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Nacional- Pág 118

Governo pode economizar R$ 18 milhões com corte de jornais e revistas

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O Ministério da Economia espera reduzir despesas em R$ 18 milhões por ano com a suspensão de contratação do serviço de ascensoristas e assinatura de jornais e revistas.

A suspensão foi publicada em portaria no Diário Oficial da União, no último dia 23.

A Portaria 179 também suspendeu a compra e o aluguel de imóveis e veículos. Segundo o ministério, nesse caso não há previsão de economia porque essa suspensão já era prevista e adotada em anos anteriores.

De acordo com a pasta, a exceção é para imóveis destinados à reforma agrária e para os administrados pelo Ministério da Defesa ou pelos comandos da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, e tanbém para a compra de carros de representação para uso exclusivo do presidente e do vice-presidente da República; a prorrogação contratual e as despesas relacionadas a censo demográfico ou agropecuário e a ações de defesa civil.

Segundo a portaria, em caso de “relevância e urgência, excepcionalidades pontuais”, poderão ser autorizadas por ato fundamentado da autoridade máxima do órgão.

“As solicitações deverão ser encaminhadas pela Secretaria Executiva do respectivo ministério interessado à Secretaria Executiva do Ministério da Economia para análise, acompanhadas de justificativas fundamentadas quanto à projeção de gasto até o término do exercício e dos aspectos de economicidade, relevância e urgência, até o dia 30 de novembro de cada ano”, diz a portaria.

Caberá ao ministro da Economia, Paulo Guedes, autorizar as contratações.


Source: Agência Brasil

Agrotóxicos encurtam vida e mudam comportamento das abelhas

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Nova pesquisa sobre efeito dos agrotóxicos em abelhas mostrou que um tipo de inseticida, mesmo quando usado em doses não letais, encurtou o tempo de vida dos insetos em até 50%. Os pesquisadores observaram ainda que uma substância fungicida considerada inofensiva para abelhas mudou o comportamento das operárias, deixando-as letárgicas, o que pode comprometer o funcionamento de toda a colônia.

O estudo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo (Fapesp), investiga o fato, já conhecido, de que diversas espécies de abelhas estão desaparecendo no mundo todo. No Brasil, o fenômeno tem sido observado pelo menos desde 2005 e está diretamente ligado ao uso de agrotóxicos, diz o professor Osmar Malaspina, pesquisador do Centro de Estudos de Insetos Sociais do Instituto de Biociências da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

colmeia saudável,abelhas vivas e produzindo

Colmeia saudável, com abelhas produzindo – Aldo Machado dos Santos/Direitos Reservados

Segundo Malaspina, que participou da pesquisa, na maior parte dos casos, as colmeias desaparecem de 24 a 48 horas, o que é um indicativo de contaminação por inseticida. “Não existe nenhuma doença capaz de matar uma colmeia inteira em 24 horas. Só inseticidas podem provocar isso”, afirmou.

“Fizemos um levantamento no estado de São Paulo nos últimos três anos, mandamos fazer análises dos produtos e das abelhas mortas para ver se tinha resíduo desses produtos e comprovamos que, nesses casos de mortalidade em massa, a grande maioria foi provocada por inseticidas”, informou o professor.

Os ingredientes ativos investigados na nova pesquisa foram a clotianidina, inseticida usado para controle de pragas nas culturas de algodão, feijão, milho e soja, e o fungicida piraclostrobina, aplicado nas folhas da maioria das culturas de grãos, frutas, legumes e vegetais.

Os testes de toxicidade de agrotóxicos foram realizados em concentrações realistas, como as encontradas residualmente no pólen das flores. Os pesquisadores disseram que os agrotóxicos em grandes concentrações dizimariam colmeias quase imediatamente, mas ressaltaram que o objetivo do estudo é descobrir a ação residual dos agrotóxicos sobre as abelhas, mesmo em concentrações muito baixas e teoricamente não letais.

Resultados

No caso das larvas de abelhas alimentadas com dieta contaminada pelo inseticida clotianidina em baixíssima concentração, os insetos apresentaram tempo de vida drasticamente menor, de até 50%. Já entre as larvas alimentadas com a dieta contaminada pelo fungicida piraclostrobina, quando adultas, as operárias sofreram mudança em seu comportamento, tornando-se mais lentas.

“Se você colocou uma dose baixa desse fungicida e ele teoricamente é inofensivo, a abelha vai ingerir aquela dose, mas não vai morrer, como morreria se fosse o inseticida. Mas isso não significa que não esteja prejudicando a colônia, isso já é suficiente para mudar o comportamento dela”, disse o pesquisador.

Colmeia morta por contaminação por inseticida

Colmeia morta por contaminação por inseticida – Aldo Machado dos Santos/Direitos Reservados

As operárias jovens fazem inspeções diárias na colmeia, o que faz com que percorram certa distância e se movimentem bastante dentro da colônia. Nos testes, verificou-se que, no caso das abelhas contaminadas tanto pelo fungicida sozinho ou associado ao inseticida, a distância percorrida e a velocidade foram muito menores.

“Então a abelha, por exemplo, se perde no campo, não acha mais o caminho da colônia, e a velocidade que ela voa e a distância são muito menores. Ela não vai coletar alimento direito, vai se perder e, após um período, a colônia acaba sofrendo um colapso e morrendo. Eles [fungicidas] foram feitos para matar fungos, mas acabam matando as abelhas também”, lamentou Malaspina.

