Começa a obra da Ponte Guaratuba-Matinhos, projeto aguardado há mais de 30 anos

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Esta sexta-feira, 27 de outubro, marca o início da construção da ponte de ligação entre Guaratuba e Matinhos, uma obra histórica esperada há mais de 30 anos e que finalmente promoverá a plena interligação do Litoral do Paraná. O governador Carlos Massa Ratinho Junior esteve em Guaratuba para o lançamento do marco da estrutura, com a instalação do canteiro de obras na cabeceira da futura ponte.

Em seu discurso, o governador enfatizou a concretização de um sonho antigo da população paranaense. A ponte já estava prevista na Constituição Estadual de 1989. “É um sonho que passa a ser realidade e que é importante para todo o Paraná”, afirmou. A ponte faz parte de um planejamento estratégico para o desenvolvimento do nosso Litoral, que inclui o engordamento da Orla de Matinhos, melhorias no Porto de Paranaguá, que por quatro anos consecutivos é considerado o melhor do Brasil, além de diversas outras obras de infraestrutura em todos os municípios da região”, declarou.

Ele citou, ainda, outros exemplos de investimentos encaminhados pelo Governo do Estado, como a duplicação da estrada de Garuva, a engorda da praia de Guaratuba, a modernização da Ponte dos Valadares, em Paranaguá, e a pavimentação em concreto da via de acesso ao Porto de Antonina.

Ao agradecer o apoio dos deputados estaduais, associações, empresários, imprensa e da população ao projeto, Ratinho Junior disse que a obra só saiu do papel graças à união de esforços de todos os envolvidos. “Não era mais possível nem racional que duas cidades do porte de Matinhos e de Guaratuba não estivessem completamente unidas por meio de uma ponte. Só com a união do povo que defende os interesses do Paraná pudemos comemorar hoje um feito histórico”, seguiu.

Segundo o governador, a intervenção vai permitir um avanço exponencial para o desenvolvimento socioeconômico de Matinhos, Guaratuba e os demais municípios da região. “Devido às próprias limitações geográficas e ambientais, não vamos trazer para o Litoral grandes indústrias, mas podemos e devemos explorar o potencial turístico da região com seus atrativos naturais. Para isso, precisamos ter infraestrutura adequada para que os visitantes tenham conforto, comodidade e segurança, gerando mais oportunidades de emprego e renda para os moradores”, finalizou.

ESTRUTURA – O investimento total na obra é de R$ 386,9 milhões, com prazo de 24 meses para a execução. A estrutura terá 1.244 metros de extensão, com quatro faixas de tráfego, duas faixas de segurança, barreiras rígidas em concreto, calçadas com ciclovia e guarda-corpo nas extremidades.

Também serão feitas intervenções nas vias de acesso à ponte, com alargamento da PR-412 em ambos os lados, muros de contenção para proporcionar o desnível necessário com o pavimento, um retorno sob a ponte para ligação das vias locais e conexão da Estrada do Cabaraquara com Matinhos. Na margem sul, será construída uma rótula alongada para ligação do bairro Caieiras, correção de nível da pista de rolamento e adequação de curva, além de implantação de uma alça de acesso à rua Nossa Senhora de Lourdes.

Um guindaste de 270 toneladas já está no canteiro de obras, o qual será montado para lançamento das peças de concreto da ponte, como vigas, peças de colunas, lajes, entre outras. Outros maquinários também já estão a caminho de Guaratuba para serem utilizados na construção.

O secretário de Estado da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, explicou que só a Ponte Guaratuba-Matinhos pode garantir a mobilidade adequada para acompanhar o crescimento do Litoral paranaense. “Mesmo com os investimentos do Governo do Paraná na operação da balsa para que ela fosse mais rápida e segura, é impossível atender com qualidade a demanda de mais de um milhão de pessoas que passam pela região na alta temporada devido às próprias limitações da Baa de Guaratuba e da operação”, disse.

Ele garantiu que os órgãos estaduais acompanharão todos os estágios da obra para garantir o cumprimento do prazo previsto em contrato. “Nós temos um cronograma de 24 meses a ser cumprido, com conformidades a serem tratadas junto aos órgãos de controle, mas agora temos um canteiro de obras instalado, a equipe trabalhando na fabricação das peças e, assim que as peças forem confeccionadas, teremos também o cronograma dentro do mar”, acrescentou Sandro Alex.

AUTORIZAÇÕES AMBIENTAIS – A obra começa dois dias após a Justiça determinar a retomada imediata da execução da ponte. Quarta-feira (25), o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador Fernando Quadros Silva, derrubou a liminar em primeira instância solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) que suspendia a licença ambiental prévia da construção.

Para garantir a preservação do meio ambiente, será necessário a implantação de um sistema de controle de efluentes e de um plano de destinação dos resíduos sólidos na construção do canteiro. A validade da licença é de dois anos, até outubro de 2025.

A licença que liberou o início da obra foi emitida nessa semana pelo Instituto Água e Terra (IAT). Chamada de Licença Ambiental Simplificada (LAS), a liberação é decorrente da Licença Prévia (LP) e permite, entre outras ações, justamente a instalação do canteiro industrial de apoio à obra principal e demais acessos, incluindo a fabricação de artefatos de concreto.

Além da LAS, o IAT também emitiu nesta semana duas Autorizações Ambientais (AA) relacionadas à construção da ponte. Uma delas é de Exploração, que possibilita o corte isolado de árvores nativas e exóticas localizadas em Área de Preservação Permanente (APP) para a instalação do canteiro de obras. O documento, válido até outubro de 2024, prevê a supressão de 141 árvores (48 nativas e 93 exóticas), totalizando um volume de 72,13 m³ de material lenhoso. O parecer técnico do IAT reforça, contudo, a proibição do corte de espécies ameaçadas de extinção.

Como medidas compensatórias, o Consórcio Nova Ponte, vencedor da licitação pública para a construção do complexo viário, fica comprometido a fazer a reposição florestal de, no mínimo, 10 árvores por unidade nativa suprimida, totalizando mais de 1,4 mil árvores. A área de plantio deverá ser realizada na mesma microbacia hidrográfica.

A outra Autorização Ambiental viabiliza o início das obras de dragagem em trechos da Baía de Guaratuba para permitir o pleno funcionamento do transporte por meio de ferry-boats. O total de sedimento retirado será de 26.419 m³ em uma área de 13,8 mil m² – 8,8 mil m² referentes ao atracadouro de Guaratuba e 5 mil m² ao da praia de Caiobá. Segundo o documento, a dragagem não deverá ultrapassar 3,5 metros de profundidade.

De acordo com o presidente do IAT, Everton Souza, a equipe técnica do órgão trabalhou para garantir que todos os aspectos da obra sejam ambientalmente sustentáveis e sigam a legislação vigente. “Temos uma comissão multidisciplinar, com biólogos, engenheiros florestais, engenheiros civis e geólogos, o que nos deixa muito seguros de que os aspectos processuais e documentais foram feitos com segurança técnica e jurídica”, disse. “Sempre que houve divergências jurídicas conseguimos demonstrar que a posição do Governo do Estado é correta”, concluiu Souza.

