), São Paulo (14,2%) e Porto Alegre (13,3%), que em 2010 também tiveram queda, já que apresentavam percentuais mais altos: 17,4, 19,6 e 19,5, respectivamente.

Cigarros eletrônicos e narguilé

Se por um lado o consumo do cigarro tradicional vem diminuindo, a preocupação cresce em relação aos dispositivos eletrônicos, mesmo tendo a importação e venda proibidas no Brasil desde 2009, e ao uso do narguilé.

Um estudo do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontou que 50% das pessoas que usam o cigarro eletrônico nunca consumiram um cigarro tradicional. Mas o próprio INCA aponta que o uso do cigarro eletrônico aumenta em três vezes o risco de se experimentar um cigarro tradicional e em até quatro vezes de se tornar um tabagista.

A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PENSE) de 2019 revelou que o Paraná lidera, entre os jovens de 13 a 17 anos, o ranking do uso de narguilé. Pela pesquisa, 52,4% dos jovens entrevistados afirmaram já ter experimentado narguilé ao menos uma vez. A lista segue com o Distrito Federal em segundo, com 50,6%; e o Mato Grosso do Sul com 48,9%. Já no Brasil, o percentual médio de jovens que afirmaram ter usado narguilé é de 26,9%.  Já o uso do cigarro eletrônico foi confirmado por 27,6% dos jovens entrevistados, sendo o Paraná o segundo no ranking, perdendo apenas para o Distrito Federal com 30,8%. No país o percentual é de 16,8%.

Malefícios

O tabagismo é responsável direto por mais de 80% dos casos de câncer de pulmão e mais de uma dezena de outros tipos de câncer, como de esôfago, estômago, pâncreas, rim, bexiga, boca, laringe, faringe, garganta e mama. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a principal causa de morte evitável no mundo, com mais de 10 mil óbitos por dia.

Outro estudo, mas esse coordenado pelo Departamento de Avaliação de Tecnologias em Saúde e Economia da Saúde do Instituto de Educação e Ciências em Saúde, aponta que 428 pessoas morrem por dia no Brasil em decorrência do tabagismo. Cerca de 12,6% de todas as mortes no país podem ser atribuídas ao consumo de cigarros. As por doenças cardíacas respondem pela maior parte delas: 34,9 mil. Os dados são de 2015 e se referem a pessoas com mais de 35 anos.

Fumo passivo

Além de causar mal a quem inala diretamente a fumaça do tabaco, os malefícios são estendidos também aos não fumantes. A exposição à fumaça do tabaco presente no ambiente aumenta em cerca de 30% o risco de morrer por câncer de pulmão, infarto do miocárdio ou derrame cerebral.

Dependência

Cerca de 80% a 90% das pessoas começam a fumar antes dos 17 anos e, com o tempo, tornam-se dependentes da nicotina. Uma vez estabelecida a dependência, é difícil abandonar o cigarro, mesmo tendo pleno conhecimento de todos os malefícios que ele pode trazer.

A data

O Dia Mundial sem Tabaco é uma data celebrada todos os anos e criada pelos estados membros da Organização Mundial da Saúde (OMS). A campanha tem como objetivo chamar a atenção para a epidemia do tabaco e para as mortes que causa, informando o público sobre os perigos do uso do tabaco, as estratégias da indústria e as ações da Organização Mundial da Saúde para o controle do tabagismo. A campanha também visa informar as pessoas sobre o que podem fazer para ter uma vida saudável.

Campanha

A campanha “Tabaco: Ameaça ao Nosso Meio Ambiente”, alerta não apenas sobre os prejuízos que o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo causam na saúde pulmonar, levando a doenças respiratórias crônicas como asma e bronquite e ao câncer de pulmão. Em 2022, a campanha também destaca para a conscientização sobre o impacto ambiental do tabaco, desde o cultivo, passando pela produção, a distribuição e os resíduos, algo que pode funcionar como mais uma razão para o abandono do tabaco.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para quem quiser parar de fumar. “O tabagismo é a primeira causa de morte evitável no mundo. As ações educativas, legislativas e econômicas no Brasil vêm gerando um aumento no número de pessoas que querem parar de fumar, o que evidencia a importância de priorizar o tratamento do fumante como uma estratégia fundamental no controle do tabagismo”, disse a coordenadora do Programa Cessação de Tabagismo na rede municipal da Saúde de São Paulo, Liamar de Abreu Ferreira.