Os efeitos do fungicida pode ser, segundo os pesquisadores, um dos fatores que contribuem para a extinção em massa de abelhas.

Impactos econômicos

No Rio Grande do Sul, entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, foi registrada a perda de cerca de 5 mil colmeias, o que equivale a 400 milhões de abelhas. Há um impacto econômico previsto, porque, além de afetar a produção de mel, grande parte da agricultura depende do trabalho de polinização realizado pelas abelhas. A dificuldade na polinização de diversas culturas traz perdas não só para a produção de alimentos e commodities, mas para a biodiversidade.

O professor ressalta que algumas culturas que são afetadas de forma drástica pela falta de polinização das abelhas. “Tem culturas que são extremamente dependentes das abelhas, como o melão e a maçã. Se você não tem abelha, não tem melão, nem maçã. Outras culturas, como a laranja, são parcialmente dependentes. Se tiver abelha, aumenta a produção de laranja em até 40%, são valores extraordinários.”

“Na cultura de soja, você aumenta até 10% [a produção]. Imagina o tamanho desse país, a quantidade de soja que é produzida no Brasil. Você aumenta a produção em até 10% sem desmatar um hectare de terra, simplesmente com uso dos serviços ambientas prestados pelas abelhas”, estimou Malaspina.

Ele destaca que, no Brasil, as monoculturas de soja, milho e cana dependem do uso intensivo de inseticidas. A contaminação das colônias de abelhas ocorre quando, por exemplo, os agricultores não respeitam uma margem de segurança mínima – são recomendados 250 metros – na aplicação de defensivos agrícolas entre as lavouras e as áreas florestais que as margeiam. explica. “Tem gente que aplica produtos químicos até o limite da floresta.”

Apicultura ameaçada

Há dois anos, o apicultor Aldo Machado dos Santos, chegou a perder 500 colmeias, de um total de 3 mil, por uso indevido de inseticidas em uma plantação de soja vizinha. Segundo o produtor, o inseticida que deveria ser usado apenas nas sementes, acabou contaminando as flores no campo e, consequentemente, contaminaram as abelhas. “Na época, eu recebi um laudo que mostrava um prejuízo de R$ 810 por colmeia. Foi uma perda total de mais de R$ 400 mil.”

Filho de pequeno produtor de fumo, Aldo foi para a região do Pampa no Rio Grande do Sul para investir na apicultura. “Quando eu vi a quantidade de veneno que tinha no fumo e que estavam desaparecendo as abelhas na região, não encontrava mais um fio de mel puro naquela época, eu comecei a criar abelha.”

Cultivo de abelhas em comunidade

Cultivo de abelhas em comunidade – José Cruz /Agência Brasil

“Saí da região onde eu estava trabalhando, porque lá tinha muito veneno, e vim para uma região considerada pobre, mas muito rica em pasto apícola [flora visitada pelas abelhas]. Até hoje consigo sobreviver tranquilo da apicultura”, disse Aldo, que tem uma produção 150 toneladas de mel por ano.

Apesar da fuga da produção de fumo, a monocultura da soja chegou bem perto do apicultor. “Hoje a soja se tornou aqui uma monocultura, é muito forte, é a principal atividade econômica da região. Em segundo lugar, vem o arroz. A soja vem com uma carga de veneno muito grande porque ela tem muitas pragas que atacam a soja. E essas pragas a maioria são insetos. E, contra insetos, tem que usar inseticida. Abelha é inseto, então já não combina”, disse.

*Colaborou Eliane Gonçalves, da Rádio Nacional


Source: Agência Brasil

Espanhóis vão às urnas para escolher novo Congresso

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As seções eleitorais na Espanha foram abertas neste domingo (28) para a eleição dos novos membros do Legislativo do país, composto por 350 deputados e 208 senadores.

O novo primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, ao anunciar seu novo governo

PSOE, partido do primeiro-ministro Pedro Sánchez, aparece como favorito – Mariscal/EFE/direitos reservados

Os socialistas do PSOE aparecem como os favoritos, mas a incógnita é se a sigla e outras legendas de esquerda vão conquistar cadeiras suficientes na Câmara para formar uma coalizão estável ou se os partidos liberais e de direita terão cadeiras suficientes para formar o seu próprio bloco. A eleição ainda deve marcar a entrada no Parlamento de um partido de extrema direita, uma corrente política que, nas últimas quatro décadas, teve papel secundário no país.

O pleito deve se estender das 9h às 20h (horário local, 4h e 15h em Brasília) – exceto nas Ilhas Canárias, onde todo o processo se realiza uma hora mais tarde. Assim, nenhum dado será conhecido antes das 21h locais.

Mais de 36 milhões de espanhóis foram convocados a votar.  Entre eles estão mais de 2 milhões que vivem no exterior. Cerca de 1,2 milhão do total são jovens que vão votar pela primeira vez. O pleito ainda terá uma novidade: 100 mil pessoas com algum tipo de deficiência cognitiva também poderão exercer o direito, graças à reforma aprovada em 2018.

Para garantir segurança cibernética e física, o governo implantou um novo sistema para proteger o envio e o processamento de dados eleitorais, reforçou as medidas antiterroristas e convocou 92 mil agentes de diferentes forças policiais.

Um governo estável terá de ser apoiado por mais de metade (175) do total de deputados (350) que vão ser eleitos para o Congresso dos Deputados.

As sondagens, por enquanto, apontam para um resultado muito fragmentado, com cinco partidos ultrapassando 10% das intenções de voto, o que deve dificultar as negociações para formar uma coalizão de governo estável.

