Pelo quinto mês consecutivo, o Brasil teve um saldo positivo na geração de emprego formal. Em agosto, o número de vagas adicionais no mercado de trabalho foi 121.387, que é o saldo positivo decorrente 1.382.407 admissões e de 1.261.020 desligamentos. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira, 25, pela Secretaria de Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.
O resultado de agosto representa uma variação de 0,31% em relação ao mês anterior. Foi o melhor resultado para o mês de agosto desde 2013, segundo os números. No acumulado de 2019 foram criados 593.467 novos postos, com variação de 1,55% do estoque do ano anterior. No mesmo período de 2018 houve crescimento de 568.551 empregos.
Entre os principais setores da economia, quatro tiveram saldo positivo de emprego e em dois houve mais fechamento de vagas no mês encerrado em agosto. Lidera o número de empregos gerados a área de serviços (61.730 postos), seguida por comércio (23.626), indústria de transformação (19.517), construção civil (17.306), administração pública (1.391) e extrativa mineral (1.235). Apresentaram saldo negativo a agropecuária (-3.341 postos) e os serviços industriais de utilidade pública/SIUP (-77 postos).
Regiões e salário médio
Todas as cinco macroreegiões do país registraram saldo positivo de emprego em agosto. No Sudeste, foram criados 51.382 novos empregos, seguido por Nordeste (34.697), Sul (13.267), Centro-Oeste (11.431) e Norte (10.610).
O salário médio de admissão em agosto de 2019 foi de R$ 1.619,45 e o salário médio de desligamento, de R$1.769,59. Em termos reais (mediante deflacionamento pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC) houve aumento de 0,44% no salário de admissão e 0,09% no salário de desligamento em comparação ao mês anterior. Em relação ao mesmo mês do ano anterior foi registrado crescimento de 1,97% para o salário médio de admissão e de 1,02% para o salário de desligamento.
Reforma trabalhista
Com base nas regras da reforma trabalhista, que permite acordo de demissão entre patrões e empregados, o Caged registrou um total de 18.420 desligamentos nessa modalidade, que representa 1,5% do total envolvendo 13.351 estabelecimentos, em um universo de 12.105 empresas.
O mês de agosto também registrou 12.929 admissões e 6.356 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, em que o empregado fica à disposição do empregador, mas só recebe quando é convocado a trabalhar. Esse tipo de contratação gerou, no mês passado, um saldo de 6.573 empregos, envolvendo 3.239 estabelecimentos e 2.830 empresas contratantes. Um total de 85 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.
Foram registradas em agosto 7.804 admissões em regime de tempo parcial e 5.154 desligamentos, gerando saldo de 2.650 empregos, envolvendo 4.211 estabelecimentos e 3.583 empresas contratantes. Um total de 44 empregados celebrou mais de um contrato em regime de tempo parcial.
Pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro comentou os dados do Caged e disse que “o Brasil segue se recuperando”.
Paraná
O Paraná teve um saldo positivo de 8.726 novas vagas formais de trabalho em agosto, chegando à marca de 49.704 empregos no acumulado do ano. Os números consolidam o Estado como um dos principais polos empregadores do País em 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na quarta-feira, 25,.
As informações liberadas pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia mostram que o Paraná liderou a criação de postos no Sul do País em agosto, ficando à frente de Santa Catarina (6.529) e Rio Grande do Sul, que fechou 1.988 vagas.
O resultado de agosto é o terceiro melhor do ano, superado apenas pelos desempenhos alcançados em fevereiro (18.254) e abril (10.653). Os setores que mais empregaram no mês foram serviços (4.146 novos postos), comércio (2.978), indústria (1.682) e construção civil (620). Na agropecuária e serviço público houve redução.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou que a administração estadual está reforçando as ações para ampliar as oportunidades de emprego no Paraná. Ele destaca o trabalho de atração de novos investimentos industriais e medidas para descomplicar a vida de quem quer empreender. “Emprego é uma das prioridades da nossa gestão”, afirmou.
O Secretário de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost ressaltou as iniciativas de qualificação da mão de obra por meio das Agências do Trabalhador. “É um resultado extraordinário do Governo Ratinho Junior, mostrando que estamos no caminho certo. O governador tem se esforçado para trazer mais investimentos e facilitar a abertura de novas empresas”, disse.
Santa Catarina
A geração de empregos em Santa Catarina teve um saldo positivo de 6.529 postos de trabalho em agosto, o melhor resultado para o mês dos últimos cinco anos. Com a criação das vagas, o estado chega a 60.322 novos empregos neste ano. “Esses números mostram a confiança do setor produtivo nos rumos que o Estado está tomando. Vamos trabalhar para que os dados positivos se mantenham e até melhorem. Para isso, nossos esforços são no sentido de desburocratizar e facilitar a vida de quem gera empregos, além de intensificar os investimentos em infraestrutura”, pontua o governador Carlos Moisés.
O número de novos empregos em 2019 representa um aumento de 60% em relação ao ano passado, quando foram gerados 37.587 postos de trabalho de janeiro a agosto. No acumulado do ano, Santa Catarina tem o terceiro melhor resultado do país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.
Em agosto, o destaque ficou por conta do setor de serviços, que registrou um saldo positivo de 3.089 contratações. No acumulado do ano, a indústria de transformação é a principal geradora de empregos, com 31.425 novas vagas ocupadas. Proporcionalmente, a construção civil se destaca com a criação de 7.963 postos de trabalho neste ano, o que representa um aumento de 9,22% no estoque de empregos formais em relação a dezembro de 2018.
“Um resultado que precisa ser comemorado, uma vez que demonstra que Santa Catarina segue se recuperando e, mais uma vez, confirma que as decisões tomadas pelo governador Carlos Moisés, entre elas simplificação e desburocratização, estão funcionando e passando confiança à economia real no processo de retomar as contratações. Seguiremos apoiando o setor produtivo e nos esforçando para atrair novas empresas para o estado, com foco em mais oportunidades aos catarinenses”, avalia o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Lucas Esmeraldino.