PASSO A PASSO – De acordo com o cronograma do licenciamento ambiental, o projeto de construção da Ponte entre Guaratuba-Matinhos está no estágio 1, o da Licença Prévia, com a segmentação para Licença Ambiental Simplificada. O próximo passo dentro do IAT é a emissão da Licença de Instalação (LI).

A partir da entrada do protocolo no órgão ambiental, pode variar de 90 a 180 dias, conforme o detalhamento e qualidade da documentação apresentada. A LI autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambientais.

Segundo o prefeito de Guaratuba, Roberto Justus, a ponte representa um salto qualitativo para os turistas que visitam as praias paranaenses durante a alta temporada, mas sobretudo a melhoria da qualidade de vida da população que reside nas duas cidades.

“Muito além de uma demanda dos veranistas que ficam nas filas da balsa durante um ou dois meses do ano, a ponte significa a integração do nosso Litoral e justiça social para a nossa população, que terá serviços melhores na segurança pública, saúde e educação. É uma melhoria na mobilidade que funciona como uma grande indutora de empregos e renda e fortalece a economia dos municípios do Litoral paranaense”, afirmou Justus.

PRESENÇAS – Também participaram do evento o chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega; os secretários estaduais das Cidades, Eduardo Pimentel; do Turismo, Márcio Nunes; da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara; da Comunicação, Cleber Mata; da Saúde, Beto Preto; da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Paraná, Fernando Furiatti; a primeira-dama, Luciana Saito Massa; os deputados estaduais Alexandre Curi, Hussein Bakri, Nelson Justus, Cloara Pinheiro, Luiz Fernando Guerra, Alisson Wandscheer, Denian Couto; os prefeitos de Matinhos, Zé da Ecler; Paranaguá, Marcelo Roque; e Pontal do Paraná, Rudão Gimenes; o ex-governador Orlando Pessuti; o representante do Consórcio Nova Ponte, Luciano Ribeiro Pizzato; secretários municipais e vereadores de municípios do Litoral.

Previsão de safra da Secretaria da Agricultura avalia impacto das chuvas nas lavouras

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As chuvas volumosas de outubro tiveram impacto principalmente nas lavouras do Sul do Paraná. Já na região Norte, onde a maior parte das principais culturas da safra 2022/2023 está colhida, não há registros significativos de perdas até o momento. As informações estão na Previsão Subjetiva de Safra (PSS) divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento.

Na região Sul do Estado, o impacto foi percebido especialmente na produção de cereais de inverno da safra 2022/2023, como o trigo e a cevada. De acordo com o Deral, esses cereais tiveram recuos importantes de produtividade. No caso do trigo, a estimativa de produção apontada no relatório deste mês reduziu em 300 mil toneladas comparativamente à previsão divulgada em setembro. Agora, estima-se a produção de 3,86 milhões de toneladas. A redução no potencial refletiu nos preços.

No Norte, de maneira geral, as lavouras apresentam bom estado. É o caso da mandioca e da cana-de-açúcar, por exemplo, que já têm aproximadamente 89% das áreas colhidas, e mais de 90% das áreas em boas condições. “Isso mostra uma situação que não foi crítica para o Norte do Estado até o momento, apesar das chuvas volumosas de outubro”, diz o agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.

A economista e chefe do Deral em exercício, Larissa Nahirny, destaca que, apesar da redução na produção de cereais de inverno, a safra 22/23 atingiu um bom desempenho, somando 45,9 milhões de toneladas. “Da mesma forma, são boas as perspectivas para o ciclo 2023/2024, se tivermos boas condições climáticas, pois até o momento a soja e o milho não apresentaram alterações significativas no potencial produtivo”.

SAFRA 2023/2024 – Nas culturas da safra 2023/2024 também foram registrados mais problemas nas lavouras do Sul do Estado, enquanto que a região Norte praticamente não sofreu impactos das intempéries climáticas. “Porém, os dados das perdas ainda não foram quantificados neste relatório”, completa Godinho.

Na região Norte, por exemplo, cerca de 81% do arroz irrigado está plantado e 100% das lavouras estão em boas condições, assim como a sericicultura. Já no Sul, onde se concentram culturas importantes como o feijão, a situação é menos positiva. Cerca de 79% do feijão estão plantados na região, com 83% das lavouras em boas condições, 17% em condições medianas e 1% em condições ruins, principalmente na região de União da Vitória. Neste último caso, de acordo com os técnicos do Deral, a redução na qualidade pode exigir que alguns produtores façam o replantio para recuperar as lavouras, ou mesmo deixem de produzir nessas áreas, o que poderia refletir em perda de produtividade.

TRIGO 22/23 – A estimativa da safra de trigo sofreu novo corte em outubro. Os números do Deral apontam que serão produzidas neste ano 3,86 milhões de toneladas na área de 1,41 milhão de hectares (já 84% colhida). Comparativamente, este volume é 17% inferior ao potencial inicial, de 4,6 milhões de toneladas e aproximadamente 300 mil toneladas inferior ao que apontava a estimativa de setembro.

De acordo com o Deral, as doenças foram determinantes para a queda da produtividade. Além disso, o excesso de chuvas em outubro colaborou para que não se atingissem produtividades melhores. Além da queda de volume produzido, houve perda de qualidade. “Com chuvas recorrentes e poucos dias de sol, foram poucos os produtores que conseguiram colher o trigo com a umidade de campo ideal, fator que resultou em grãos com aplicações mais restritas pela indústria moageira, ou mesmo trigos que serão direcionados para a alimentação animal”, diz o agrônomo do Deral.

Esse cenário teve pequenos reflexos no preço do trigo. O preço pago ao produtor pela saca de trigo de boa qualidade no dia 25 de outubro foi de R$54,00, especialmente nas regiões do Estado que encerraram a colheita. Este valor é 10% superior ao praticado há um mês (R$49,00) e mostra uma busca pelos trigos colhidos antes da chuva. Já os trigos para ração competem pelo mesmo mercado que o milho, que não teve alteração de preço no mesmo período.

CEVADA – As lavouras de cevada, que apresentavam boas condições, foram prejudicadas pelas chuvas. Na última semana, as condições das lavouras foram rebaixadas de 83% boas e 17% médias para 67% boas, 29% médias e 4% ruins, o que deve interferir na qualidade do produto a ser colhido. Atualmente, 32% da área está colhida. Praticamente metade do colhido foi retirada na última semana, em um momento que não era ideal, devido à umidade dos grãos nas lavouras. As produtividades também foram afetadas, e espera-se uma produção de 355,6 mil toneladas atualmente, 10% menor frente às 397 mil toneladas potenciais, segundo o Deral.

MILHO E SOJA 23/24 – O relatório mensal do Deral manteve praticamente inalterados a área e o volume de produção esperados para a primeira safra de milho e soja de 2023/2024. A expectativa é de que sejam plantados 314 mil hectares de milho e que resultem numa produção de 3,1 milhões de toneladas. O plantio chegou a 91% da área e a maioria das lavouras tem condição boa no campo.

Já na safra de soja são esperados o plantio de 5,8 milhões de hectares, com uma produção de 21,9 milhões de toneladas. “O plantio também avançou consistentemente e atingiu 58% da área total no Estado. As regiões Oeste e Centro-Oeste do Estado praticamente finalizaram o plantio, enquanto que a região Norte está a pleno vapor e o Sul começa a ganhar intensidade a partir desta última semana de outubro”, explica o analista do Deral Edmar Gervásio.