O favorito para chefiar um novo governo é o primeiro-ministro Pedro Sánchez, do PSOE, que desde junho do ano passado lidera o país. O partido de Sánchez, porém, não deve conquistar cadeiras suficientes para governar sozinho, o que significa que terá que buscar alianças com outras legendas. Tudo isso em um ambiente político que se complicou desde a tentativa de secessão fracassada da Catalunha.

De longe, a novidade dessas eleições é o surgimento do partido de extrema-direita Vox, que parece prestes a fazer sua estreia no Parlamento nacional.  Fundado por um ex-membro do conservador Partido Popular (PP), com uma forte postura contra a imigração ilegal, o Vox cresceu graças à sua linha dura contra os separatistas na Catalunha.

Sánchez foi forçado a convocar as eleições antecipadas deste domingo depois que legisladores pró-independência catalães no Parlamento nacional, irritados com o julgamento de seus líderes em Madri, recusaram-se a lhe dar o apoio necessário para a aprovação do orçamento para 2019.

O PSOE lidera as sondagens com cerca de 30%, seguido do PP (Partido Popular, direita) com quase 20% e um grupo de três partidos entre 10 e 15%: Cidadãos (direita liberal), Podemos (extrema-esquerda) e Vox (extrema-direita).

A fragmentação partidária e a porcentagem elevada de indecisos detectada pelas pesquisas de opinião, cerca de 40%, também dificultam muito as análises sobre as várias possibilidades pós-eleitorais para a formação de coalizões.

Por isso, mesmo depois de o resultado ser divulgado, ainda pode demorar semanas, ou até mesmo meses, até que a Espanha conheça o seu novo primeiro-ministro.

 

 


Source: Agência Brasil

Mega-Sena acumula e deve pagar R$ 125 milhões no próximo sorteio

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Ninguém acertou os seis números do concurso 2146 da Mega-Sena, sorteados na noite de sábado (27), e o prêmio voltou a acumular. A estimativa do valor a ser pago no próximo concurso é de R$ 125 milhões.

As dezenas sorteados foram 16-18-31-39-42-44.

Na quina, foram 283 apostas ganhadoras, cada uma no valor de R$ 30.594,81.

A quadra saiu para 15.338 apostadores, que receberão R$ 806,43, cada um.

O sorteio do concurso 2147 será na próxima quarta-feira (1º).


Source: Agência Brasil

A cada 3 horas e 40 minutos uma pessoa morre por acidente de trabalho

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O Brasil registra uma morte por acidente de trabalho a cada 3horas e 40 minutos. Segundo o Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, entre 2012 de 2018 foram contabilizados 17.200 falecimentos em razão de algum incidente ou doença relacionados à atividade laboral. Neste domingo, é comemorado o Dia Mundial e Nacional de Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho, uma data criada para alertar a sociedade sobre o problema.

No comparativo por anos, houve queda nos registros, com 2.659 casos em 2014; 2.388 em 2015; 2.156 em 2016; 1.992 em 2017; e 2.022 em 2018. Já os acidentes de trabalho são mais frequentes e ocorrem a cada 49 segundos. No mesmo período, foram registrados 4,7 milhões incidentes deste tipo, conforme o Observatório.

Os tipos de lesão mais comuns foram corte e laceração, com 734 mil casos (21%). Em seguida, vêm fraturas, com 610 mil casos (17,5%), contusão e esmagamento, com 547 mil (15,7%), distorção e tensão, com 321 mil (9,2%) e lesão imediata, com 285 mil (8,16%). As áreas mais atingidas foram os dedos (833 mil incidentes), pés (273 mil), mãos (254 mil), joelho (180 mil), partes múltiplas (152 mil) e articulação do tornozelo (135 mil).

As áreas com maior incidência de acidentes de trabalho foram atendimento hospitalar (378 mil), comércio varejista, especialmente supermercados (142 mil), administração pública (119 mil), construção de edifícios (106 mil), transporte de cargas (100 mil) e correio (90 mil). Já no ranking por ocupação, as ocorrências mais frequentes foram as de alimentador de linha de produção (192 mil), técnico de enfermagem (174 mil), faxineiro (109 mil), servente de obras (97 mil) e motorista de caminhão (84 mil).

Entre os homens, os acidentes foram mais frequentes na faixa etária dos 18 aos 24 anos. Já entre as mulheres, no grupo de 30 a 34 anos.

Na distribuição geográfica, os estados com maior ocorrência destes incidentes foram São Paulo (1,3 milhão), Minas Gerais (353 mil), Rio Grande do Sul (278 mil), Rio de Janeiro (271 mil), Paraná (269 mil) e Santa Catarina (185 mil).

Para além dos impactos principais e graves dos danos à vida e à integridade de trabalhadores, os acidentes de trabalho também trazem outras consequências. No período monitorado pelo Observatório, 351 milhões de dias de trabalho foram “perdidos” em razão dos afastamentos. Os gastos estimados neste mesmo intervalo chegaram a mais de R$ 82 bilhões.

Na avaliação do coordenador nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho, Leonardo Mendonça, o Brasil ainda tem muito o que avançar. Mendonça diz que, a despeito do discurso das empresas considerar a importância da segurança nos locais de trabalho, a preocupação com a produção ainda vem em primeiro lugar.

O procurador argumenta que empregadores devem investir tanto em prevenção como no fornecimento de materiais de segurança. “O ideal é ter um ambiente de trabalho organizado não apenas no sentido de um local limpo, mas saudável, que não seja propenso a adoecimentos”, defendeu, em entrevista á Agência Brasil.

