Campanha de imunização contra o sarampo começou na segunda-feira

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Começou na segunda-feira, 4, a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, realizada simultaneamente à imunização da Influenza. A ação é nacional e, pela primeira vez, realizada de forma concomitante. Esta é a 8ª campanha do sarampo e tem como objetivo imunizar crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade e atualizar a situação vacinal dos trabalhadores da saúde. A cobertura vacinal no Paraná em, 2021, ficou em 82,45%.

A campanha ocorrerá em duas etapas. A primeira iniciada nesta segunda-feira vai até 30 de abril e tem como público-alvo os trabalhadores da saúde. A partir do dia 2 de maio até 3 de junho acontece a segunda etapa, contemplando as crianças de seis meses a cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), que poderão receber, no mesmo momento, a vacina contra a gripe.

Todas desta faixa etária deverão receber uma dose da vacina tríplice viral, independentemente da situação vacinal atual contra a doença. A estimativa é que 692.651 crianças devem comparecer aos postos de vacinação para receber a dose. A meta é imunizar 95% deste público. As doses de rotina da vacina tríplice viral (D1 e D2) que coincidirem com o período da campanha deverão ser reagendadas para 30 dias após a dose da campanha.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) distribuiu 280.830 vacinas para as Regionais de Saúde para o início da imunização e ainda tem em estoque no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) outras 300.085. Além das 692 mil crianças, cerca de 272.817 trabalhadores de saúde devem receber a vacina.

A tríplice viral pode ser administrada simultaneamente com a vacina contra a gripe, a partir dos seis meses de idade. Para os trabalhadores da saúde pode haver coadministração das vacinas tríplice viral e da vacina contra a Covid-19.

A estratégia de vacinação contra o sarampo com a vacina tríplice viral foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1992.  O Paraná estava há mais de 20 anos sem casos de sarampo no território, mas em 2019, houve um surto da doença que durou até setembro de 2020. Não ocorreram óbitos e as faixas etárias mais atingidas foram de 20 a 29, com 1.035 casos confirmados; de 10 a 19 anos, com 457; e de 30 39 anos, com 293 casos confirmados.

A Sesa monitora constantemente o sarampo no Paraná. Desde o fim do surto, mais nenhum caso foi registrado, garantido ao Estado a condição de área livre da doença. Porém, a queda nas coberturas vacinais, devido à pandemia da Covid-19, a liberação de viagens dentro do país e no Exterior e maior contato entre a população, podem propiciar a transmissão do vírus.

Pessoas com viagens nacionais ou internacionais programadas devem estar devidamente imunizadas contra a doença. Aqueles que poderão conviver com imigrantes, visitantes estrangeiros ou refugiados devem adotar o mesmo cuidado. A orientação da Secretaria deve-se aos vários surtos existentes em alguns estados do Brasil e em diversos países.

ESTATÍSTICAS

A cada ano, cerca de 142 mil pessoas morrem de sarampo. Em 2012, o Brasil registrou 9.342 casos da doença e, em 2019, após um ano de franca circulação do vírus, perdeu a certificação de país livre do vírus do sarampo, dando início a novos surtos, com a confirmação de 20.901 casos. Em 2020 foram 8.448 casos.

Dia “D”

O Dia “D” está marcado para 30 de abril, a vacinação acontece em duas etapas e os primeiros a serem vacinados serão os idosos acima de 60 anos e trabalhadores de saúde.

A população deve buscar as unidades de saúde para se vacinar. Cada município organizará os locais que disponibilizarão a imunização contra a influenza e o sarampo. É importante que os cidadãos procurem se informar nas secretarias de Saúde e nas unidades de saúde perto de onde moram ou trabalham.

Durante a cerimônia de lançamento, que aconteceu na Unidade Básica de Saúde 13, em Brasília (DF), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que a campanha será um sucesso e ressaltou a cultura de vacinação dos brasileiros.

“Os três pressupostos para o sucesso das campanhas de vacinação são absolutamente atendidos no Brasil: nós temos vacinas, nós temos uma capacidade sem precedentes de aplicar essas vacinas, graças aos vacinadores que estão nas mais de 38 mil salas de vacinação do Brasil. E outro ponto é a conscientização da nossa população, que busca as salas de vacina”, disse o ministro.

De acordo com o Ministério da Saúde, o público infantil, composto pelas crianças com idade entre 6 meses e menores de 5 anos de idade, deve tomar uma dose dos dois imunizantes. Não há necessidade de cumprir intervalo para a aplicação das vacinas contra o Sarampo e Influenza. Dessa forma, as duas vacinas poderão ser administradas no mesmo dia.

A agente comunitária de saúde, Mireila Gomes de Oliveira, de 40 anos, convidou os colegas de profissão. “Eu, com profissional da saúde, queria aproveitar e pedir para todos os colegas, agentes comunitários, técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, seja qualquer pessoa que trabalha na área da saúde: venham tomar a vacina para cuidarmos primeiro de nós e depois dos nossos pacientes lá fora”, alertou.

O objetivo da campanha é prevenir o surgimento de complicações decorrentes das doenças, evitando novos óbitos e possível pressão sobre o sistema de saúde. Ao todo, o Governo Federal enviou mais de 80 milhões de doses do imunizante da gripe aos estados e ao Distrito Federal para que a vacinação aconteça.

O que é sarampo?

O sarampo é uma doença infecciosa, aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente, em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A única maneira de evitar o sarampo é pela vacina.

Quais são os sintomas do sarampo?

Os principais sintomas do sarampo são:

febre acompanhada de tosse;

irritação nos olhos;

nariz escorrendo ou entupido;

mal-estar intenso;

Em torno de 3 a 5 dias, podem aparecer outros sinais e sintomas, como manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas que, em seguida, se espalham pelo corpo. Após o aparecimento das manchas, a persistência da febre é um sinal de alerta e pode indicar gravidade, principalmente em crianças menores de 5 anos de idade.

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