FRUTAS – No caso das frutas, os danos causados pelas chuvas nos pomares paranaenses já são observados pelos técnicos de campo, associados à dificuldade no controle de doenças, especialmente nas uvas, maçãs e tangerinas. “A expectativa de um comportamento mais regular do clima pode minimizar estes impactos para as próximas semanas, possibilitando na época oportuna a oferta de frutas de qualidade para o consumidor e remunerando satisfatoriamente os fruticultores”, diz o engenheiro agrônomo do Deral Paulo Andrade.

HORTALIÇAS – Até esta semana, cerca de 97% das lavouras da segunda safra de batata já foram colhidas, faltando apenas algumas áreas na região de Cornélio Procópio. “Nesta safra, não houve impacto do clima, porque as áreas a colher não sofreram tanto com as chuvas como a Região Metropolitana Curitiba, o Centro Sul e o Sudeste, por exemplo”, explica o engenheiro agrônomo Paulo Andrade.

A área da primeira safra de batata do próximo ciclo (2023/24) manteve-se em 14,6 mil hectares, e 94% já está plantada. Com relação à situação das lavouras, houve mudanças no último mês. Enquanto, no final de setembro, aproximadamente 98% da área tinha boas condições e somente 2% estavam em condições médias, com as chuvas, 4% das lavouras estão em condições ruins, 24% médias, e 72% estão boas. “Isso pode comprometer a cultura, mas como a safra ainda está em evolução, é preciso aguardar o comportamento do clima”, completa Andrade.

De acordo com o Departamento, a cebola também sentiu os efeitos da chuva. Cerca de 2% da área está em condições ruins, principalmente em Guarapuava, onde a colheita já iniciou. Os preços do produto no atacado tiveram um aumento de 122% neste mês, uma alta que supera apenas a da alface.

A segunda safra de tomate 22/23 está totalmente plantada e a colheita evoluiu 3% nesta semana. A produção, estimada em 93,9 mil toneladas, está próxima da expectativa inicial. O plantio da primeira safra evoluiu e chegou a 77% da área. A colheita também já iniciou, principalmente nas regiões Apucarana e Cornélio Procópio.

BOLETIM – Nesta quinta-feira foi divulgado também o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 20 a 26 de outubro. Além de analisar as principais culturas de grãos a campo, o documento trata da fruticultura paranaense, da produção de ovinos e dos custos de produção do frango.

Corpo de Bombeiros abre inscrições para curso de guarda-vidas civil voluntário

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O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) abriu 165 vagas para o curso de Guarda-Vidas Civil Voluntário, que permite que os alunos aprovados trabalhem nessa função, no Litoral e na região Noroeste do Estado, durante a temporada de verão 2023/2024. Para participar é preciso primeiro passar pelo teste seletivo. As inscrições, sem custo, devem ser feitas pela internet até o dia 5 de novembro.

É preciso ter entre 18 e 50 anos de idade até a data de início do curso, completado o Ensino Médio, e estar em dia com as obrigações eleitorais. O interessado não pode ter antecedentes criminais e nem ter sido desligado do programa nos últimos três anos por infração disciplinar. No momento da inscrição, terá que escolher entre duas modalidades oferecidas e, consequentemente, optar por um dos locais do curso.

“Esperamos que os candidatos venham extremamente motivados para exercer uma atividade que exige muito fisicamente, mas também preparados na questão emocional. Durante o curso, vamos prepará-los na parte técnica para executar a atividade de salvamento aquático”, explicou o major Eduardo José Slomp Aguiar, comandante do Centro de Ensino e Instrução (CEI) do Corpo de Bombeiros.

A modalidade “Águas Abertas” é voltada para o trabalho no mar, enquanto na “Águas Interiores” as instruções são direcionadas para ambientes como rios, lagos e represas. No primeiro caso, há 25 vagas para Matinhos e 25 para Guaratuba, 30 vagas para Pontal do Paraná e 15 para a Ilha do Mel. Assim, são 95 vagas disponíveis para as águas abertas, com previsão de 120 horas de curso de instrução – 8 horas/aula por dia, de segunda a sexta – e 300 horas de estágio (seis horas por dia).

As outras 70 vagas, com treinamento e atuação em água doce, estão divididas em três localidades. Paranavaí, com treinamento em Porto Rico, e Umuarama têm 30 vagas cada, enquanto Morretes abrigará 10 desses alunos. O período de instrução, nesse caso, é de 80 horas e o estágio de 120 horas.

Em Morretes, o curso ocorrerá somente nos dias de semana – 8 horas diárias; em Porto Rico (Paranavaí) serão 4 horas/aula no período noturno, de segunda a sexta, e 10 horas/aula no sábado e no domingo; e em Umuarama, 4 horas/aula de segunda a sexta, no período noturno, e 8 horas/aula no sábado e no domingo.

“Existe diferença entre as duas modalidades. A exigência de natação em mar aberto é pré-requisito para as águas abertas, desde o teste inicial até o curso, que é voltado para a realidade que a pessoa vai enfrentar durante o serviço voluntário. Nas águas interiores, o teste é na piscina e as aulas em águas interiores”, reforçou o comandante do CEI.

O processo seletivo é composto por dois testes de capacidade física: o de explosão, que envolve natação estilo livre, e o de resistência, que alterna corrida, natação e novamente corrida. Para participar dos testes é preciso apresentar atestado médico comprovando estar apto e atestado dermatológico para os testes em piscina – em Morretes, Paranavaí e Umuarama. Aqueles que forem aprovados nos exercícios terão que apresentar documentos e exames médicos (toxicológico e de esforço) para efetivarem a matrícula.

As datas dos exames seletivos variam conforme o local escolhido pelo candidato, ocorrendo entre 9 e 18 de novembro. O mesmo ocorre em relação ao início do curso em si. Em Guaratuba, Matinhos, Pontal do Paraná e na Ilha do Mel a abertura das atividades será em 28 de novembro – mesmo caso de Morretes. Já em Umuarama, a data para começo dos trabalhos é 13 de novembro. O curso em Porto Rico (Paranavaí) terá início no dia 17.

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná não oferece alojamentos para os integrantes do curso. Chegando à etapa de estágio, o aluno irá receber R$ 155,00 como ajuda de custo para cada dia trabalhado, que consiste em até seis horas por dia, além de fardamento.

REFORÇO – Os guarda-vidas civis atuarão como reforço ao trabalho dos bombeiros militares na prevenção de ocorrências e no atendimento a afogamentos no mar, rios e lagos. “Esperamos que a pessoa tenha habilidade de natação muito bem executada, mas também que esteja disposta a seguir as exigências da atividade. Tem que cumprir horários, estar atento, e ter preocupação com o público com que vai lidar”, disse o major Eduardo.

Durante todo o curso, os alunos estarão sujeitos a normas e determinações da corporação, podendo ser desligados a qualquer momento em caso de infrações que coloquem sua segurança ou de outros em risco, bem como adotar conduta que desabone a imagem da instituição.