Segundo o procurador, a construção desse ambiente para evitar acidentes e adoecimentos envolve uma preparação do conjunto das empresas, inclusive a formação de seus funcionários e pessoas em postos de chefia. “É preciso fazer capacitações com todos os setores da empresa. Desde o topo até o funcionário de chão de fábrica para que tenha carimbo de que realmente ela se preocupa com saúde”, argumenta.

Em abril, foi lançada a Campanha de Prevenção a Acidentes de Trabalho (Canpat 2019), uma iniciativa conjunta do governo federal, Ministério Público do Trabalho e entidades patronais e de empregadores. O objetivo da iniciativa foi alertar para o problema e estimular empregadores e trabalhadores a construírem ambientes mais saudáveis.


Source: Agência Brasil

Pesquisadores testam cálculo do PIB Verde em fronteira agrícola

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou nesta semana a visitar áreas de fronteira agrícola nos estados Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia (Matopiba). Os técnicos, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, verificam os impactos da agropecuária, do plantio de soja, em especial, na Bacia do Rio Grande, afluente do São Francisco.

O levantamento vai testar o marco metodológico das contas ambientais de ecossistema, indicador que deve ser usado no Produto Interno Verde (PIV) – índice internacional das Nações Unidas (ONU) para estimar o impacto no meio ambiente da atividade econômica calculada pelo PIB tradicional. Para definir a metodologia das contas de ecossistema, testes são feitos no Brasil, no México, na Índia, na África do Sul e da China. A Divisão de Estatística da ONU acompanha o trabalho, financiado pela União Europeia.

Na Bacia do Rio Grande, em uma região de 80 mil quilômetros quadrados, o levantamento do IBGE verifica o volume dos rios, regime de chuvas, dados cartográficos e imagens de satélites. A região foi escolhida por ali se observar impactos ambientais do cultivo de soja em larga escala – o grão é usado na ração de animais como frango e boi – e por abranger o bioma Cerrado, o mais desmatado para a produção agrícola, o que traz reflexos na segurança hídrica.

“Vamos usar dados de volume dos rios e das chuvas para analisar quanto de solo está sendo removido ali. Com a remoção da cobertura vegetal original e introdução da soja, que é uma monocultura, a gente tem outra dinâmica de uso do solo”, disse a assistente de projetos internacionais de Geociências do IBGE, Ivone Batista. Ela explicou que na área da bacia é possível isolar informações hídricas e testar o modelo matemático de cálculo.

Além do índice de contas ambientais de ecossistema, devem compor o PIB Verde mais cinco indicadores. São eles: as contas ambientais da água (que o Brasil calculou em 2018), de florestas, que deve ser divulgada ainda em 2019, contas de energia, com previsão de divulgação ano que vem, de biodiversidade, além de contas sobre a cobertura e usos do solo. Os cálculos são feitos em parceria com outros órgãos do Estado como a Agência Nacional de Águas (ANA), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O resultado do projeto no Brasil, para as contas de ecossistema, só deve ser disponibilizado em 2020, no banco de dados do IBGE, e da Divisão de Estatísticas da ONU.

PIB Verde

Em 2017, por lei federal, o IBGE foi designado como o órgão responsável pelas contas do PIB Verde. O indicador vai medir o patrimônio ambiental do país, incluindo florestas, água, energia, extração mineral, entre outras riquezas naturais. Hoje, o PIB elaborado pelo IBGE cacula o crescimento econômico, com base nos dados do setor produtivo.

O método de cálculo está em discussão com a sociedade civil e instituições públicas, mas deve ser compatível com o de outros países, para que possa ser comparado.

 

 


Source: Agência Brasil

China pretende ampliar investimentos no Brasil

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Empresários chineses estão interessados em conhecer e participar de novos investimentos no Brasil, especialmente no setor de obras e projetos de infraestrutura, disse hoje (27) o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, durante o Fórum de Think Tanks (expressão em inglês que significa incentivar a expressão de ideias e projetos) China-Brasil.

O evento, realizado na Embaixada da China, em Brasília, discutiu as oportunidades de negócios existentes no Brasil, que podem ser integrados à Nova Rota da Seda, programa de investimentos chineses previsto para as próximas três décadas. O programa engloba financiamentos de centenas de bilhões de dólares.

Brasília: O embaixador da China, Yang Wanming, durante o Fórum de Think Tanks China-Brasil. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O embaixador da China, Yang Wanming, no Fórum de Think Tanks China-Brasil – Marcelo Camargo/Agência Brasil

O embaixador Yang Wanming disse estar muito otimista com o futuro das relações de seu país com o Brasil, e ressaltou que a visita do presidente Jair Bolsonaro à China, prevista para este ano, dará mais motivos para o fortalecimento das relações entre  os governos chinês e brasileiro.

De acordo com o embaixador, os empresários chineses terão oportunidade de conhecer melhor as oportunidades de investimentos no próximo dia 9 de maio, quando se reunirão com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, para tomar conhecimento sobre os planos de privatização e licitação de projetos de transportes a serem realizados pelo governo brasileiro.

Wanming lembrou que as relações entre Brasil e China já duram 45 anos. Os dois países, segundo ele, podem celebrar grandes avanços nos planos político, econômico, cultural e esportivo. “Em 2018, o volume de trocas comerciais entre China e Brasil superou US$ 100 bilhões”, disse.

