O avanço da transmissão da dengue em Santa Catarina preocupa as autoridades canoinhenses.

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O primeiro boletim epidemiológico sobre o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), deste ano, revela que 45 municípios catarinenses apresentam alto risco de transmissão da doença. A maioria deles está localizada na região Oeste do estado. “Ainda temos os municípios paranaenses que também estão preocupantes. Dengue mata e se não cuidarmos poderemos ter muitos óbitos por dengue na região”, alerta a bióloga Cristina Brandes Grosskopf do Ambulatório Municipal de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Canoinhas.
Na tarde desta segunda-feira, 18, autoridades em saúde, sanitárias, ambientais e da Defesa Civil estiveram reunidas no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres da Defesa Civil de Canoinhas a fim de avaliar a situação no município.
Agentes de endemias do setor de controle de endemias do ambulatório estão vistoriando imóveis município. “Canoinhas tem sete focos do mosquito Aedes aegypti e por isso estamos fazendo uma varredura no município”, explica Cristina. Embora o município tenha focos do mosquito transmissor, não possui casos de dengue. “Mas diante da atual situação no estado a possibilidade de agravo da nossa situação é real”, alerta.
A partir do registro de um foco do mosquito Aedes aegypti, inicia-se a delimitação de foco, explica a bióloga. “É a visitação em 100% dos imóveis em um raio de 300 metros, abrindo-se novos raios a cada foco detectado”.
Após dois meses, os agentes de combate às endemias retornam ao local para a realização do levantamento de índice tratamento, segunda etapa do trabalho de controle do foco.
“Além disso, contamos com a vigilância em 185 armadilhas e 49 pontos estratégicos em toda a área urbana do município”, garante Cristina Grosskopf.
Mais de 1300 imóveis foram vistoriados neste ano. “Realizamos 2286 inspeções nas armadilhas. Foram eliminados 119 criadouros somente em 2022”, revela Cristina.
A secretária de Saúde, Kátia Oliskowski, lembra que, embora a prefeitura trabalhe no combate à dengue, é tarefa de todo cidadão ajudar a controlar a situação: “o mosquito só vai acabar se cada um fizer a sua parte eliminando todos os potenciais criadouros”, alerta.
Mutirão nos cemitérios
A bióloga Cristina Brandes Grosskopf informa que os mutirões em cemitérios serão intensificados: “levem apenas recipientes para flores que não permitam o acúmulo de água. Se tiver água parada todos os vasos serão eliminados!!”, alerta.
ORIENTAÇÕES PARA EVITAR A PROLIFERAÇÃO DO AEDES AEGYPTI:
• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usá-los, coloque areia até a borda;
• Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;
• Mantenha lixeiras tampadas;
• Deixe os depósitos d’água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;
• Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;
• Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;
• Mantenha ralos fechados e desentupidos;
• Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana;
• Retire a água acumulada em lajes;
• Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em banheiros pouco usados;
• Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário;
• Evite acumular entulho, pois ele pode se tornar local de foco do mosquito da dengue;
• Denuncie a existência de possíveis focos de Aedes aegypti para a Epidemiologia, 3622-8416 (WhatsApp).
• Descarte de pneus inservíveis: ECOPONTO.

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