Em União da Vitória, bombeiros militares preparam apoio à limpeza da cidade e residências

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O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) completou nesta quinta-feira (26) 20 dias de trabalho intenso em União da Vitória, município afetado com a cheia do Rio Iguaçu. As equipes atuaram na preparação da operação e depois em resgate e ajuda humanitária. Agora, junto com representantes do município, a força-tarefa prepara a limpeza da cidade e o retorno da população para suas residências, o que ainda depende das condições do tempo. Caso não haja nova elevação do nível do Rio Iguaçu, isso deve ocorrer a partir da próxima semana.

Atualmente, cerca de 30 bombeiros militares atuam com reforço de profissionais do Grupo de Operações de Socorro Tático (Gost), de Curitiba, que foram deslocados até a região. O Corpo de Bombeiros já estava envolvido nas medidas de preparação para lidar com as inundações mesmo antes dos temporais do início do mês, que fizeram o nível do Rio Iguaçu atingir picos acima de 8 metros, chegando a  8,38 metros, no dia 20 (sexta-feira).

CUIDADO MAIOR – Presente desde o início da operação, o comandante do 10º Subgrupamento de Bombeiros Independente, major Jorge Augusto Ramos, explica que nessa fase as pessoas precisam tomar um cuidado maior, protegendo mãos e pés para evitar infecções e doenças típicas de um pós-enchente.

“Vamos entrar numa fase mais delicada, na qual a comunidade fica apreensiva por conta do cenário, devido à sujeira e o lodo que se instalam após as inundações. Além da possibilidade de ter a presença de animais peçonhentos, que podem ter sido trazidos pela enxurrada e ficado dentro e embaixo das casas”, explicou. “Esse processo de limpeza deve levar entre 20 a 30 dias e contará com o suporte da corporação até o fim”, afirma.

O Corpo de Bombeiros vai fornecer apoio de materiais e caminhões de combate a incêndio, que serão utilizados para limpeza de ruas e prédios públicos.

Segundo o capitão André Schulmeister Fonseca, comandante da 3ª Seção de União da Vitória, que pertence ao 10° Subgrupamento de Bombeiros Independente (10º SGBI), a orientação é aguardar até o próximo fim de semana, quando as chuvas devem ser mais fortes e volumosas, para observar a reação do Rio Iguaçu.

“Pela medição da Copel, o rio está baixando de maneira contundente, já está a menos de 8 metros desde terça-feira. Se as chuvas do fim de semana não mudarem isso, podemos ter um retorno cauteloso dos moradores”, explica.

CONCENTRADO – O trabalho está concentrado em atividades de salvamento de animais e na prestação de ajuda humanitária, incluindo a entrega de cestas básicas, remédios e outros suprimentos para pessoas que estão ilhadas em suas casas. “Toda a gestão da operação tem sido feita em conjunto com a prefeitura da cidade. A parte não emergencial eles fazem a triagem e nos passam as demandas que precisam”, ressaltou o capitão.

Saúde alerta para importância da vacinação contra a pólio para evitar retorno da doença

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O Brasil não registra novos casos de poliomielite, conhecida também como paralisia infantil, desde 1.989 – no Paraná, o último diagnóstico ocorreu em 1.986. Não houve mais casos no país, porém, com a constante queda na taxa de coberturas vacinais, o retorno da pólio é uma preocupação.

Com objetivo de alertar os gestores de saúde e a população sobre a importância de manter o controle desta doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu a data de 24 de outubro como o “Dia Mundial de Combate à Poliomielite”.

A secretaria estadual da Saúde mantém permanente alerta sobre o risco de reintrodução do vírus causador da doença. “O fato de não haver registro de casos há mais de 30 anos causa a falsa sensação de segurança, mas é justamente quando baixamos a guarda em relação à vacina que a doença pode voltar a circular e acometer as crianças”, afirma o secretário da Saúde, Beto Preto.

A pólio é uma doença grave e contagiosa causada pelo poliovírus e pode provocar graves implicações no sistema nervoso central, como a atrofia e paralisia de membros, especialmente dos inferiores, causando paralisia principalmente em crianças. Há o risco de os músculos respiratórios também serem afetados, resultando até em óbito.

“A única forma de prevenção é a vacina, que é disponibilizada em todos os 399 municípios paranaenses, de forma gratuita pelo SUS. É muito importante que todas as crianças sejam vacinadas”, ressalta o secretário.

DADOS – A meta de imunização preconizada pelo Ministério da Saúde é de 95% para o público-alvo formado por crianças abaixo de 1 ano de idade. De acordo com dados do Programa Nacional de Imunização (PNI), em 2015 a cobertura da pólio no Paraná era de 97,39%. Porém, com o passar dos anos houve uma redução considerável, chegando a 80,75% em 2021.

No ano passado, os dados apontam que somente 84,12% das crianças abaixo de 1 ano receberam a dose do imunizante. Em 2023, o número parcial é de 92,61%.

Uma das formas de monitorar a circulação do vírus da poliomielite é por meio da notificação dos casos de Paralisia Flácida Aguda – que se caracteriza por paralisia nos membros inferiores e superiores, perda de força e de sensibilidade e que pode indicar poliomielite.

AÇÕES – No Paraná, a Sesa desenvolve ações de vigilância ativa da Paralisia Aguda Flácida em menores de 15 anos ou em pessoas de qualquer idade, com histórico de viagem ou contato com pessoas provenientes de países com circulação do Poliovírus nos últimos 30 dias que antecedem o início do déficit motor. Essas ações, como a notificação e coleta de amostras em tempo oportuno, garantem que o Paraná permaneça como área livre da circulação do vírus em todo seu território.

GOTINHA – No Brasil, a forma mais popular de imunização se dá pela vacinação oral, a famosa “gotinha”. De acordo com o calendário, a vacina oral contra a poliomielite é indicada para crianças de 15 meses e aos 4 anos de idade como dose de reforço. No entanto, necessita ser precedida da imunização com a vacina inativada (injetável) aos 2 meses (1ª dose), 4 meses (2ª dose) e 6 meses (3ª dose).

“Além da Campanha de Multivacinação, que segue em todo Estado até o próximo dia 28 de outubro, é muito importante enfatizar que todas as vacinas do Programa Nacional de Imunização (PNI), incluindo a vacina contra a poliomielite, estão disponíveis durante todo o ano nas 1.850 salas de vacinação distribuídas em todo Paraná”, finalizou o secretário.

Polícia Civil oferta vagas de estágio em União da Vitória e outros 39 municípios paranaenses

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A Polícia Civil do Paraná (PCPR) oferta 123 vagas de estágio para estudantes dos ensinos médio, técnico e superior em 40 municípios paranaenses. As inscrições estarão disponíveis a partir desta quarta-feira (25) até 23h59 do dia 31 de outubro.

Oitenta e oito vagas são do nível superior, 12 para pessoas de nível superior com deficiência, 15 para alunos do ensino médio regular e cinco para ensino médio e profissional integrado, além de três para nível técnico subsequente. As vagas de nível superior são voltadas para estudantes dos cursos de Direito, Informática, Psicologia e Arquitetura.

