ANESTESIA GERAL: o que acontece? quais os riscos?

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Você já fez ou conhece alguém que fez cirurgia e precisou de anestesia geral? Para maioria das pessoas quando falamos anestesia geral vem e uma imagem de alguém dormindo e medo. Esse assunto costuma assustar as pessoas, talvez por não entenderem direito como ela funciona. O Dr. Eduardo Yanasse dará mais detalhes sobre o assunto.

A anestesia não é simplesmente fazer a pessoa dormir. Além dessa perda da consciência, que na medicina chamamos de hipnose, a anestesia geral pode incluir a amnésia, que é a perda temporária da memória que é exatamente para a pessoa não se lembrar do que ocorreu; analgesia que é tirar a dor e o relaxamento dos músculos para facilitar ao máximo a cirurgia.

Entendido isso, como é o passo a passo da Anestesia Geral? O que acontece com voce durante a anestesia? Eu vou dividir em algumas partes para ficar mais fácil.

  1. Checagem: Antes de iniciar o procedimento, é preciso que esteja tudo pronto para que o procedimento seja o mais seguro possível. Então, antes de começar a anestesia, você vai ser monitorizado com pressão arterial, oxímetro de pulso, eletrocardiograma, e isso vai ser mantido até o final, inclusive na sala de recuperação pós-anestésica. Depois de tudo pronto, os dados confirmados, equipamentos checados e paciente monitorizado, estamos prontos para começar.
  2. A segunda fase é chamada de Indução da anestesia. Aqui introduzimos as medicações que falei pela veia ou por meio de gases inalatórios. Ambos se distribuem pelo corpo todo através da corrente sanguínea produzindo o efeito que a gente deseja: tirar a dor e a consciência, promover a amnésia e o relaxamento muscular que falei. Uma vez dormindo, o anestesista então realiza a intubação traqueal, que nada mais é que colocar um tubo especial no interior da traqueia. E por que isso é feito? Basicamente por duas funções mais importantes:  Controlar a respiração  (Esse tubo fica conectado a um aparelho de anestesia que contém um ventilador mecânico que o anestesista controla. Assim controlamos a respiração e oxigenação do paciente e isso nos dá uma segurança muito maior)  Além desse controle da respiração o tubo na traqueia também protege o pulmão de uma aspiração. A partir desse momento é que a cirurgia propriamente dita pode começar
  3. Terceira fase: manutenção. O paciente pode ser mantido nesse plano de anestesia pelo tempo que for necessário através de infusões contínuas de anestésicos pela veia, ou então inalatórios pelo tubo orotraqueal e isso vai sendo tateado conforme a necessidade ao longo do procedimento.
  4. Quarta e última fase: Reversão ou Despertar do paciente. Tanto as medicações na veia quanto os inalatórios vão sendo reduzidas ou desligadas, e as vezes, usamos outros medicamentos que revertem os efeitos das medicações anestésicas. O tempo que leva até o paciente acordar é individual, depende do metabolismo da pessoa, do tempo de cirurgia, do procedimento que foi feito, da quantidade e tipo de anestésico utilizado, mas de uma maneira geral, uma vez desligada as medicações, em poucos minutos o paciente acorda.

Aquele tubo na traqueia é retirado assim que o paciente esteja respirando sozinho e com segurança.

Com a anestesia revertida o paciente acorda! Estando sem tubo, respirando sozinho e com segurança, o paciente será levado para a sala de recuperação pós-anestésica, onde ele vai permanecer monitorizado, e observado até recuperar a lucidez e ter condições de alta para ir para o quarto.

Fonte: Brasil 61

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