O tabagismo é uma doença provocada pela dependência física à nicotina, e causa cerca de 50 doenças diferentes, como enfisema pulmonar, câncer e doenças cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. No Brasil, mais de 160 mil mortes por ano são atribuídas ao tabaco, segundo dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.

Sanepar abre inscrições para curso de manutenção hidráulica para mulheres em Bituruna

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A Companhia e a Prefeitura buscam qualificar mão de obra e promover a autonomia e a geração de renda. São oferecidas 30 vagas gratuitamente e não é necessária experiência prévia.

A Sanepar e a Prefeitura de Bituruna, no Sul do Estado, estão com inscrições abertas para o curso de Manutenção Hidráulica Residencial para Mulheres. São oferecidas 30 vagas gratuitamente e não é necessária experiência prévia. O curso será em 1º de julho, no Centro de Convivência do Idoso de Bituruna.

Com 8 horas de duração, a capacitação visa proporcionar às mulheres noções básicas para que possam fazer manutenções e pequenos reparos em instalações residenciais de água e de esgoto. Também vai ensinar como executar a limpeza da caixa d’água, identificar e consertar vazamentos, entre outros.

“O curso oferece uma oportunidade de inserção em um novo mercado de trabalho para as mulheres, promovendo a geração de renda, ou também para que elas possam assumir pequenos consertos hidrossanitários nas suas próprias residências”, diz a gestora de Educação Socioambiental da Sanepar, Luciana Garcia.

Os interessadas podem obter mais informações no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Bituruna, Rua Maximiliano Greselle, 49, em horário comercial.

MAIS SANEAMENTO – A qualificação de mão de obra na comunidade faz parte do trabalho de educação socioambiental da Sanepar em municípios que estão recebendo obras de saneamento, como é o caso de Bituruna.

O sistema de esgotamento sanitário do município está sendo ampliado. As obras vão dobrar a capacidade da estação de tratamento de esgoto e atender mais 1.375 imóveis nas vilas Mariana e São Vicente, com a instalação de 31 quilômetros de tubulações, entre redes e coletores. O investimento soma R$ 10,7 milhões.

Maio teve chuvas desproporcionais em diversas regiões do Estado, aponta Simepar

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Esta quarta-feira (01) marcou um início chuvoso para o mês de junho na metade Sul do Estado, mas, segundo o Simepar, a tendência é de tempo firme no fim de semana.

Os dados do Simepar sobre as precipitações em 35 estações meteorológicas apontam para uma relação desproporcional da chuva no Paraná entre o acumulado para maio deste ano e a média histórica para o mês. Em 15 regiões houve aumento nas chuvas, mas em outras 19 elas ficaram abaixo da média – em uma, Guaíra, houve “empate técnico”.

As chuvas concentradas nesta semana na Região Metropolitana de Curitiba e no Oeste e Sudoeste do Estado ajudaram essas regiões a ficar com registros acima da média. Isso ocorreu em Curitiba, Pinhais, Guaratuba, Cerro Azul, União da Vitória, Palmas, Pato Branco e Santa Helena. Em Rio Negro, na divisa com Santa Catarina, a Defesa Civil foi acionada para ajuda humanitária devido ao temporal que ocorreu neste domingo (29). Em São Miguel do Iguaçu, onde choveu mais de 250 mm, o índice pluviométrico ficou 65% acima da média histórica.

No Norte e no Noroeste aconteceu o contrário e a precipitação ficou abaixo do previsto para o mês. Foi o caso de Cianorte, Campo Mourão, Londrina e Maringá. No Oeste também houve exceções, como Toledo, Cascavel e Assis Chateaubriand.

Na Capital, mais da metade dos 135 mm de chuva aconteceu nos últimos três dias de maio. O nível de água do Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba está em 89,87%, com três barragens em 100%, segundo a Sanepar.

PRÓXIMOS DIAS – A quarta-feira (01) marcou um início chuvoso para o mês de junho na metade Sul do Estado, mas a tendência é de tempo firme no fim de semana.

“Tivemos um sistema frontal passando pelo Estado e que aqui permaneceu oscilando e mantendo essa continuidade de chuvas. É uma frente fria que atua até amanhã [quinta-feira] e começa a se deslocar para o oceano, e aí sim o tempo vai voltando a ter uma condição de tempo mais seco. Não quer dizer que não vai chover, mas esse tempo instável de chuva a qualquer hora e com pancadas moderadas é só até esta quinta-feira”, explica o meteorologista Lizandro Jacóbsen, do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

O prognóstico para as próximas 24 horas ainda é de alerta, segundo o Simepar, pois as chuvas devem superar os 50 mm em muitas cidades e se aproximar dos 80 a 90 mm em outras. Com isso, vem o alerta para o risco de alagamentos devido ao volume já acumulado e a consequente subida do nível dos rios.