Os interessados devem preencher o formulário disponível no site da PCPR e se inscrever na vaga ofertada no site da Central de Estágios do Paraná. Os candidatos terão o histórico escolar analisado. Para cada uma das vagas, os três mais bem classificados pela média acadêmica e aprovados em análise curricular serão chamados para entrevista pessoal em uma unidade da PCPR.

São requisitos para candidatura o estudante ter idade mínima de 16 anos, possuir cadastro ativo e atualizado no site da Central de Estágios, não prestar estágio simultaneamente em mais de um órgão estadual, pertencer a uma das instituições de ensino conveniadas com o Governo do Paraná e não ter feito estágio de nível médio, técnico ou superior vinculado à Central de Estágio no prazo máximo de dois anos.

Para mais informações acesse www.policiacivil.pr.gov.br/estagio.

VAGAS – As cidades que possuem vagas abertas são: Curitiba, São José Dos Pinhais, Campo Largo, Rio Branco Do Sul, Colombo, Piraquara, Almirante Tamandaré, Alto Maracanã, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Pinhais, Quatro Barras, Paranaguá, Pato Branco, Foz do Iguaçu, Cascavel, Telêmaco Borba, Ponta Grossa, Lapa, Chopinzinho, Medianeira, Guaíra, Bandeirantes, Ubiratã, Dois Vizinhos, Arapoti, Clevelândia, Ortigueira, Palotina, Pontal do Paraná, Primeiro de Maio, Santa Helena, Arapongas, Maringá, Rolândia, Irati, Marechal Cândido Rondon, Araucária, Engenheiro Beltrão,  União da Vitória.

Santa Catarina lança primeiro Concurso Estadual de Queijos Artesanais

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Inscrições para o concurso estão abertas até 31 de outubro

Estão abertas as inscrições para o concurso que vai premiar os melhores queijos artesanais de Santa Catarina. Com o objetivo de valorizar e divulgar a qualidade e a diversidade desse alimento produzido em território catarinense, o Governo do Estado, por meio da Epagri, lançou o 1° Concurso Estadual dos Queijos Artesanais. O evento será realizado nos dias 29 e 30 de novembro, em Lages (SC).

A diversidade cultural e geográfica de Santa Catarina se revela em alimentos únicos, com riqueza de variedade e sabores. “Queremos reconhecer os melhores queijos artesanais de Santa Catarina, bem como toda a diversidade, tradição e inovação do setor queijeiro catarinense”, destaca Andréia Meira Schlickmann, extensionista da Epagri.

O concurso também busca fortalecer a cultura de consumo, orientar e informar o mercado sobre os diferentes laticínios que produzem queijo de alta qualidade, além de estimular os produtores a realizar melhoramento contínuo no processo de produção.

Inscrições abertas

As inscrições, gratuitas, estão abertas até 31 de outubro neste link. Podem se inscrever no concurso as agroindústrias de laticínios e queijarias localizadas em Santa Catarina, sob inspeção oficial do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), do Serviço de Inspeção Estadual (SIE), do Serviço de Inspeção Federal (SIF/SISBI) e que atendam às demais normas do regulamento. Serão aceitos queijos produzidos com leite cru ou pasteurizado, assim como queijos de leite de vaca, cabra, ovelha ou búfala.

Há três categorias para inscrição: ‘queijo artesanal colonial’ (com ou sem tempero, ao vinho), ‘outros queijos artesanais tradicionais’ (Serrano, Diamante, Kochkäse) e ‘queijos artesanais autorais’.

Queijos artesanais

O regulamento do concurso considera queijos artesanais são aqueles produzidos em pequena escala (até 100kg/dia) e os queijos produzidos de forma artesanal, elaborados com predominância de leite de produção própria ou de origem determinada, resultantes de técnicas predominantemente manuais. Também estão enquadrados os queijos certificados com Selo Arte em SC.

Premiação

De acordo com a pontuação, os queijos premiados receberão medalha de ouro (95 a 100 pontos), medalha de prata (90 a 94 pontos) e medalha de bronze (84 a 89 pontos). O vencedor da Medalha Super Ouro será eleito entre os medalhistas Ouro. A premiação ocorrerá no dia 30 de novembro em Lages, quando as agroindústrias vencedoras receberão o certificado de premiação.

Comissão técnica e jurados

A comissão técnica do 1° Concurso Estadual dos Queijos Artesanais de Santa Catarina conta com profissionais com capacitação técnica em análise sensorial e conhecimento técnico do processo produtivo de lácteos. Profissionais ligados ao setor, como técnicos, lojistas, chefs de cozinha, entre outros, integrarão o júri.

Serviço

Mais informações: Andréia Meira Schlickmann, extensionista da Epagri na Gerência Regional de Lages: (49) 3289 6426.

Ceasa de Curitiba doa 12 toneladas de alimentos para União da Vitória e Rio Negro

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Em uma ação coordenada pelo Governo do Paraná e o Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado do Paraná (Sindaruc), a Ceasa Curitiba fez nesta quarta-feira (11) uma doação de quase 12 toneladas de alimentos para as cidades União da Vitória e Rio Negro, que foram bastante atingidas pelas chuvas e cheias nos rios desde o último final de semana. A ação foi realizada pelos permissionários, produtores rurais e coordenadores do Programa Banco de Alimentos – Comida Boa.

Um caminhão da Defesa Civil será utilizado para fazer o transporte. Foram doadas diversos tipos de frutas, legumes, verduras, hortaliças, além de alimentos industrializados (sucos, molhos e processados) e materiais de higiene pessoal.

Paulo da Nova, diretor agrocomercial da Ceasa Paraná, disse que essa é uma ação muito importante na área socia. “Calculamos em torno de 12 toneladas de alimentos, que foram doados tanto pelo Sindaruc, que representa os atacadistas, mas também pelos produtores. Reunimos esforços para ajudar dois municípios que precisam muito nesse momento”, explicou.

O presidente do Sindaruc, Paulo Salesbram, agradeceu aos permissionários e produtores. “As famílias já sofreram muito, muitas perdas, e essa é uma maneira de levar comida de qualidade. A Ceasa é uma grande central de abastecimento, uma das maiores do Brasil, com circulação de milhares de toneladas de alimentos todos os dias, e sentimos que precisávamos ajudar”, complementou.

COMIDA BOA – O Banco de Alimentos – Comida Boa coleta alimentos não comercializados pelos atacadistas e produtores rurais, mas em boas condições de consumo, os transforma em molhos, sopas, sucos e processados e, depois, repassa esses alimentos já devidamente embalados e prontos para consumo para creches, orfanatos, hospitais públicos, entre outras instituições. Em 2022, o Banco de Alimentos Comida Boa distribuiu 5,85 mil toneladas de hortigranjeiros para entidades assistenciais, média mensal de 487 toneladas.

Condições do tempo transfere para novembro a edição de 2023 da Fire Fest Integração

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O capitão Marcos Luciano Colla, comandante do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, sediado em Porto União, informa que “considerando as condições meteorológicas atuais resolvemos transferir a Fire Fest Integração, para os dias 10, 11 e 13 de novembro”.

“Entramos em contato com a empresa responsável pela cronometragem das provas esportivas e já foi confirmada a nova data. Pedimos desculpas por qualquer inconveniente que isso possa causar, mas nossa prioridade é garantir a segurança e a diversão de todos os participantes”, informa o comandante.