Participaram do fórum empresários, representantes do governo e acadêmicos dos dois países.


Source: Agência Brasil

No Rio, Hospital da Posse é habilitado para alta complexidade cardíaca

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O Hospital Geral de Nova Iguaçu, conhecido como Hospital da Posse, na Baixada Fluminense, foi habilitado pelo Ministério da Saúde como unidade de assistência em alta complexidade cardiovascular. Junto com a medida, a pasta liberou mais de R$ 1 milhão para atenção a pessoas com doenças do sistema cardiovascular, como insuficiência cardíaca, arritmias e infarto agudo do miocárdio.

Conforme portaria do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas necessárias para a transferência regular e automática do montante estabelecido ao Fundo Municipal de Saúde de Nova Iguaçu, em parcelas mensais, mediante processo autorizativo encaminhado pela Secretaria de Atenção às Saúde. Os recursos sairão do orçamento do Ministério da Saúde.

Para o ministro Mandetta, a habilitação do hospital como unidade de assistência em alta complexidade cardiovascular vai expandir a capacidade de atendimento do Hospital da Posse, que é uma unidade com forte procura na região inclusive de pacientes de outros municípios próximos.

“É um hospital muito estratégico, em uma região de alta densidade pega toda a região. Não tem a ver com o trabalho nos hospitais federais [Ação Integrada de Apoio à Gestão dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro], mas a gente vem para tentar colaborar com o Rio de Janeiro no momento em que a gente vê que precisa estar o governo federal mais forte”, afirmou o ministro.


Source: Agência Brasil

Índios fazem bloqueio parcial em estrada de acesso a Belo Monte

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Cento e cinquenta indígenas de seis aldeias estão bloqueando parcialmente a estrada de acesso à Usina Hidrelétrica de Belo Monte, na Bacia do Rio Xingú, no centro do Pará, próxima a Altamira. O bloqueio é feito com quatro ônibus do consórcio Norte Energia, responsável pela usina.

De acordo com cacique Leo Xitaya, o bloqueio começou às 17 horas de sexta-feira (26). Segundo ele, a cada 30 minutos, carros particulares, ônibus e caminhões têm a barreira liberada. Ambulâncias têm passe livre constante. Apenas os veículos identificados com o consórcio estão com a circulação impedida.

Usina Hidrelétrica Belo Monte

Usina Hidrelétrica Belo Monte – Osvaldo de Lima/Norte Energia

O bloqueio ocorre devido à insatisfação dos índios com as novas empresas contratadas pela Norte Energia para executar atividades produtivas descritas no Plano Básico Ambiental – Componente Indígena (PBA-CI), estabelecido como compensação ao impacto ambiental da hidrelétrica.

Segundo Xitaya, os indígenas não foram consultados durante a contratação das empresas e desejam a volta dos antigos prestadores de serviço. De acordo com ele, apesar terem manifestado a insatisfação junto à Norte Energia não obtiveram nenhum retorno da empresa.

“Estamos cansados de ouvir promessas e eles não resolverem”, reclamou o cacique, que prevê a possibilidade de bloqueio total caso não venham a ser atendidos.

A Agência Brasil fez contato com a empresa por meio da central de atendimento da usina (0800 091 2810), mas não obteve resposta dos responsáveis ou nota da assessoria de imprensa sobre o bloqueio e o andamento do PBA-CI.

A Norte Energia é formada com o capital da estatal Eletrobrás (49,98%), mais seis empresas e dois fundos de pensão.

O ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, e o presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, visitaram em março as obras de compensação da Norte Energia em Altamira (PA). Segundo o site da Funai, a visita se deu a pedido das lideranças indígenas.


Source: Agência Brasil

Famílias atingidas por vazamento da Transpetro não voltam para casa

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A dona de casa Fernanda Pacheco, mãe da menina Ana Cristina Pacheco Luciano, de 9 anos, vítima do vazamento de gasolina de um duto da Transpetro, no Parque Amapá, Duque de Caxias, acompanha a filha no Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, desde o dia 26, quando a menina foi internada.

Muito abatida, Fernanda relatou à Agência Brasil que a filha ainda inspira cuidados. “Ela continua correndo risco. Está na mesma situação. Eu não saio daqui”, disse. “Não tem como explicar a dor que a gente sente.”

A volta das famílias às suas casas, no Parque Amapá, foi adiada porque a empresa não liberou o local. O retorno dos moradores estava previsto para hoje, de acordo com a Secretaria de Saúde e Defesa Civil do município. O sub-secretário de Defesa Civil de Duque de Caxias, André Xavier, disse à Agência Brasil que ainda não há data prevista para ocorrer.

A Transpetro continua trabalhando na região e informou que profissionais e muitos recursos estão sendo empregados no local. “As equipes estão concentradas no recolhimento do produto vazado, na remoção do solo contaminado e no monitoramento permanente de toda a região. Uma unidade especializada em atendimento à fauna foi instalada na área”, informou.

De acordo com a Transpetro, o vazamento foi controlado no mesmo dia e já vem sendo feito o reparo no dut. A quantidade de produto vazado foi de 236.9 m³. A empresa disse que está prestando a assistência necessária às famílias vizinhas ao local da ocorrência, que foram deslocadas para um hotel da região.

O trabalho recebeu apoio do Instituto Estadual do Ambiente (Inea/RJ) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). “Entre os recursos mobilizados estão caminhões-vácuo, escavadeira hidráulica, ambulância, barreiras absorventes e de contenção, drone e uma unidade móvel de operações”, apontou na nota.