DEFESA CIVIL – Rio Negro, no Sul, registrou 90 mm entre domingo (29) e esta quarta-feira (01). A Defesa Civil do Paraná entregou telhas de fibrocimento para a cobertura das casas atingidas e auxiliou o retorno dos moradores. Até o momento, 110 residências foram danificadas. A Defesa Civil também planeja, junto à assistência social do município, o envio de colchões e cestas básicas.

“A chuva em si não causou tantos danos, mas sim o vendaval e o granizo. Porém, com a continuidade das chuvas, ainda pode haver outros eventos, como deslizamentos, alagamentos, inundações e enxurradas”, diz o chefe do sistema estadual de gerenciamento de riscos e desastres da Defesa Civil, capitão Anderson Gomes das Neves.

A população pode acessar os alertas da Defesa Civil e saber antecipadamente o melhor modo de se proteger ou de agir durante uma calamidade. Basta enviar SMS com o CEP da sua região para o número 40199. A Defesa Civil responde com mensagem de confirmação do cadastro e a partir deste momento o morador passa a receber alertas periódicos sobre a situação de maior gravidade em certa região.

Confira os gráficos de precipitações:

Maio encerra com chuvas volumosas no Sul do Estado - Curitiba, 01/06/2022
Maio encerra com chuvas volumosas no Sul do Estado - Curitiba, 01/06/2022

Um ano após conquista sanitária, Paraná reúne mais condições para crescer, diz governador

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O Paraná celebra seu primeiro ano como área livre de febre aftosa sem vacinação com todas as condições reunidas para ampliar a competitividade no mercado internacional de proteína animal. A afirmação foi feita na terça-feira, 31, pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior durante uma cerimônia, no Palácio Iguaçu, que marcou um ano da certificação concedida pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE), em 27 de maio de 2021.

“Foi a maior conquista do agronegócio paranaense nos últimos 100 anos. Desde 1958 o Paraná buscava essa certificação, um selo de qualidade e sanidade animal que permite acessar países, principalmente na Ásia, que não compravam a carne do Estado por causa da vacinação”, disse Ratinho Junior. “Mais do que um grande produtor de alimentos, queremos ser o supermercado do mundo para industrializar tudo o que produzimos. Fazer com que a matéria-prima passe pela indústria e chegue ao exterior embalada e congelada”.

Além do status sanitário, conquistado com a ampliação da vigilância e defesa sanitária, principalmente após a criação da Agência e Defesa Sanitária do Paraná (Adapar), outros fatores tornam pecuária paranaense cada vez mais competitiva. O Estado é o maior produtor de proteína animal do País, com a produção de 6,213 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de frango no ano passado.

Mais de 2 milhões de toneladas de produtos de origem animal foram exportadas pelo Paraná em 2021, incluindo lácteos e pescados, o que somou US$ 3,4 bilhões (R$ 16,2 bilhões na cotação atual) na balança comercial, de acordo com as estatísticas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

“Isso é fruto de um trabalho estratégico que vem do passado, mas que também inclui muito o olhar do nosso governo para consolidar o Paraná no mercado internacional de alimentação”, salientou o governador. “Essa conquista, que atende todo o agronegócio do Paraná, abre um mercado gigantesco, de bilhões de dólares, que reflete na geração de emprego e na atração de investimentos de agroindústrias que querem se instalar no Paraná”.

Para isso, destacou Ratinho Junior, o Estado investe em áreas estratégicas para a produção do campo, com forte destaque para a infraestrutura e na agilidade dos processos de licenciamento ambiental em propriedades rurais, por meio do programa Descomplica Rural.

Na melhoria da infraestrutura rural estão programas como o Paraná Trifásico, da Copel, que está instalando 25 mil quilômetros de redes trifásicas no campo, beneficiando agroindústrias, granjas e outros empreendimentos que precisam de um reforço no sistema. O Governo do Estado também investe R$ 304 milhões para a pavimentação de 1.000 quilômetros de estradas rurais em 202 municípios.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirmou que com a quantidade de produção, qualidade e sanidade reconhecidas, o Estado busca agora exercitar a habilidade comercial para fincar a bandeira paranaense no mercado mundial.

