A CRENÇA DO NÃO MERECIMENTO

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Ao sentir a necessidade de justificar-se com alguém o porquê mereceu sucesso ou alguma coisa boa em sua vida, tipo comprar um carro, construir uma casa, comprar uma roupa, possuir algo, passar em um concurso… E só parece que se sente aliviado após explicar e se justificar que o que conseguiu foi com muito trabalho, muito sacrifício; e só consegue se sentir bem em ter uma vida boa se disser que passou muitos anos estudando, ralando para conquistar esse ou aquele resultado; ou ainda que não se sente no direito às melhores coisas do mundo porque não sofreu para consegui-las. Cuidado! Pois você está sofrendo da crença do não merecimento.
Desde a infância, onde a criança ouve com frequência “não pode”; “não temos o direito”; “não dá”; “não é para você”; “somos pobres”; “isso é para os ricos”; “quem você pensa que é para querer isso ou aquilo?”, vai internalizando cada vez mais que ela não pode e não merece acesso a certas coisas. Nós, seres humanos, temos uma tendência de precisar encontrar motivos que justifiquem as coisas que temos ou ganhamos.
Desde a nossa infância, quando o pensamento vai se desenvolvendo, a mente começa a comparar, julgar, e vão surgindo os pensamentos de não merecimento e culpa. E conforme for a situação familiar, quanto maior for o comentário da família a esse respeito, maior a tendência de se desenvolver sentimento de culpa em ser feliz, culpa em ter, culpa em receber, culpa por ter sucesso na vida.
Avalie a si próprio se você consegue receber elogios de forma natural ou precisa minimizá-los ou retribuí-los na mesma hora? Se você conquistar uma situação melhor, precisa justificar para os outros o tanto que você trabalhou para conquistar isto ou aquilo? Tudo isso nada mais é do que a síndrome da crença do não merecimento.
Por vezes, essa crença do não merecimento acaba em passividade e perpetuação do sofrimento por culpa e autopunição para o resto na vida, e com isso, as pessoas perdem a chance de ser feliz com o sucesso.
Todos nós, de forma consciente ou inconsciente, demos causa ao nosso sofrimento, ou atraímos ou pelo menos contribuímos para ele. Ainda assim, todos merecemos nos libertar do sofrimento. Para tal, pare imediatamente de se justificar pelo que faz, pelo que tem e pelo que é. E seja feliz!

Até a próxima!

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