A Transpetro afirmou que colabora com as investigações das autoridades e que a maior preocupação é com a segurança das famílias, diante de intervenções criminosas nos dutos que podem trazer riscos à comunidade, como incêndios e explosões.

Número para informações

“A colaboração e o engajamento dos moradores vizinhos aos dutos é muito importante para minimizar o perigo que todos correm com estes atos criminosos. Eles podem entrar em contato com a Transpetro por meio do telefone 168, caso identifiquem qualquer movimentação suspeita na faixa de dutos e em terrenos próximos. A ligação é grátis e o telefone funciona 24 horas por dia, sete dias por semana”, orientou a companhia.

De acordo com a Prefeitura de Duque de Caxias, a Light foi autorizada a religar a energia elétrica na região. Durante a despoluição da área, os moradores que usam água de poço vão receber água potável da companhia.


Source: Agência Brasil

Governadores do Sul e Sudeste defendem Reforma da Previdência

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Os governos de sete estados do Sul e Sudeste do país assinaram documento em defesa da aprovação do projeto de Reforma da Previdência que tramita no Congresso. O anúncio ocorreu hoje (27) durante a segunda reunião de governadores do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Participaram os governadores João Doria (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Renato Casagrande (Espírito Santo), Carlos Moisés (Santa Catarina), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), além do vice-governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro e o vice-governador do Paraná, Darci Piana. Juntos, os estados respondem por 70% da economia do país.

Coletiva de imprensa dos governadores do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) após reunião para debater reforma da previdência, renegociação das dívidas dos estados com a União e cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Governadores em coletiva após debate sobre reforma da previdência, renegociação das dívidas dos estados com a União e cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal – Rovena Rosa/Agência Brasil

Para Doria, a proposta traz uma condição fiscal melhor para estados e municípios. “A reforma confere, sobretudo, a oportunidade da geração de novos investimentos, que em cada estado, de acordo com suas características, vai se traduzir em mais emprego, oportunidades e desenvolvimento”, afirmou.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, apoia a reforma, mas com ressalvas. “Sou favorável, mas manifesto minha contrariedade a quatro pontos. A alteração do beneficio da prestação continuada, a alteração da aposentadoria rural, a desconstitucionalização de matérias da previdência, que coloca em risco as conquistas das últimas décadas, e o modelo de capitalização”, disse.

Equilíbrio fiscal

Os governadores discutiram ainda o Programa de Equilíbrio Fiscal (PEF) a ser aprovado no Congresso Nacional, que prevê a concessão de empréstimos, com garantia da União, em torno de R$ 10 bilhões por ano a estados com dificuldades financeiras, mas com baixo endividamento.

O vice-governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, estado que passa por crise financeira, declarou que o regime de recuperação foi fundamental para o Rio de Janeiro. “Mas ele não pode simplesmente ser só uma moratória, tem que vir acompanhado de um programa sério de recuperação do estado”, disse. “Se não tiverem ações estruturantes, um esforço enorme na contenção de gastos e novos investimentos, ele [regime de recuperação] só vai trazer um fôlego momentâneo e a previsão é ficar pior assim que o regime acabe”, completou.

Já Casagrande disse concordar que medidas de austeridade devem ser tomadas. “Não dá para nós, estados, ficarmos esperando somente a votação e pendurarmos todas as nossas esperanças na Reforma da Previdência. Sabemos que ela é primordial, fundamental. Temos que, ao mesmo tempo, andar paralelo à pauta federativa”, ressaltou.

O governador Romeu Zema disse que Minas Gerais sofre reflexo de falta de medidas corretivas nas finanças durante os últimos anos. “Estamos enxugando gastos, o mato estava muito alto em Minas. E está longe de resolver, mas o início da solução foi dada. Vai depender de muitos outros andamentos ainda.”


Source: Agência Brasil

PRF prende casal com meia tonelada de maconha na Via Dutra

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu hoje (27) um casal com meia tonelada de maconha, na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), em Seropédica, na região metropolitana do Rio de Janeiro. De acordo com a PRF, a droga abasteceria o tráfico de drogas de comunidades da zona norte do Rio.

A PRF informou que os dois foram presos durante ações de patrulhamento de equipes do Grupo de Operações com Cães (GOC-RJ) do Núcleo de Operações Especiais (NOE-RJ) na rodovia para coibir a entrada de armas e drogas no estado. Os agentes desconfiaram do motorista de um carro e pediram que ele parasse. O homem não obedeceu e fugiu em alta velocidade. O motorista perdeu a direção na entrada do Arco Metropolitano, saiu da pista e foi alcançado depois de tentar fugir pelo matagal.

No carro, os agentes encontraram mais de 500 tabletes de maconha espalhados em várias partes do carro. A polícia informou que os dois confessaram que vinham de Foz do Iguaçu, no Paraná, e que receberiam uma quantia em dinheiro para entregar o carregamento nas proximidades da Avenida Brasil, na zona norte do Rio. O caso foi registrado na 52ª Delegacia de Polícia (Nova Iguaçu).

 


Source: Agência Brasil

Especialistas defendem mudanças na Embrapa para novo círculo virtuoso

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No final de maio, começa no Cerrado de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal a ceifa do trigo. O plantio ocorre entre o final de fevereiro e começo de março, e o período de cultivo é chamado pelos agricultores de safrinha e ocorre após a colheita de outras culturas, especialmente soja.