E ainda agradece “a compreensão de todos e esperamos ansiosamente vê-los em nossas comemorações em novembro e fiquem atentos para mais informações e detalhes atualizados sobre o evento, incluindo a programação completa e quaisquer alterações adicionais que possam surgir”.

E termina a informação esperando contar “com a presença de cada um de vocês para tornar a Fire Fest Integração um sucesso ainda maior nesta nova data. Juntos, faremos deste evento uma experiência diferente”, conclui a nota de transferência das datas do já tradicional e consagrado evento pela população das cidades irmãs.

Por Ivo Dolinski

Pedágio Solidário da APAE de Porto União acontece neste sábado

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A equipe da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Porto União, já está finalizando a organização para o Pedágio Solidário, que está marcado para o sábado, 7 de outubro, nas principais vias da cidade de Porto União. A instituição conta com o apoio da sociedade para que as atividades na APAE tenham continuidade.

O Pedágio Solidário, faz parte da programação da APAE de Porto União, e também é uma grande oportunidade de a sociedade conhece melhor o que é desenvolvido pela instituição em prol das pessoas de Porto União, União da Vitória, Matos Costa e Calmon, que é a área de abrangência da APAE. Neste dia também ocorrerá uma apresentação no centro da cidade, com o Coral Amor Especial, com a voluntária e maestrina Gisa Storck e o valor que é arrecadado também é direcionado para as ações da música da APAE de Porto União.

Segundo a organização do Pedágio Solidário da APAE, já foi feita a comunicação dos pontos que ocorrerá as abordagens aos condutores e pedestres que queiram ajudar a instituição, sendo os seguintes pontos: rua Matos Costa e Prudente de Morais em frente as Farmácias Santa Terezinha e Trajano. Outro ponto na rua Sete de Setembro na esquina da loja Leon Calçados. No bairro São Pedro na avenida João Pessoa na frente da loja Chitko Informática e no bairro Santa Rosa na avenida Expedicionário Edmundo Arrabar próximo do Supermercado Chipitoski.

O apoio da comunidade no Pedágio Solidário, faz toda a diferença em prol do serviço que é feito para os 162 alunos matriculados. A sociedade também pode ajudar a instituição não só no dia do Pedágio, podendo fazer contato com a Central de Doações pelo telefone (42) 3522 23 87 pelo site da APAE no endereço www.apaeportouniao.org.br ou indo até a APAE na avenida João Pessoa nº 619 centro com atendimento de segunda a sexta-feira das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Toda a equipe da APAE conta com o seu apoio e espera você e sua família no Pedágio Solidário no dia 07 de outubro!

Dia da Abelha: Poliniza Paraná alcança 205 meliponários em todo o Estado

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No Dia Nacional da Abelha, comemorado nesta terça-feira, 03 de outubro, o Instituto Água e Terra (IAT), junto com a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), destaca os resultados do programa Poliniza Paraná, que disponibiliza a instalação de estruturas para a criação de seis espécies de abelhas nativas sem ferrão. Desde 2022, foram implementadas mais de 200 estruturas com as colmeias, um investimento de cerca de R$ 300 mil.

Em outubro, o programa alcançou a marca de 205 meliponários (caixas de madeira em que as abelhas são criadas) distribuídos por todo o Paraná. O programa busca a preservação da biodiversidade local , pois as abelhas são responsáveis pela polinização de aproximadamente 90% das espécies vegetais da Mata Atlântica, principal bioma do Paraná.

O projeto está inserido atualmente em 25 parques urbanos, com 135 meliponários, e 10 Unidades de Conservação (UCs) do Estado, com 70, além de pontos específicos como o Palácio Iguaçu, sede do governo estadual, em Curitiba. As colmeias contam com seis diferentes espécies nativas do Estado, todas sem ferrão: Mandaçaia, Mirim, Manduri, Guaraipo (que corre risco de extinção), Tubuna e Jataí.

“Os jardins do Poliniza Paraná chamam a atenção de toda a população, especialmente das crianças, para a importância de cuidar do meio ambiente”, destaca o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.

Em todo o mundo, há mais de 20 mil espécies de abelhas. A maioria tem comportamento solitário, mas existem aproximadamente 420 tipos diferentes de abelhas sociais nativas sem ferrão, e 300 dessas são encontradas no Brasil.

“Entre os objetivos do programa também está reintroduzir polinizadores nativos em seus locais de origem, já que muitos se encontram ameaçados de extinção. Além disso, despertar na sociedade a consciência ecossistêmica e a compreensão do funcionamento harmonioso da natureza”, afirma o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto.

 

POLINIZA PARANÁ – O Poliniza Paraná é feito em conjunto com o programa Parques Urbanos, outra iniciativa da Sedest e do IAT, para que as colmeias sejam instaladas nos parques que estão sendo implantados nos municípios paranaenses.

Iniciado em janeiro do ano passado, o projeto consiste na construção de jardins para criação de abelhas sem ferrão em diversas cidades. Até agora, 27 cidades já receberam o projeto: Andirá, Arapongas, Assaí, Brasilândia do Sul, Califórnia, Cambará, Campo Mourão, Cianorte, Cidade Gaúcha, Cornélio Procópio, Corumbataí do Sul, Flor da Serra do Sul, Kaloré, Maringá, Marquinho, Marumbi, Moreira Sales, Quatiguá, Querência do Norte, Santa Cecília do Pavão, Santa Cruz de Monte Castelo, Santo Antônio da Platina, Santo Antônio do Sudoeste, São João e Sapopema.

Já as Unidades de Conservação que receberam o programa a partir deste ano foram: Estação Ecológica Ilha do Mel; Monumento Natural Salto São João; Parque Estadual do Monge; Parque Estadual Lago Azul; Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo; Floresta Estadual Metropolitana; Parque Estadual de Campinhos; Parque Estadual do Guartelá, Parque Estadual do Palmito; e Parque Estadual de Vila Velha.

“Ainda para esse ano está prevista a realização de treinamento para os gestores das UCs contempladas nessa primeira fase do projeto, de modo a capacitá-los para fazer adequadamente a manutenção e a manejo das colônias”, explica a bióloga do projeto Pró-Bio do IAT, Tauane Ingrid.

O Poliniza Paraná é um dos meios de se alcançar as metas definidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, principalmente relacionado ao objetivo 15 – Vida Terrestre. O programa que une conservação, educação ambiental e sustentabilidade também pretende transformar o Paraná em referência na preservação das abelhas nativas, chamadas de melíponas.

Em 2022, o sucesso do projeto garantiu o 2º lugar no 9º Prêmio A3P, na categoria “Destaque da Rede A3P”, concedido pelo Programa Agenda Ambiental na Administração Pública, do Ministério do Meio Ambiente. O prêmio reconhece o mérito de iniciativas de organizações pública na promoção e realização de melhores práticas de sustentabilidade.

 

PARQUES URBANOS – O Projeto Parques Urbanos é uma parceria do IAT com as prefeituras que incentiva a criação de parques em regiões de fundo de vale ou áreas com ações erosivas. Uma das características comuns às áreas de fundo de vale é a presença de recursos hídricos, o que aponta para a existência de Áreas de Preservação Permanente Ecológica (APP).

