Aumento de casos de Covid-19 em profissionais de saúde, afeta atendimento ao público em União da Vitória e Porto União

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As Prefeituras de Porto União e União da Vitória informaram que profissionais que fazem o atendimento ao público em órgãos de saúde, estão sendo afetados devido ao aumento de casos de Covid-19. O problema já mundial, visto que vários países e vários estados brasileiros estão passando pelo mesmo problema.

Profissionais da saúde que atuam diretamente no cuidado de pacientes diagnosticados com Covid-19 possuem risco ocupacional de desenvolver a doença, além de possibilidade de propagar a infecção a outros pacientes. Enfermeiros, técnicos em enfermagem e agentes de saúde estão entre os profissionais mais vulneráveis nas circunstâncias atuais do aumento da contaminação do Covid-19 pela variante Ômicron e também pelo vírus da Gripe H3N2.

Observa-se que o atual momento se reflete no aumento da procura por atendimento em centros de saúde e unidades de atenção primária, além da superlotação de centros de triagem em diversos municípios. Considera-se como elemento chave a elevada capacidade de transmissão da variante Ômicron do vírus SARS-CoV-2, cuja transmissão comunitária foi detectada no final de 2021. Além da presença da variante Ômicron, o cenário epidemiológico apontado nessa semana pode ser considerado como resultado das aglomerações ocorridas durante o período de natal e réveillon. A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina emitiu uma série de alertas às prefeituras sobre a importância da manutenção das medidas de prevenção, como uso de máscaras, distanciamento físico, evitar aglomerações e buscar ambientes ventilados. Também foram emitidos alertas sobre o risco de promoção de eventos superespalhadores, sem respeito as normas sanitárias, em especial o protocolo Evento Seguro, que prevê a participação de pessoas vacinadas ou testadas, mantendo o uso de máscaras durante a realização do mesmo. Felizmente as elevadas taxas de cobertura vacinal tem reduzido o risco de hospitalizações e óbitos, que se concentram no momento em pessoas que não completaram o ciclo vacinal, incluindo a dose de reforço

Em comunicado a Prefeitura de União da Vitória informou que devido ao aumento da transmissibilidade da COVID-19, e o aumento expressivo de casos, alguns dos profissionais da: Farmácia Municipal, Unidades Básicas de Saúde e UPA 24 horas, estão infectados e cumprindo o isolamento domiciliar. Por este motivo, a Secretaria Municipal de Saúde, esclarece que pacientes que venham a procurar estas Unidades, podem enfrentar maior demora no atendimento, uma vez, que as equipes estão em menor número.

“Pedimos paciência da nossa população ao procurar alguma das Unidades que possuem profissionais afastados devido a infecção pela COVID-19, nossas equipes estão em número reduzidos, o que pode trazer mais demora no atendimento”, explica Fernando Ferencz, Secretário Municipal de Saúde.

“Enfatizamos que é muito importante procurar a vacinação contra o COVID-19, tanto 1ª, 2ª ou dose de reforço, assim como, da Influenza. Temos uma baixa taxa de ocupação de nossos hospitais, apesar do grande número de pessoas infectadas pela COVID-19. Isto deve-se a grande procura de nossa população pela vacinação. Ressaltamos além da vacinação, da importância da manutenção dos protocolos sanitários: Manter o distanciamento social, evitar aglomerações e utilizar o álcool em gel e/ou lavar as mãos sempre que necessário”, completa.

Com a chegada ao Estado do Paraná do 1º lote de vacinas contra a COVID-19 para crianças de 5 a 11 anos, a Secretaria Municipal de Saúde de União da Vitória, iniciará a divulgação do calendário de vacinação para esta faixa etária nos próximos dias.

Em Porto União desde ontem, 17, as Unidades de Saúde do Bela Vista e da Área Industrial estarão fechadas. Segundo o comunicado da Prefeitura devido ao aumento do número de casos de Covid-19, funcionários precisarão ser remanejados. “Casso necessite de atendimento, dirija-se ao Pronto Atendimento Central ou Unidade do São Bernardo do Campo”, informou a nota.

Afastamento

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) manifestou em nota sua preocupação com a proposta de reduzir o afastamento laboral dos profissionais de Saúde infectados pela covid-19, nos casos assintomáticos. Os profissionais de Enfermagem atuam diretamente na assistência à população, incluindo doentes, imunossuprimidos e convalescentes, entre outros grupos altamente vulneráveis. Reduzir o afastamento para apenas cinco dias implicaria risco para a população assistida.

A situação epidemiológica do Brasil, com aumento significativo dos casos de gripe, associados à persistência da pandemia de covid-19, demanda ações coordenadas de Saúde Pública. Sobrecarregar os profissionais da Saúde convalescentes e expor a população não é a solução.

O Cofen reforça a importância de ampliar as contratações, fortalecer a vacinação contra gripe e covid-19 – especialmente das crianças, que enfrentam injustificável atrasos –, aumentar a oferta de testagem rápida, do estoque de medicamentos antigripais, e ampliar a estrutura ambulatorial nos locais mais críticos.

Outros países

O Ministério da Defesa do Reino Unido informou na semana passada que começou a destacar militares para apoiar hospitais que sofrem escassez de pessoal e pressões extremas, devido a casos recordes de covid-19 no país.

O governo disse que 200 militares das Forças Armadas foram disponibilizados para apoiar o Serviço Nacional de Saúde (NHS) em Londres, durante as próximas três semanas.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, afirmou que a Inglaterra pode suportar o surto sem novas restrições, graças à vacinação e menor gravidade da variante, mas alertou para algumas semanas desafiadoras. O governo também destacou as Forças Armadas para auxiliar nos testes e programas de vacinação da covid-19.

“Mais uma vez, eles estão ajudando os trabalhadores do NHS, que trabalham 24 horas por dia em toda a capital, auxiliando o serviço de saúde neste difícil período de inverno, em que a necessidade é maior”, disse o ministro da Saúde, Sajid Javid.

O Reino Unido relatou quase 150 mil mortes pela covid-19 e, dois anos após a pandemia, o serviço de saúde estatal já enfrentava uma crise moral e de pessoal mesmo antes do recente surto da Ômicron, segundo relatório parlamentar publicado nessa quinta-feira (6).

Chaand Nagpaul, presidente do Conselho da Associação Médica Britânica, afirmou que há níveis sem precedentes de ausência de pessoal do NHS.

“Embora o governo tenha recorrido à ajuda do Exército em Londres, não esqueçamos que temos um problema nacional no momento”, disse Nagpaul. “Este é um problema nacional e nunca vimos este nível de ausência de pessoal antes”.

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