Este ano, serão colhidas 290 mil toneladas de trigo nas três unidades da Federação, 4 mil toneladas a mais do que em 2018, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume equivale a 5% da safra de trigo a ser colhida no Brasil em 2019.

O dado, no entanto, substima um feito: o país passou a produzir trigo em uma área inimaginável no passado recente, com solo e clima diferentes dos de regiões de cultivo tradicional, como o Paraná (principal produtor nacional) ou a Argentina (principal fornecedora estrangeira).

O trigo ceifado no Cerrado tem vantagens comparativas. “A colheita é feita quando não chove. Não cai o glúten do grão. Aí você tem um trigo melhorado, o trigo pão, que resulta em uma farinha de qualidade superior”, detalha Luiz Fiorese, produtor rural em Formosa (GO) e um dos fornecedores da semente de trigo (do tipo sequeiro), registrada como cultivar BRS 404.

A semente que o produtor Fiorese comercializa foi desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que, na última sexta-feira (26), completou 46 anos de criação. A produção do trigo no Cerrado ilustra associação recorrente na agricultura brasileira entre iniciativa privada e empresa estatal. “É uma parceria de transferência da tecnologia. Nós preparamos o solo, mas conhecimento temos que adquirir”, destacou o produtor à Agência Brasil.

Nação agrícola

Os arranjos produtivos desencadeados a partir da inovação tecnológica contribuíram para que o país se tornasse um dos maiores produtores de alimentos do mundo. “Somos a maior nação agrícola do planeta, e a Embrapa está inserida neste processo”, disse o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, durante a comemoração do aniversário da empresa ocorrida esta semana.

O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Celso Luiz Moretti, concorda. De acordo com ele, a empresa “ajudou ao Brasil a ser o único país do mundo no cinturão tropical a produzir alimentos para abastecer sete vezes a sua população”. “O país alimenta, com o que produz de frutas, grãos e hortaliças, carne, leite e ovos, entre outros produtos, 1,5 bilhão de pessoas”, ressaltou.

Em 2019, o país deverá produzir 235,3 milhões de toneladas de grãos. Desde que a estatal surgiu, em 1973, a produção cresceu cinco vezes. A produção de trigo se elevou em 240%.

Em 46 anos, outras produções tiveram destaque, como as de arroz (alta de 315%) e de café (140%), assim como o extrativismo vegetal. No período, o Brasil se tornou o maior produtor de proteína animal do mundo – o rebanho bovino dobrou de tamanho e a produção de carne de frango cresceu 59 vezes.

O patamar que o Brasil assumiu na produção de alimentos e o lugar que ocupa na economia mundial das commodities são fatores em consideração na política agrícola e na inovação tecnológica do setor, de acordo com o presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa. “A gente não se preocupava muito com isso, porque outros países não viam o Brasil como competidor”, lembrou.

Futuro promissor

Em discurso na cerimônia de aniversário da estatal, Barbosa disse que “a Embrapa está preparada para iniciar um novo círculo virtuoso para continuar garantindo ciência, tecnologia e inovação para um futuro ainda mais promissor do agronegócio brasileiro”.

A necessidade de repensar a empresa para possibilitar um “novo círculo virtuoso” também é defendida pelo pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) José Eustáquio Ribeiro Vieira Filho.

Atualmente lotado na Secretaria Executiva do Mapa, o pesquisador ressalta em livro publicado pelo Ipea, no capítulo dedicado à Sustentabilidade Produtiva do Agronegócio Brasileiro, que “novos paradigmas tecnológicos surgiram, alterando processos e produtos”. “São as tecnologias digitais e de precisão, biotecnologia, sensores e imagens de satélites, veículos remotos, drones, microirrigação, agricultura vertical etc.”, ressalta.

O professor Fernando Campos Mendonça, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (USP), aponta como novos paradigmas pesquisas de “robótica, internet das coisas, automação, agricultura de precisão e biotecnologia para outros produtos que não commodities”.

“A Embrapa poderia participar da transformação dos nossos produtos agrícolas em produtos agroindustriais”, afirmou. O acadêmico também é favorável ao envolvimento da empresa com estudos em áreas como logística de distribuição de produtos, conservação de estradas, simplificação de estrutura tributária e comércio exterior.

Comunicação e transmissão de tecnologia

Em entrevista à Agência Brasil, Sebastião Barbosa admitiu novas possibilidades de pesquisa na Embrapa, inclusive “mudanças de gosto e as exigências dos consumidores”. Ele se diz entusiasta das pesquisas de edição dos genes dos alimentos – para a melhoria do valor nutritivo e da resistência da planta durante o cultivo na lavoura.

O presidente da embrapa, Sebastião Barbosa, participa de solenidade comemorativa dos 46 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

O presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, durante solenidade comemorativa dos 46 anos da empresa – Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil

O presidente da empresa defende “maior aproximação com o produtor rural”. “O trabalho da Embrapa depende de uma rede muito eficiente de transmissão de tecnologia. A extensão rural depende de quem leva informação”, ressaltou.

Um dos fundadores da Embrapa, ex-diretor e ex-presidente da empresa, Eliseu Alves concorda com a prioridade na disseminação de informações e acrescenta a necessidade de a empresa manter contato constante com a população, sejam produtores ou consumidores.

“A Embrapa é uma empresa do governo. Tem que mostrar seus resultados”, disse. Em sua opinião, a estatal é uma empresa “completamente transparente”. “[A Embrapa] construiu duas coisas fundamentais para isso. Uma delas é a área de comunicação e de [atendimento à] imprensa. A outra é o cuidado de todo ano medir o retorno da pesquisa para mostrar quanto cada real investido trouxe de retorno à sociedade.”