Desde 2021, os municípios interessados em participar do Parques Urbanos precisam cumprir a obrigatoriedade de instalar ao menos cinco colmeias e um hotel para abelhas solitárias na área restaurada, a fim de contribuir para com a preservação e aumento populacional das abelhas.

VEREADOR PEDE SUSPENSÃO DE MULTAS DOS RADARES DO MUNICÍPIO

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O Vereador Alex de Anastácio que abordou assunto relacionado ao trânsito de bicicletas e veículos no Distrito de São Cristóvão e Anderson Cripa Luís Cardoso (PROS). Diversas proposições já foram acolhidas unanimemente pelos EDIS a respeito do assunto “radar”, instalado em número significativo, e, segundo os representantes do povo, estão à desejar, apresentando diversos questionamentos, principalmente: ausência de sinalização devida e estrutura, velocidade inadequada, ausência de resposta quanto ao estudo técnico para implantação.

O Vice-Presidente, Vereador Anderson Cripa Luis Cardoso (PROS), utilizou a palavra do grande expediente na Tribuna Popular, falando sobre o tema mais comentado na Câmara Municipal já há algum tempo, ele solicitou através de requerimento, a suspensão imediata da emissão de multas pelos radares do Município, até que seja regularizada a situação de um convênio do Executivo, que visa conceder um desconto de 40% no sistema de notificação eletrônica.

Defesa Civil alerta para temporais e chuva volumosa para Santa Catarina

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A Defesa Civil de Santa Catarina emitiu dois avisos meteorológicos para o estado: um sobre temporais e o outro sobre chuva volumosa, estas condições ocorrem devido a uma atuação de frente fria que se aproxima. Entre a tarde de terça-feira, 3, e a madrugada de quarta, 4, estão previstos temporais em todo o estado, acompanhados de rajadas de vento e chuvas intensas. Nas áreas em laranja do mapa, o risco é alto para ocorrências como destelhamentos, queda de árvores, danos a rede elétrica, e alagamentos. Já nas áreas em amarelo o risco é moderado para ocorrências.

Já para quarta-feira, 4, a previsão indica chuva volumosa em Santa Catarina, podendo registrar acumulados acima de 100 mm nas áreas em laranja do mapa, incluindo, também, as áreas da Grande Florianópolis, Alto Vale do Itajaí, Planalto Sul e Grande Oeste. Nas regiões em laranja, o risco é alto para enxurradas e deslizamentos, já nas áreas em amarelo o risco é moderado.

Fique atento aos riscos

-Evite o contato com as águas e não dirija em locais alagados;

-Evite transitar em pontilhões e pontes submersas;

-Cuidado com crianças, idosos e animais próximos aos rios e ribeirões;

-Se afaste de postes e árvores;

-Fique atento a qualquer movimento de terra ou rochas próximo a sua residência;

-Fique atento às rachaduras em muros ou paredes.

Avisos e Alertas da Defesa Civil

Para receber os avisos e alertas da Defesa Civil de Santa Catarina por SMS, cadastre-se com seu celular. Basta enviar o CEP de sua cidade (com ou sem hífen ou espaço) por SMS para o número 40199. Para inserir mais de um CEP a ser monitorado, basta repetir o procedimento.

Em caso de emergência, ligue 199 para a Defesa Civil de seu município, 193 para o Corpo de Bombeiros Militar ou 190 para a Polícia Militar. Além disso, acompanhe diariamente os avisos e boletins de previsão do tempo devido às constantes atualizações nos modelos meteorológicos.

Contato para imprensa:
Thuana Raimondi | Assessoria de Comunicação Defesa Civil de Santa Catarina
ascom@defesacivil.sc.gov.br

Vamos registrar a Memória Ferroviária?

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Quando se pensa em patrimônio ferroviário, automaticamente se relaciona a bens materiais (estações, casas, oficinas, cooperativas, escolas, clubes) porém, o patrimônio ferroviário vai além, pois a ferrovia é também composta por pessoas. Essas pessoas trabalharam na ferrovia por anos em várias áreas (tração, manutenção, oficinas, estação, conservação e diversas outras funções) e suas histórias de vida na ferrovia não podem cair no esquecimento, essas pessoas são a história da ferrovia!

Sou Grasiéle Aparecida da Costa Ferreira Peters, neta, filha, sobrinha, irmã, nora, cunhada e esposa de ferroviário, pesquisadora e entusiasta sobre a preservação do patrimônio ferroviário em Santa Catarina, principalmente através das narrativas de trabalhadores e familiares de ferroviários. Moro em Mafra-SC, onde iniciei minhas pesquisas ainda na graduação em História e posteriormente no mestrado. Atualmente estou cursando o doutorado e minha pesquisa tem o recorte geográfico da ferrovia do Contestado, conto com o apoio de entusiastas assim como eu para que a história de trabalhadores ferroviários e seus familiares seja registrada contribuindo para a historiografia da região.

Trata-se de uma pesquisa com objetivo de potencializar a preservação do patrimônio ferroviário através das lembranças de trabalhadores ferroviários, tenho pesquisas na mesma temática publicadas, onde os entrevistados foram trabalhadores da Ferrovia Mafra-Lages.

Que tal contribuir para a história da ferrovia na região do contestado?

Se você trabalhou na ferrovia do contestado (independente da função/atividade) e/ou é familiar direto de trabalhadores e quer continuar para esse legado histórico, entre em contato. Vamos registrar e divulgar essa história. O trabalhador ferroviário merece esse reconhecimento!

Você que morou/mora próximo a ferrovia e quer participar, também será bem-vindo!

Telefone/whats: (47) 99921-2724

e-mail: grasihistoria@gmail.com

Instagram: grasiele_peters

Conheça as sete Indicações Geográficas de SC

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A Indicação Geográfica (IG) é uma certificação concedida a produtos com características únicas, que os diferenciam dos similares no mercado. Ter uma IG significa que o produto só tem aquelas propriedades porque sua elaboração é influenciada por características ambientais ou culturais de determinada região.

A obtenção da IG requer a confecção de uma série de estudos que vão compor um dossiê. Esse documento é encaminhado ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que é a entidade responsável por conceder a certificação. A Epagri atua como animadora dos processos de obtenção das IGs em Santa Catarina e é responsável por fazer as delimitações geográficas, a caracterização do clima e solo da região, entre outras ações. Todo o trabalho para obtenção de IG é realizado em parceria entre instituições, como o Sebrae, universidades e os produtores.

Santa Catarina conta atualmente com sete Indicações Geográficas, todas obtidas com apoio da Epagri.

Uva Goethe 

Quando os imigrantes italianos produziram as primeiras garrafas do vinho Goethe em Santa Catarina, há mais de 120 anos, não podiam imaginar que aquela bebida, fruto de tradições antigas adaptadas às condições do Brasil, se tornaria tão importante. O produto ganhou identidade própria nos vales dos rios Urussanga e Tubarão, no Sul do Estado, e em 2011 se transformou na primeira Indicação Geográfica de Santa Catarina: Vales da Uva Goethe.

