Apesar do termo em inglês, a síndrome do burnout é uma velha conhecida dos brasileiros. Chamada também de síndrome do esgotamento profissional pelo Ministério da Saúde, afeta cerca de 30% dos trabalhadores por aqui, segundo dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho.
o rende ao Brasil o segundo lugar no ranking de países mais acometidos pelo distúrbio caracterizado pelo esgotamento físico e emocional causado pelo estresse crônico no trabalho.
Mas e quando a pessoa está o tempo todo à beira do esgotamento – mas sem colapsar? Foi para jogar luz a esse estado silencioso que dois pesquisadores alemães, o psiquiatra Timo Schiele e o psicoterapeuta Bert Te Wildt, criaram um novo termo: burn on.
Ainda não reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, a síndrome foi descrita no livro “Burn On, sempre à beira do Burn Out: o sofrimento não reconhecido e o que ajuda contra ele”, disponível até agora apenas em alemão.
De acordo com os especialistas, pessoas que sofrem com o “burn on” não param de trabalhar, mas vivem em um estado de exaustão e vazio constantes, escondidos atrás do que aparenta ser produtividade – uma espécie de quadro depressivo mascarado.
Como a sensação de vazio, desespero, falta de alegria e de falta de sentido prevalecem, o corpo de quem sofre da condição fica em constante estado de estresse. Dores no pescoço, nas costas, na cabeça e bruxismo estão entre os primeiros sinais físicos a aparecer. “Muitas das pessoas afetadas não veem a ligação entre os sintomas e o amor pelo trabalho. Pode levar anos até que eles percebam que algo está errado”, explicou o Dr. Te Wildt em entrevista à CNN Brasil, que aponta que profissionais da área do cuidado, como medicina e enfermagem, estão entre os mais atingidos pelo “burn on”. “Eles sofrem com a sensação de nunca fazerem o suficiente.
Muitas vezes, são pessoas responsáveis por outras pessoas”.
Como anda sua relação com o trabalho?