De acordo com balanço social divulgado pela Embrapa, feito pelo 22º ano consecutivo, a empresa deu no ano passado um retorno social de R$ 43,5 bilhões. O orçamento da empresa indica que os recursos aplicados subiram de um patamar de R$ 2,99 bilhões em 2009 para R$ 3,74 bilhões em 2018. Quando os valores são convertidos em dólares, no entanto, a contabilidade aponta redução de investimento público na empresa, de US$ 1,24 bilhão em 2011 para US$ 1,16 bilhão em 2018.


Source: Agência Brasil

Trump anuncia saída de tratado contra armas ilegais

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Os Estados Unidos prometem abandonar o Tratado sobre Comércio de Armas (TCA). O anúncio foi feito pelo presidente norte-americano, Donald Trump, em reunião da Associação Nacional do Rifle (NRA), ocorrida que em Indianápolis (Nordeste dos EUA), na última sexta-feira (26).

“Jamais deixaremos que burocratas estrangeiros pisem nas liberdades garantidas pela segunda emenda” da Constituição, explicou Trump ao comunicar sua intenção. O tratado visa pôr fim ao comércio ilícito de armamentos e equipamentos para finalidade não autorizada.

Conforme o termo, são proibidas exportações de armamentos caso haja conhecimento de uso contra civis, em crimes de guerra, ou se houver risco de apropriação pelo crime organizado. Os países signatários do tratado devem reforçar o controle interno para que não haja venda de armamentos e equipamentos, desde de pistolas a mísseis, aviões e navios de guerra.

A decisão de Trump foi criticada pelas Nações Unidas. Conforme o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, o TCA “é o único instrumento em escala mundial que busca melhorar a transparência e a responsabilidade no comércio internacional de armas”.

O acordo foi aprovado há seis anos por 154 países em assembleia das Nações Unidas (ONU), com o voto dos Estados Unidos e também do Brasil. À época, votaram contra o tratado países não alinhados aos norte-americanos como a Coreia do Norte, Síria e Irã. Rússia e China se abstiveram.

Até o momento, o tratado foi ratificado por 101 países. No Brasil, o termo foi assinado em junho do ano passado pelo então presidente da República Michel Temer

*Com informações da ONU News e da agência de notícias alemã Deutsche Welle


Source: Agência Brasil

Menina ferida em vazamento no Rio continua em estado gravíssimo

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A menina Ana Cristina Pacheco Luciano, de 9 anos, continua em estado de saúde gravíssimo no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A criança teve 80% do corpo queimado após contato com gasolina que vazou de um oleoduto da Transpetro, no Parque Amapá, distrito de Xerém, em Duque de Caxias, na madrugada de ontem (26).

O subsecretário de Defesa Civil do município, André Xavier, informou à Agência Brasil que a equipe médica analisa a possibilidade de a menina ser transferida ainda hoje (27) para o Hospital Pedro II, em Santa Cruz, zona oeste do Rio, especializado em queimaduras. A equipe médica avalia se Ana Cristina tem condições físicas para a transferência ou se é melhor aguardar mais um pouco pela recuperação da menina.

“O quadro dela é bem grave, até mesmo para fazer a transferência. Ela teve queimaduras pela gasolina, que é muito forte, como um solvente, pura e bem concentrada. Ela caiu na poça de gasolina e broncoaspirou o produto. Teve sequelas internas e externas”, contou.

De acordo com informações da direção do hospital, outras duas vítimas do vazamento, Olavo Pacífico dos Santos e Antônio Martins da Silva, receberam alta hospitalar na manhã deste sábado.

Moradores

André Xavier informou ainda que, nesta tarde, quatro famílias, com o total de 17 pessoas, vão poder voltar a ocupar as suas casas. A área foi interditada ontem pela Defesa Civil do município por causa de riscos de explosões e contaminação com a gasolina vazada do oleoduto e o forte cheiro do produto no local. “Já determinei à empresa de energia elétrica que restabeleça a energia porque não tem mais gases que podem comprometer as operações da Transpetro e riscos à comunidade. Já estou autorizando às famílias para retornar as suas residências.”

De acordo com o subsecretário, desde o anúncio do vazamento, técnicos da Defesa Civil atuaram no local junto com equipes da Transpetro. O trabalho, que prosseguiu na madrugada de hoje, terminou no início desta tarde, mas profissionais da subsidiária da Petrobras permanecem na região. “Tem um pessoal que está lá retirando areia que está contaminada.”

A prefeitura de Duque de Caxias vai pedir à Transpetro que reforce o sistema de alerta para moradores para riscos de vazamento e suspeita de movimentação estranha na região. Além disso, a Defesa Civil vai intensificar simulados de saída de moradores em caso de vazamentos. Xavier informou que o órgão pedirá à Transpetro a divulgação do telefone de emergência 168 “para denunciar se houver algum caminhão-tanque naquela área, pessoas armadas, pessoas que não moram na localidade e ficam circulando na madrugada”. O subscretrário também defende que a Transpetro faça treinamento na comunidade sobre o plano de emergência.

Investigações

De acordo com informações da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do vazamento e a responsabilidades criminais pelo ocorrido. Foi realizada perícia no local, e diligências estão em andamento.

A reportagem da Agência Brasil pediu informações à Transpetro, mas até a publicação da matéria não obteve resposta.


Source: Agência Brasil