“Este último ano foi de construção de oportunidades. Todo o esforço feito pela sociedade paranaense ao longo de décadas foi para obter uma perninha para o nosso processo de internacionalização da nossa produção”, disse.

“O nosso desafio era mostrar uma cara limpa para o mundo, mostrar que o ambiente de produção está resolvido para peste suína clássica e para aftosa. Isso é um baita passaporte para o mundo”, ressaltou. “Esse reconhecimento beneficia a exportação do frango, peixe congelado e outros produtos, como os lácteos, com vista aos mercados mexicano, sul-coreano, japonês e tantos outros do Leste Asiático”.

A manutenção do status sanitário depende de uma atenção constante no sistema de vigilância dos rebanhos, trabalho feito pela Adapar através do monitoramento de animais, mas que conta com a participação também dos produtos, com a atualização cadastral dos plantéis.

Para reforçar essa estrutura, o Governo do Estado nomeou novos profissionais para trabalhar na agência e também anunciou a abertura de um processo seletivo para a contratação de técnicos agrícolas.

“Deixamos o amuleto da vacina e passamos a ter a vigilância com ponto focal. Teremos mais profissionais cuidando de nossas fronteiras e grandes investimentos na agroindústria, especialmente na área da suinocultura”, afirmou o diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins. “Isso mostra que esse selo não é só para pôr na parede, mas para vender os produtos do Paraná para o mundo. E fazendo constantemente a vigilância, vamos ter oportunidade de vender melhor”.

Segundo ele, a fiscalização inclui tanto o trânsito interestaduais de animais, como o monitoramento das áreas de fronteira. “Estamos neste momento com uma operação na fronteira, que é a área mais vulnerável hoje pelos estudos da epidemiologia, para a não entrada de animais irregulares”, explicou Martins. “Temos todos os postos de fiscalização do chamado Arco Norte, entre o Mato Grosso do Sul e São Paulo, dois estados que ainda vacinam os rebanhos, para que não entrem animais vacinados no Paraná”.

Em Santa Catarina Alesc celebra 15 anos da conquista de SC como zona livre de aftosa sem vacinação

O governador Carlos Moisés participou, na semana passada da sessão especial em comemoração dos 15 anos da emissão a Santa Catarina do Certificado de Zona Livre de Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). O status sanitário diferenciado foi fundamental para que o estado se tornasse o maior produtor e exportador de carne suína do país, além de abrir as portas para os mercados mais exigentes e competitivos do mundo.

Em seu pronunciamento, o governador falou que a certificação é uma conquista que ajuda a levar mais longe o trabalho de excelência dos produtores, técnicos e todos os demais envolvidos com o desenvolvimento do agronegócio catarinense. “A produção de Santa Catarina é uma grife para o mundo, prova disso é a presença em mercados internacionais exigentes. O status sanitário reconhecido pela OIE confirma este padrão e resulta do esforço daqueles que trabalham no campo, das equipes que acompanham, fiscalizam e ajudam a manter essa conquista, que, há 15 anos vem gerando valor à balança comercial do estado, mais qualidade e eficiência na atividade do campo”, frisou Carlos Moisés.

O governador também citou que os investimentos feitos pela atual gestão ajudam a melhorar a infraestrutura no meio rural, facilitar o escoamento da produção, aumentar a produtividade e fomentar o desenvolvimento sustentável. “As escolhas e as entregas que pudermos fazer para estimular cada vez mais o agronegócio, faremos. É o papel da gestão gerar oportunidades a um setor tão pujante que faz de Santa Catarina – um estado pequeno em território – gigante em tudo o que produz”, acrescentou o governador.

Por vídeo, o ministro da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Marcos Montes, parabenizou o Estado pelos 15 anos de certificação de área livre de aftosa sem vacinação. “Queremos agradecer e reconhecer todos os produtores, governantes e profissionais que trabalharam para garantir esta conquista. Obrigado pelo exemplo que Santa Catarina deu ao Brasil, a partir dele, queremos que mais estados também alcancem essa condição fundamental para o êxito do agro brasileiro”, expressou.

De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto, como a febre aftosa é uma doença com alto risco sanitário e gera impacto econômico, alguns países só compram carnes de áreas livres da doença sem vacinação – onde não existe circulação do vírus e, consequentemente, o controle sanitário é mais rígido.