Os fatores climáticos e geográficos do território, somados às características culturais dos povoadores vindos do norte da Itália, onde os vinhos brancos aromáticos são tradicionais, formaram a tipicidade do vinho Goethe da região. O registro abrange Urussanga, Pedras Grandes, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Nova Veneza, Içara, Treze de Maio e Orleans.

Banana de Corupá

A banana produzida nos municípios de Schroeder, Corupá, Jaraguá do Sul e São Bento do Sul é reconhecida como a mais doce do Brasil. Graças a essa e outras características, a Banana da Região de Corupá detém a Indicação Geográfica na modalidade Denominação de Origem. O sabor se deve à combinação de clima, relevo e temperatura. Com tempo maior para se desenvolver e amadurecer, a banana acumula mais minerais e açúcares. Além de ter o diferencial do sabor, ela também se destaca pela cultura e pelo modo de produção.

Com a Indicação Geográfica, os bananicultores da região podem utilizar o selo em seus produtos, desde que sigam um regulamento de produção, que dá aos consumidores garantia da qualidade diferenciada da fruta. O processo para certificação foi baseado em dossiês técnicos e científicos da Epagri/Ciram e da UFSC, com estudos sobre as condições naturais, a cultura e a história da região de Corupá, além das características da banana.

Queijo artesanal serrano 

A história do queijo artesanal serrano remonta a 1730, com o início do tropeirismo em Santa Catarina e o surgimento das primeiras propriedades rurais na Serra Catarinense. O produto reúne características únicas e o “saber-fazer” que atravessou o Atlântico com os portugueses. A região produtora abrange 18 municípios de Santa Catarina e 16 do Rio Grande do Sul.

Mais de 2 mil famílias catarinenses produzem esse queijo. Ele é feito com leite de vacas de raças de corte ou mista alimentadas basicamente com pastagens nativas e tem maior percentual de gordura. A produção ocorre em propriedades que se dedicam à pecuária de corte, com métodos tradicionais, mão-de-obra familiar e reduzido padrão tecnológico.

A busca pela Indicação Geográfica iniciou em 2009 por iniciativa da Epagri e de uma rede de instituições. O processo foi concluído em março de 2020, quando o INPI concedeu para o produto a Indicação Geográfica Campos de Cima da Serra na modalidade Denominação de Origem.

Vinhos de altitude 

A qualidade dos vinhos de altitude catarinenses, reconhecida pelas características de solo, altitude, clima da região e também por variedades de uvas e técnicas de cultivo aplicadas, resultou na Indicação Geográfica Vinhos de Altitude de Santa Catarina, concedida em junho de 2021.

O selo do INPI reconhece os Vinhos de Altitude produzidos no municípios de Rancho Queimado, Anitápolis, Alfredo Wagner, Bom Retiro, Urubici, Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Urupema, Painel, Lages, Capão Alto, Campo Belo do Sul, São José do Cerrito, Vargem, Brunópolis, Curitibanos, Frei Rogério, Monte Carlo, Tangará, Fraiburgo, Pinheiro Preto, Videira, Rio das Antas, Iomerê, Arroio Trinta, Santo Veloso, Treze Tílias, Macieira, Caçador, Vargem Bonita e Água Doce.

Os produtos reconhecidos são os vinhos finos, vinhos nobres, vinhos licorosos, espumante natural e vinho moscatel, e o brandy de Santa Catarina. São mais de 300 hectares de área cultivada, e mais de 1 milhão de garrafas produzidas anualmente.

Mel de melato da bracatinga 

A cada dois anos, nos anos pares, os bracatingais do Sul do Brasil são infestados por cochonilhas, que se fixam no tronco das árvores e se alimentam da seiva, excretando um líquido adocicado, o melato. Este líquido, que fica depositado nas partes externas da planta, é utilizado como matéria-prima pelas abelhas da espécie Apis mellifera e, a partir dessa associação, é elaborado o mel de melato de bracatinga.

Esse fenômeno ocorre apenas em áreas com altitudes acima de 700 metros no Planalto Sul Brasileiro, em condições específicas de clima e geografia. Graças a essas singularidades, Santa Catarina conquistou, em julho de 2021, a Indicação Geográfica do Mel de Melato da Bracatinga do Planalto Sul Brasileiro, na categoria Denominação de Origem . Ela abrange uma área de 134 municípios, sendo 107 de Santa Catarina, 12 do Paraná e 15 do Rio Grande do Sul.

O mel de melato da bracatinga é mais escuro e amargo que o mel silvestre. Por isso, durante muito tempo não foi valorizado no Brasil. Foi a partir do envio de amostras para a Alemanha, que houve o reconhecimento da qualidade desse mel típico da região do Planalto Sul Brasileiro.

Maçã Fuji 

A Indicação Geográfica da Maçã Fuji da Região de São Joaquim veio em agosto de 2021 e abrange uma área de 4.928 km² nos municípios de São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Urupema, Urubici e Painel.

A maçã Fuji produzida na região de São Joaquim destaca-se por suas características únicas de cor, formato e sabor, entre outras. A elevada altitude da região delimitada pela IG (acima de 1100 metros) é fator determinante para essas diferenciações.

O clima tipicamente mais frio da região de São Joaquim resulta em ciclo vegetativo mais longo com floração antecipada e colheita mais tardia, possibilitando a formação de frutos com maior tamanho e peso. Maçãs Fuji submetidas a temperaturas mais baixas nas semanas que antecedem a colheita são mais suscetíveis à ocorrência de pingo de mel, distúrbio fisiológico que deixa o fruto mais doce.

Estes diferenciais fazem a maçã Fuji da Região de São Joaquim ser considerada uma das melhores do mundo, possuindo um amplo mercado consumidor.

Erva-mate

Indicação Geográfica da erva-mate SC

A Erva-mate do Planalto Norte Catarinense recebeu em maio de 2022 Indicação Geográfica na categoria Denominação de Origem (DO). Ela se difere das outras em decorrência, principalmente, do modo de produção. Trata-se de uma erva nativa, produzida sob a sombra de araucárias e outras árvores da vegetação local. Esta área de cultivo é chamada pelos produtores de caíva. Além de preservar um saber-fazer de gerações dos povos indígenas, dos caboclos, dos tropeiros e de imigrantes europeus, a produção em área caíva também é mais sustentável, uma vez que há pouca intervenção humana no ambiente.

O sombreamento proporcionado pela mata tem papel fundamental durante no inverno, formando uma barreira contra as perdas de radiação e os ventos, contribuindo para a conservação de calor no solo e no ar, e mantendo a umidade necessária aos ervais. A região também apresenta a menor insolação anual de Santa Catarina.

O resultado desta combinação é uma erva-mate mais doce e menos amarga quando comparada às amostras das outras regiões. Ela também possui folhas mais verdes, pela maior presença de clorofila, e maior teor de cafeína.

A IG abrange os municípios de Bela Vista do Toldo, Canoinhas, Irineópolis, Mafra, Major Vieira, Matos Costa, Monte Castelo, Papanduva, Porto União, Rio Negrinho, Timbó Grande, Três Barras e parcialmente os municípios de Caçador, Calmon, Campo Alegre, Itaiópolis, Lebon Régis, Santa Cecília, Santa Terezinha e São Bento do Sul.

Por: Gisele Dias, jornalista Epagri