“A certificação da OIE é o maior reconhecimento sanitário que um estado ou país pode alcançar e demonstra ao mundo, principalmente aos mercados internacionais, o cumprimento de vários requisitos técnicos para assegurar a saúde dos rebanhos”, aponta Miotto.

29 anos sem foco da doença

O último foco de febre aftosa em Santa Catarina ocorreu em 1993 e a partir de 2000 foi suspensa a vacinação contra a doença. Em 25 de maio de 2007 representantes do Governo do Estado compareceram à Assembleia Mundial da OIE para receber o certificado que fez do estado a única zona livre de febre aftosa sem vacinação do Brasil.

Manutenção do status sanitário

Para manter o status sanitário diferenciado, a Cidasc mantém 58 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e a saída de animais e produtos agropecuários. Além do controle do trânsito de animais e produtos de origem animal nas fronteiras, em Santa Catarina todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados.

A entrada de animais ainda é condicionada ao transporte em veículos com carga lacrada pelo Serviço Veterinário Oficial do Estado de origem, podendo ingressar ao estado somente pelos postos fixos de fiscalização estabelecidos pelo Serviço Veterinário Estadual. Em Santa Catarina não é permitida a entrada de bovinos de outros estados que não tenham o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

Vagas de emprego

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01 VAGA PARA ATENDENTE DE PADARIA:  FEMININO;

01 VAGA PARA ATENDENTE: PERÍODO NOTURNO (6241777);

01 VAGA PARA ATENDENTE (6242631);

01 VAGA PARA AÇOUGUEIRO: COM EXPERIÊNCIA (6231981);

01 VAGA PARA AUXILIAR DE COZINHA (6241622);

01 VAGA PARA AUXILIAR DE COZINHA: COM EXPERIÊNCIA, PERÍODO NOTURNO (6234980);

01 VAGA PARA AUXILIAR DE COZINHA: COM EXPERIÊNCIA (6211858);

01 VAGA PARA AUXILIAR DE INSTALADOR MARMORISTA: MASCULINO COM EXPERIÊNCIA E CNH B (6071253);

01 VAGA PARA AUXILIAR DE ELETRICISTA DE INSTALAÇÃO/MANUTENÇÃO INDUSTRIAL: COM EXPERIÊNCIA (6210959);

04 VAGAS PARA AUXILIAR DE LINHA DE PRODUÇÃO: COM EXPERIÊNCIA  (6095096);

01 VAGA PARA AUXILIAR FINANCEIRO: GRADUADO OU GRADUANDO EM ADMINISTRAÇÃO OU CONTABILIDADE;

01 VAGA PARA ASSISTENTE DE VENDAS: FEMININO, COM SUPERIOR EM ADMINISTRAÇÃO, MARKETING OU COMUNICAÇÃO SOCIAL;

01 VAGA PARA BALCONISTA DE AÇOUGUE (6214242);

01 VAGA PARA CARPINTEIRO: COM EXPERIÊNCIA, VAGA TEMPORÁRIA (6218182);

01 VAGA PARA ELETRICISTA INDUSTRIAL: COM EXPERIÊNCIA;

01 VAGA PARA INSTALADOR DE MARMORISTA:  MASCULINO COM EXPERIÊNCIA E CNH B (6071253);

01 VAGA MEDIDOR: COM EXPERIÊNCIA EM AUTOCAD, ESTAR CURSANDO ENGENHARIA CIVIL, ARQUITETURA OU TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES, POSSUIR CNH B (6071393);

01 VAGA PARA MECÂNICO: COM EXPERIÊNCIA, ENSINO MÉDIO COMPLETO, CNH B E NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA;

02 VAGAS PARA MECÂNICO: ENSINO MÉDIO COMPLETO, CNH B E EXPERIÊNCIA NA ÁREA DE MANUTENÇÃO MECÂNICA;

01 VAGA PARA MONTADOR DE VEÍCULOS, NA PARTE DE CHAPEAÇÃO E PINTURA: MASCULINO COM EXPERIÊNCIA (6133813);

01 VAGA DE MONTADOR DE MOTORES A DIESEL: COM EXPERIÊNCIA (6158433);

01 VAGA PARA MOTORISTA DE CAMINHÃO: COLETA E ENTREGA: COM EXPERIÊNCIA DEIXAR CURRÍCULO NA AGÊNCIA;

01 VAGA PARA ORIENTADOR DE ATIVIDADES – CORTE E COSTURA: INSCRIÇÕES PELO SITE WWW.SESCPR.COM.BR ATÉ 06/06;

02 VAGAS PARA OPERADOR DE CALDEIRA: MASCULINO COM EXPERIÊNCIA E CURSO RN13 (5876076);

01 VAGA PARA PEDREIRO: COM EXPERIÊNCIA (6239745);

01 VAGA PARA SECRETÁRIA EXECUTIVA: GRADUADO OU COM EXPERIÊNCIA EM SECRETARIADO EXECUTIVO;

01 VAGA PARA SERVIÇOS GERAIS/LINHA DE PRODUÇÃO: MASCULINO (6249829);

02 VAGAS PARA SUPERVISOR DE OPERAÇÕES NA ÁREA DE CONTROLE DE PRODUÇÃO: COM EXPERIÊNCIA (6095237);

03 VAGAS PARA TÉCNICO ELÉTRICO OU TÉCNICO MECÂNICO: COM 6 MESES DE EXPERIÊNCIA, DEIXAR CURRÍCULO NA AGÊNCIA;

 

AS VAGAS ESTÃO SUJEITAS A MUDANÇAS CONFORME O PREENCHIMENTO DO

LIMITE DE ENCAMINHAMENTOS

PARA O ATENDIMENTO É INDISPENSÁVEL A APRESENTAÇÃO DA CTPS

AGÊNCIA DO TRABALHADOR DE UNIÃO DA VITÓRIA

HORÁRIO DE ATENDIMENTO DE SEGUNDA A SEXTA DAS 08:00 ÀS 14:00 HORAS

Os integrantes do Cidade Limpa e Solidária de Irineópolis receberam novos uniformes

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O programa que é referência para Santa Catarina e também para cidades de outros estados, beneficia mais de 75 famílias de forma direta, através do fornecimento de cesta de produtos para aqueles que uma vez por semana dedicam seu tempo às atividades de limpeza e embelezamento de espaços públicos.
Dona Salete Santina Moraes de Souza atua na equipe que realiza limpeza no centro do município. Contente com o novo uniforme e com a oportunidade de fazer mais pela cidade, ela também destaca a importância do Cidade Limpa e Solidária. “Agradeço a prefeitura por esse programa que está dando um incentivo pra gente e um sustento pros nossos filhos. Eu gosto de participar e adoro quando chega segunda-feira que é o meu dia de ajudar”, comenta dona Salete.
Durante a entrega das novas camisetas, o prefeito Lademir Arcari e a vice-prefeita Circe Neppel Sfair falaram sobre as ações desenvolvidas pelas equipes e como as atividades do Cidade Limpa e Solidária contribuem para a manutenção das vias públicas no interior e para o embelezamento da cidade. Eles também salientaram a relevância do programa para o atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade social.
O chefe de gabinete e prefeito idealizador do programa, Juliano Pozzi Pereira, destacou que o Cidade Limpa e Solidária dá visibilidade aos voluntários, relatando que muitas das pessoas que passaram pelo programa conseguiram emprego após os contratantes verem o capricho e dedicação com que executavam suas tarefas nos espaços públicos.
Foram aplicados R$5.500,00 na compra de 110 camisetas manga longa com proteção UV, que bloqueia mais de 90% dos raios solares que atingiriam a pele. “É uma forma de proteção e cuidado com as equipes. Além dessa diferença no material utilizado, também escolhemos uma cor que faz com que os motoristas vejam de longe as equipes que trabalham nas vias públicas, evitando acidentes”, explica a secretária de assistência social, Vera Lúcia Piotrowski Cubas.
Também participaram da entrega das camisetas a agente administrativa do Cras, Tânia Ruckl Pereira e os diretores das equipes do Cidade Limpa e Solidária: Ana Paula Kozowski e Lindomar Senn, que coordenam as equipes da cidade; Porfírio Ferreira, da equipe da região de Rio Branco e Willian Padilha dos Santos, da equipe de São Pascoal. A equipe da Serrinha é liderada pelo coordenador Ademir Sampaio.
O programa Cidade Limpa e Solidária foi implantado em 2014 e promove o embelezamento e conservação de espaços públicos, além de valorizar os cidadãos que integram as equipes do perímetro urbano e da área rural de Irineópolis. Cada participante dedica um dia na semana para realizar as tarefas de acordo com o cronograma estabelecido pela coordenação. Ao final do mês a prefeitura fornece uma cesta de produtos para cada voluntário como forma de reconhecimento pelos serviços prestados ao município.